[#LeiaNacional] Entrevista com Dielson Luz, autor de ❝Gosto amargo de prato frio❞


SINOPSE:Ele tem o motivo. Ela só quer esquecer o passado. Se a vingança é um prato que se come frio, a dor pode ser um lembrete insistente de que nunca mais a vida será a mesma. Enquanto nasce um amor improvável, o que estará por trás de passados tão trágicos?

Primeiramente, fale-nos um pouco  sobre você.

Eu sou um entusiasta das palavras que, desde criança, levava os livros da biblioteca da escola para ler em casa, até que resolvi contar minhas  próprias histórias.

E foi assim que em 2014 publiquei Urbanos, meu primeiro livro.

Depois disso, publiquei alguns contos, crônicas e poemas em diversas antologias.

Gosto Amargo de Prato Frio é meu segundo romance policial lançado em 2022.Atualmente moro em São Bernardo do Campo, São Paulo - onde nasci – com minha esposa e meus dois filhos.


Há quanto tempo você escreve, como começou?

Escrevo desde a adolescência quando aproveitava as folhas que sobravam dos cadernos da escola para viajar pelas palavras. Ainda tenho alguns desses guardados.

 

Você teria algum segredo de escrita? Algo que faça com que você se sinta inspirada/o antes de iniciar um novo livro?

Tento deixar a história fluir pelos meus dedos enquanto a ideia ainda está fresca, mas não sei se isso é um segredo, acredito que seja apenas meu jeito de escrever.

 

Quais foram suas principais referências na literatura, arte e/ou cinema?

Eu comecei a gostar dos mistérios, romances policiais com a série Vaga-lume (Pedro Bandeira, Marco Rey, Lúcia Machado de Almeida, Maria José Dupré) e depois disso passei a ler Sidney Sheldon, Agatha Christie em um contexto mais pesado, adulto.

Hoje tenho em minhas preferências autores como Frank E. Peretti, Markus Zusak, Carlos Ruiz Zafón, Fredrik Backman e Khaled Hosseine.

No cinema, gosto das ideias de Jaco Van Dormael – principalmente no filme Mr. Nobody (Sr. Ninguém).


Qual foi seu trabalho mais desafiador até hoje em relação à escrita?

Escrever é sempre um desafio. Dar a uma história de muitas páginas a coerência que a faz publicável, é o maior deles.

E há que pense que um romance de 250 páginas (que é o caso de Gosto Amargo de Prato Frio) seja mais complicado, porém, os contos me desafiam muito mais, devido à limitação de caracteres, palavras ou páginas.

Construir uma trama coerente com tão pouco, fazer com que o leitor entenda a mensagem, é desafiador.


Qual a parte mais difícil de se escrever um livro?

A pesquisa faz toda a diferença.

A coerência do texto é importantíssima.

Mas a persistência é o que faz a diferença, tanto para escrever quanto para publicar, já que desistir geralmente é o caminho mais fácil.


Qual foi seu primeiro livro, o que pensou ao iniciar sua escrita? o que te incentivou?

Meu primeiro livro foi Urbanos. Eu fiquei empolgado por ter uma história tão legal na cabeça e sabia que era algo publicável (hoje sei que poderia ter melhorado e muito minha escrita antes de publicá-lo). A história surgiu quando li Em Seus Passos o Que Faria Jesus,  de Charles M. Sheldon.

 

Tem algum personagem que você tenha criado ao qual foi difícil desapegar?

No primeiro livro tem um casal, um dos protagonistas, que são muito fofos, típicos vovôs, e ele leva o nome do meu filho, então, é algo que demorei para superar quando terminei de vez a história.


Quais são suas principais referências literárias na hora de escrever?

Tento dar um estilo bem particular ao que escrevo, mas as histórias sempre tem algo a ver com a Bíblia que é o meu livro de fé e de prática.


Você reúne notas, anotações, músicas, filmes e/ou fotografias para se inspirar durante a escrita?

Sim, essa é a parte mais importante ao iniciar a escrita de um livro. Sem anotações fica muito fácil de se perder na trama.

Isso envolve tudo o que acontece a minha volta, o que assisto, o que ouço (é gosto de escrever ouvindo jazz).


 O que você faz para driblar a ausência de criatividade que bate e trava alguns momentos da escrita? Existe algo que você faça para impedir ou driblar estes momentos?

Eu gosto de dar um tempo do teclado e ler alguma coisa parecida com a minha ideia.

Para mim, sempre dá certo.


A maioria dos autores possuem contatos e amigos de confiança para mostrar o progresso do seu trabalho durante o percurso da escrita. Você teria um time de “leitores beta”, para analisar seu livro antes de prosseguir com a escrita?


Sim, essa é uma parte realmente importante para todo escritor. Meu principal leitor-beta é minha esposa, além de ser minha revisora e crítica. Muito do meu desempenho hoje como escritor eu devo às análises que ela faz do que escrevo, sempre com muita sinceridade.


Qual a parte mais complicada durante a escrita?

Para mim, tempo.

Tendo que conciliar trabalho, família, igreja, hobbies, etc., falta tempo para escrever, mas sempre se dá um jeito.


Você prefere escrever diversas páginas por dia durante longas jornadas de escrita ou escrever um pouco todos os dias? O que funciona melhor para você?

Depende do dia.

Em alguns a coisa flui de um jeito que as páginas brotam, mas em outros empaca em uma parte que não sai nada. Em relação ao mercado literário atual: o que você acha que deve melhorar? Acredito que essa seja a reclamação de todo autor nacional: mais espaço para nós junto aos importados.

Apesar que as novas editoras vêm mudando esse cenário!


A maioria das pessoas não conseguem se manter ativas em vários projetos, como funciona para você, você escreve vários rascunhos de diferentes obras ou se mantém até o final durante o processo de um único livro?

 Eu sou um tanto procrastinador. 

Tenho muita coisa parada sem terminar.

 

O que motiva você a continuar escrevendo?

Ser lido. Todas as vezes que alguém comenta que leu algo meu, já quero voltar a escrever para que minhas ideias cheguem a mais pessoas!


Que conselho você daria para quem está começando agora?

Não me sinto como um veterano, mesmo já tendo 2 livros no mercado literário.  Mas a persistência leva a um fim e se esse é um sonho que vale a pena, resista à vontade de deixar pra lá. Levei 5 anos para cada livro ser publicado...

 

Para você, qual o maior desafio para um autor/a no cenário atual? Você tem algum hábito ou rotina de escrita?

É como eu já disse: conciliar o tempo para que eu não deixe alguma coisa importante sem atenção. Como você enxerga o cenário literário atual e a recepção dos leitores da atualidade em relação aos novos autores?

A recepção é boa, mas a concorrência é grande com os de casa e principalmente com os de fora.

Se pudesse indicar quatro obras literárias que te inspiraram, quais seriam?

1.                Este Mundo Tenebroso 1 e 2 – Frank E. Peretti

2.                A serie Cemitério dos Livros Esquecidos – Carlos Ruiz Zafón

3.                A Menina Que Roubava Livros – Markus Zusak

4.                As Crônicas de Nárnia – C. S. Lewis

5.                Bônus: Extraordinário – R. J. Palacio

Que conselho você daria para quem está começando a escrita do primeiro livro?

Pesquise! E quando achar que já deu, pesquise mais um pouco!


O que esperar para o ano de 2023 em relação à sua escrita?

Tenho planos para mais um romance (está pronto e é bem mais romance/drama do que policial). Espero conseguir publicá-lo!

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10 escritoras negras que você precisa conhecer

Por muito tempo, o termo pertenceu aos homens brancos: eles tinham o poder de definir e descrever o mundo, a favor ou contra.

A bibliografia é fruto de uma história da masculinidade e do branco dominando todas as esferas culturais, eliminando discursos associados a outras identidades.

Nas últimas décadas, estudantes e teóricos começaram a perceber que precisamos de mais ideias, formas diferentes de viver e escrever. Precisamos aprender com as mulheres negras, conhecer seu trabalho e suas lutas, lutar pela paz e apagar a história.

Conheça agora uma lista de mulheres que lutaram através da escrita contra o patriarcado e ascensão dos problemas sociais ligados ao racismo, preconceito e ausência de direitos das mulheres.


10. Conceição Evaristo

"Conceição Evaristo é um grande expoente da literatura contemporânea, romancista, poeta e contista, homenageada como Personalidade Literária do Ano pelo Prêmio Jabuti 2019 e vencedora do Prêmio Jabuti 2015. Além disso, Conceição Evaristo também é pesquisadora na área de literatura comparada e trabalhou como professora na rede pública fluminense.

Suas obras, cuja matéria-prima literária é a vivência das mulheres negras – suas principais protagonistas – são repletas de reflexões acerca das profundas desigualdades raciais brasileiras. Misturando realidade e ficção, seus textos são valorosos retratos do cotidiano, instrumentos de denúncia das opressões raciais e de gênero, mas também se voltam para a recuperação da ancestralidade da negritude brasileira, propositalmente apagada pelos portugueses durante os séculos em que perdurou o tráfico escravista."

9. Djamila Ribeiro

Djamila Taís Ribeiro dos Santos é uma importante voz contemporânea em defesa dos negros e das mulheres. 

Filósofa, ativista social, professora e escritora, Djamila corajosamente denuncia a violência e a desigualdade social - principalmente contra negros e mulheres - tão características da sociedade brasileira.

O seu livro Pequeno manual antirracista, que trata do racismo estrutural arraigado no Brasil, recebeu o prêmio Jabuti.

A ativista nasceu em Santos, São Paulo, no dia 1 de agosto de 1980

8. Sueli Carneiro

Filósofa, escritora e ativista antirracismo do movimento social negro brasileiro, Aparecida Sueli Carneiro Jacoel nasceu em São Paulo em 1950. É Doutora em Filosofia pela USP e fundadora do GELEDÉS – Instituto da Mulher Negra, sendo considerada uma das mais relevantes pensadoras do feminismo negro no Brasil.

E1983, durante o longo processo de redemocratização do país, o governo do Estado de São Paulo criou o Conselho Estadual da Condição Feminina, porém sem nenhuma negra dentre as trinta e duas componentes. Sueli Carneiro foi uma das lideranças do movimento que se engajou na campanha da radialista Marta Arruda pela abertura de espaço no Conselho para este segmento, campanha que logrou êxito. 

Em 1988, a autora fundou o GELEDÉS – Instituto da Mulher Negra, primeira organização negra e feminista independente de São Paulo. Meses depois, foi convidada para integrar o Conselho Nacional da Condição Feminina, em Brasília. Criou o único programa brasileiro de orientação na área de saúde específico para mulheres negras. Semanalmente mais de trinta integrantes do chamado “segundo sexo” são atendidas por psicólogos e assistentes sociais e participam de palestras sobre sexualidade, contracepção, saúde física e mental na sede do Instituto.

Em 1992, atendendo ao apelo por segurança de um grupo de músicos da periferia paulista, vítimas frequentes de agressão policial, decidiu criar o Projeto Rappers, pelo qual os jovens são agentes de denúncia e também multiplicadores da consciência de cidadania entre os demais moradores, sobretudo desta mesma faixa etária. 

Em 2009, Sueli Carneiro produziu o estudo “Mulheres negras e poder: um ensaio sobre a ausência”, como forma de denúncia da hegemonia masculina e branca nas diferentes esferas de poder. A autora não tratava apenas da ausência pela baixa representação, falava sobre aquelas mulheres negras que, mesmo presentes na institucionalidade, foram prejudicadas por questões advindas das discriminações de raça e de gênero. A ex-ministra da SEPPIR, Matilde Ribeiro, e a atual deputada federal Benedita da Silva estavam entre elas. 

7.Bell Hooks

bell hooks (1952-2021) foi uma pensadora, professora, escritora e ativista negra norte-americana de grande importância, principalmente para o movimento antirracista e feminista.

Batizada com o nome de Gloria Jean Watkins, nasceu em Hopkinsville, ao sul dos EUA em 25 de setembro de 1952.

Com uma longa trajetória acadêmica, bell escreveu e publicou mais de 30 livros, em que apresenta sua visão de mundo empática e de resistência. 

Os temas que defendia em sua obra são a luta contra o racismo, a importância do amor, a desigualdade social e de gênero e a crítica ao sistema capitalista.

6.Ana Maria Gonçalves

Ana Maria Gonçalves nasceu em 1970 em Ibiá, Minas Gerais. Publicitária por formação, residiu em São Paulo por treze anos até se cansar do ritmo intenso da cidade e da profissão. Em viagem à Bahia, encantou-se com a Ilha de Itaparica, onde fixou moradia por cinco anos e descobriu sua veia de ficcionista, passando a se dedicar integralmente à literatura e ao multifacetado universo cultural da diáspora africana nas Américas. Sua estreia no romance se dá em 2002, com a publicação de Ao lado e à margem do que sentes por mim – “livro terno, íntimo, vivido e escrito em Itaparica”, segundo o depoimento de Millor Fernandes. O texto teve circulação restrita, em primorosa edição artesanal.

Em 2006, a autora torna-se conhecida em todo o país com o lançamento de Um defeito de cor, narrativa monumental de 952 páginas. O romance encena em primeira pessoa a trajetória de Kehinde, nascida no Benin (atual Daomé), desde o instante em que é escravizada, aos oito anos, até seu retorno à África, décadas mais tarde, como mulher livre, porém sem o filho, vendido pelo próprio pai a fim de saldar uma dívida de jogo.

O texto dialoga com o modelo pós-moderno da metaficção historiográfica e remete às biografias de Luiza Mahin – celebrada heroína do Levante dos Malês, ocorrido em Salvador em 1835 – e do poeta Luiz Gama – líder abolicionista e um dos precursores da literatura negra no Brasil, também vendido como escravo pelo próprio pai. Um defeito de cor conquistou o importante Prêmio Casa de Las Américas de 2006 como melhor romance do ano.

Após residir alguns anos em New Orleans, nos Estados Unidos, Ana Maria Gonçalves retornou ao Brasil em 2014, fixando-se novamente em Salvador. Mesmo fora do país, esteve sempre presente e atuante nos debates públicos envolvendo a questão étnica no Brasil. Por ocasião da denúncia de racismo no livro As caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato, produziu diversos artigos sobre o tema e manteve acesa a polêmica, que envolveu diversos intelectuais, entre eles o cartunista Ziraldo.

Mais tarde, quando das reações a um comercial de televisão da Caixa Econômica Federal, em que a representação de Machado de Assis era feita por um ator branco, novamente a escritora veio a público e se uniu aos protestos que redundaram num pedido de desculpas da CEF e na produção de outra peça, agora com um ator negro.

Dotada de aguçada visão crítica quanto às relações sociais vigentes e solidária com os estratos subalternizados da população, Ana Maria Gonçalves vem participando de inúmeros debates no Brasil e no exterior. Além disso, faz da Internet e das redes sociais um importante meio para trazer a público seus questionamentos em textos marcados por poderosa argumentação. Seu projeto literário não abdica, pois, de a todo instante provocar a reflexão do leitor quanto às condições históricas que levam à permanência da desigualdade, do racismo e de demais formas de discriminação. Entre outros projetos, finaliza no momento romance voltado para o público juvenil, mas com a mesma perspectiva crítica de nossas mazelas sociais que vem se tornando a marca registrada de seus escritos.

5. Angela Davis

"Angela Yvone Davis nasceu no dia 26 de janeiro de 1944, na cidade de Birmingham, Alabama, nos Estados Unidos. Sua cidade sofria, na época de seu nascimento, com a política de segregação racial implantada na maioria dos estados do sul dos Estados Unidos.

"Davis vivenciou desde cedo o racismo, vendo as ações brutais de uma das organizações mais populares do Alabama na época, a Ku Klux Klan. Além da política oficial de segregação, que não permitia que a população negra tivesse o reconhecimento de seus direitos civis e separava os espaços públicos para negros e brancos, Angela Davis vivenciou atos de barbárie promovidos por brancos contra os negros. Eram corriqueiros os linchamentos de negros e o incêndio e explosão criminosos de casas e igrejas nos bairros habitados por negros.

"Na adolescência, Davis organizou um grupo de estudos sobre as questões raciais. O seu grupo foi descoberto, perseguido e proibido pela polícia. Após concluir os estudos básicos, aos 19 anos de idade, Davis mudou-se para o estado de Massachusetts, no norte dos Estados Unidos, para estudar na Universidade de Brandeis. Apesar de o racismo ser um fenômeno presente em todo lugar, os estados do norte dos Estados Unidos estavam muito à frente em questões raciais, não havendo, por exemplo, política de segregação racial.

4. Mel Duarte

Mel Duarte nasceu em São Paulo em 1988, é escritora, poeta, slammer e produtora cultural. Começou a escrever aos oito anos de idade e iniciou sua atuação no mundo literário participando de saraus em sua cidade no ano de 2006. É graduada em Comunicação Social e já atuou na área antes de se dedicar completamente à vida de escritora.

Em 2013, publica seu primeiro livro, Fragmentos Dispersos, reunindo poemas de grande intensidade. Três anos mais tarde, vem a público seu segundo trabalho, Negra, nua, crua, livro de leitura indicada pela newsletter literafro novidades, sendo até hoje umas das resenhas mais acessadas do portal.

Em 2016 foi destaque no sarau de abertura da FLIP – Festa Literária Internacional de Paraty – e foi a primeira mulher a vencer o Rio Poetry Slam (campeonato internacional de poesia) que integra a programação da FLUP – Festa Literária das Periferias – no Rio de Janeiro. Em 2017, foi convidada a representar a literatura brasileira no Festival de Literatura Luso-Afro-Brasileira (Festilab Taag) em Luanda, Angola.

Na publicidade, já integrou o casting de campanhas como #VaiGarota, do Itaú (2018), Olla (2017), Natura (2017), Fundação Telefônica (2016). A escritora também já esteve no TED x Talks em 2016 e 2017.

Em 2018, seu livro Negra Nua Crua foi publicado na Espanha, com o título Negra Desnuda Cruda.

Atualmente Mel Duarte é uma das organizadoras da edição paulista do “Slam das Minas”, um slam voltado para o gênero feminino e durante seis anos integrou o coletivo “Poetas Ambulantes”, que distribui e declama poesias dentro dos transportes públicos.

Seus poemas buscam a representação da mulher negra para além dos estereótipos. Mel Duarte exprime em seus versos as dores, vivências, processos de empoderamento feminino e de aceitação estética vividos no cotidiano. Através de seu ponto de vista, traz a voz forte e revolucionária da mulher negra dentro da poesia marginal e da literatura afro-brasileira.

3. Jarid Arraes

JARID ARRAES nasceu em Juazeiro do Norte, na região do Cariri (CE), em 1991. Escritora, cordelista e poeta, é autora de Redemoinho em dia quente (Alfaguara, 2019), vencedor do prêmio APCA na categoria contos/ crônicas, Um buraco com meu nome (Ferina, 2018) e As lendas de Dandara (Editora de Cultura, 2016). Atualmente vive em São Paulo, onde criou o Clube de Escrita para Mulheres. Tem mais de setenta títulos publicados em literatura de cordel, incluindo a coleção Heroínas Negras na História do Brasil.

2. Toni Morrison

Toni Morrison (1931-2019) foi uma escritora, editora e professora norte-americana, vencedora do Prêmio Nobel da Literatura em 1993, tornando-se a primeira mulher negra a conquistar a honraria.

Toni Morrison, nome literário de Chloe Ardelia Wofford, nasceu em Lorain, Ohio, Estados Unidos, no dia 18 de fevereiro de 1931. Filha do operário George Wofford e da dona de casa Ramah era a segunda dos quatro filhos do casal e cresceu em uma família pobre que passou por muitas dificuldades.

Em casa, seu pai contava muitas histórias sobre a comunidade negra dos Estados Unidos o que marcou profundamente sua infância e posteriormente influenciou em sua carreira literária.

Em 1949 Toni ingressou na Universidade de Howard onde cursou filologia, formando-se em 1953. Em seguida, ingressou na Universidade de Cornell, em Nova Iorque, onde completou o mestrado em Filologia Inglesa em 1955.

Depois de formada, Toni lecionou literatura inglesa na Universidade do Sul do Texas, Houston, durante dois anos. Entre 1957 e 1964 lecionou na Universidade Howard.

Em 1958, Toni se casou com o arquiteto jamaicano Harold Morrison, que também lecionava em Howard. O casal teve dois filhos. Em 1964 se divorciam e depois da separação, Toni foi morar na cidade de Syracuse no estado de Nova Iorque onde se tornou editora da Random House.

Na Randon House, uma das principais editoras de livros em língua inglesa do mundo, Toni Morrison publicou pensadores e autores afro-americanos, entre eles Angela Davis, Henry Dumas, Gayl Jones e o pugilista Muhammad Ali.

Em 1984, Toni começou a lecionar na Universidade de Nova Iorque, em Albany onde permaneceu até 1989 quando ingressou na Universidade de Princeton. Aposentou-se em 2006.

1. Elizandra Souza

Elizandra Souza, nascida em 1983 na periferia de São Paulo, cresceu em  Nova Soure, pequena cidade da Bahia, terra natal de seus pais. Em 1996, retornou à capital paulista, momento em que conhece e inicia seu diálogo com a cultura hip-hop. Criadora do Mjiba, fanzine de poesia, que circulou entre 2001 e 2005, a autora começou a frequentar os Saraus da Cooperifa em 2004. Posteriormente, participou do jornal experimental Becos e Vielas com o objetivo de dar voz e visibilidade à cultura periférica. No ano de 2006, ingressou no curso de jornalismo e, a partir deste momento, recebeu convite da organização Ação Educativa para escrever a Agenda Cultural da Periferia.

Elizandra Souza deu início ao seu processo de escrita através de diários pessoais até surgir, em 2001, o Coletivo Mjiba em Ação, espaço político-cultural em que descobriu a sua identidade afro-brasileira e do qual é uma das lideranças. Mjiba também faz referência à palavra da língua Chona, do Zimbabué, e carrega como significado a ideia de jovens mulheres revolucionárias, muitas delas guerrilheiras combatentes da guerra de libertação colonial.

A poesia, para a autora, tem como ponto de partida a vontade de revelar a sua condição étnica e de gênero sem que necessite se utilizar tais palavras. Seu poema “Em legítima defesa”, impulsionou a criação do livro Águas da cabaça e aborda a violência contra a mulher e o relato de casos midiatizados. Perante toda uma herança escravocrata, Elizandra Souza entende que a mulher negra está na base da sociedade brasileira, uma vez que as discriminações de raça, gênero e classe se entrelaçam e contribuem para que o racismo seja tratado apenas como um preconceito social. Neste papel, sabe das dificuldades em publicar seus livros, em participar de antologias e ser reconhecida nos saraus em que frequenta, enquanto homens são sempre incentivados a voarem mais alto. No verso “já estou vendo nos varais os testículos dos homens que não sabem se comportar”, a poeta alerta que a sociedade pode piorar, caso o machismo não seja solucionado e ainda indaga quando as mulheres começarão a reagir frente ao patriarcalismo.

A poetisa é autora do livro Águas da Cabaça, totalmente produzido, editado e publicado por jovens mulheres negras, lançado em outubro de 2012. É também coautora do livro de poesias Punga, com Akins Kintê(2007), e tem participação em revistas e antologias literárias como: Literatura Marginal – Ato 3, Cadernos Negros, Negrafias, entre outras.

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Biografias cedidas por e-biografias e UFMG.

[#LeiaNacional] Entrevista com Danny A. Silva, autora da série 'herdeiros da morte'

Danny A. Silva, nasceu em agosto de 1996, em São Lourenço da Mata - PE, onde vive atualmente. É formada em Letras e escreve na maior parte do seu tempo livre. Passou a se interessar por leitura aos 16 anos por incentivo do namorado e encontrou nos livros refúgios para sua mente. Autora de uma série de livros do gênero fantasia e ficção, Danny dedica-se em tempo integral à escrita, autora premiada e muito bem avaliada na Amazon, hoje ela nos fala um pouco sobre sua rotina de escrita.1. 

1. Primeiramente, fale-nos um pouco  sobre você.

Eu sou a Danny, formada em letras, a pessoa estranha da família que sempre teve a cabeça no “mundo da lua”, gosto muito de animes, filmes de terror e música.


  1. Há quanto tempo você escreve, como começou?

Eu escrevo desde 2015/2016, comecei porque eu não conseguia expressar os meus sentimentos falando e causava muitos problemas nos meus relacionamentos. Então fui escrever sobre a minha vida para o meu namorado e ele me disse que o texto que eu escrevia prendia ao ponto de ele não querer parar de ler.

 

  1. Você teria algum segredo de escrita? Algo que faça com que você se sinta inspirada/o antes de iniciar um novo livro?

Eu tiro inspiração de muitas coisas, mas uma coisa que me deixa muito inspirada é procurar fotos de paisagens ou pessoas que me lembrem a história.

 

  1. Quais foram suas principais referências na literatura, arte e/ou cinema?

Inicialmente, eu me inspirei muito em algumas obras clássicas como Orgulho e Preconceito, Jane Eyre, Drácula. Os trabalhos do Rick Riordan, Sarah J. Maas e Tim Burton sempre me trouxeram muita inspiração.


  1. Qual foi seu trabalho mais desafiador até hoje em relação à escrita?

Eu tive muitas experiências desafiadoras na escrita, mas com certeza escrever Vermelho Puro-Sangue em duas semanas foi o maior desafio que me impus até hoje.


  1. Qual a parte mais difícil de se escrever um livro?

Pensar num bom início e em um final que faça o leitor suspirar.

 

  1. Qual foi seu primeiro livro, o que pensou ao iniciar sua escrita? o que te incentivou?

O meu primeiro livro foi uma história de fantasia adolescente que eu nunca pensei em publicar. O grande incentivo para minha escrita foram pessoas próximas dizendo que eu era uma ótima contadora se histórias, desde a infância eu gostava de criar histórias na minha cabeça, mas como não tinha o hábito de ler, escrever só me ocorreu anos depois.

 

  1. Tem algum personagem que você tenha criado ao qual foi difícil desapegar?

Sim, são muitos, mas o Cairon de Vermelho Puro-Sangue com certeza é um deles.

 

  1. Quais são suas principais referências literárias na hora de escrever?

Jane Austen, Sarah J. Maas, Rick Riordan e mais alguns.

 

  1. Você teria algum segredo de escrita? Algo que faça com que você se sinta inspirada/o antes de iniciar a escrita de um novo livro?

Quando eu estou trabalhando mentalmente em uma ideia gosto de ouvir música instrumental.

 

  1. Você reúne notas, anotações, músicas, filmes e/ou fotografias para se inspirar durante a escrita?

Sempre! Eu tenho um monte de anotações que só eu entendo nos meus cadernos para usar na escrita, assim como nas notas do celular. Minha playlist no YouTube sempre tem músicas que me inspiram e o meu Pinterest está sempre pronto com imagens para me dar ideias.

 

  1. O que você faz para driblar a ausência de criatividade que bate e trava alguns momentos da escrita? Existe algo que você faça para impedir ou driblar estes momentos?

Eu costumo escrever conforme o enredo, mas quando tenho um prazo e a criatividade não está fluindo como deveria, eu acabo fazendo um resumo do livro, analisando capítulo a capítulo até chegar ao final.

 

  1. A maioria dos autores possuem contatos e amigos de confiança para mostrar o progresso do seu trabalho durante o percurso da escrita. Você teria um time de “leitores beta”, para analisar seu livro antes de prosseguir com a escrita?

Sim, eu tenho um pequeno grupo de parceiras que fazem a leitura inicial do livro e me deixam surtada com a escrita.

 

  1. Qual a parte mais complicada durante a escrita?

Escrever o primeiro capítulo do livro é o mais desafiador, é ali naquelas primeiras frases que o leitor vai decidir se o enredo vai atraí-lo, por isso, é sempre o mais complicado.


  1. Você prefere escrever diversas páginas por dia durante longas jornadas de escrita ou escrever um pouco todos os dias? O que funciona melhor para você?

Normalmente eu tento escrever um pouco todos os dias, mas dependendo de como está minha inspiração, eu escrevo muitas páginas em um dia.

 

  1. Em relação ao mercado literário atual: o que você acha que deve melhorar?

Acho que as pessoas precisam se ajudar mais, o início é muito complicado e quando a gente não sabe de muito do que acontece no meio acaba se decepcionando.

 

  1. A maioria das pessoas não conseguem se manter ativas em vários projetos, como funciona para você, você escreve vários rascunhos de diferentes obras ou se mantém até o final durante o processo de um único livro?

Eu queria ser a pessoa que foca em um único projeto até o final, mas eu acabo trabalhando em vários ao mesmo tempo porque os personagens ficam gritando na minha cabeça.

 

  1. O que motiva você a continuar escrevendo?

A leitura foi um grande presente na minha vida, eu comecei a ler numa época em que precisava de um lugar seguro para fugir um pouco do nosso mundo, quando comecei a escrever, eu queria criar lugares seguros para pessoas nessa situação. E sempre que eu recebo uma mensagem de alguém dizendo que não conseguia largar o livro, ou agradecendo por eu ter escrito, isso me incentiva muito.


  1. Que conselho você daria para quem está começando agora?

Leia, leia vários livros, porque o hábito de ler vai te ajudar a aumentar o vocabulário e se você estudar o enredo vai pegar algumas técnicas para formar enredos. Outro conselho é: estude técnicas de marketing digital, isso vai te ajudar muito.

 

  1. Para você, qual o maior desafio para um autor/a no cenário atual? Você tem algum hábito ou rotina de escrita?

O maior desafio sempre vai ser crescer e desenvolver o nome no meio, milhares de livros são publicados diariamente e é necessário se destacar.

Minha principal rotina é escrever um pouco diariamente.

 

  1. Como você enxerga o cenário literário atual e a recepção dos leitores da atualidade em relação aos novos autores?

Ultimamente eu tenho visto uma recepção maior dos leitores, atualmente é comum você entrar em perfis literários e ver em destaque “Livro nacional”.

 

  1. Se pudesse indicar quatro obras literárias que te inspiraram, quais seriam?

Julieta de Anne Fortier, As Crônicas de Nárnia de C. A. Lewis, Trono de Vidro de Sarah J. Maas, Orgulho e Preconceito de Jane Austen.

 

  1. Que conselho você daria para quem está começando a escrita do primeiro livro?

Pesquise bastante antes de ambientar o seu livro, para não cometer erros geográficos ou históricos.

 

  1. O que esperar para o ano de 2023 em relação à sua escrita?

2023 vai ser um ano bem cheio, eu tenho alguns lançamentos de Fantasia, um lançamento de Romance de Época e alguns de outros gêneros.

ALGUMAS OBRAS DA AUTORA

DARK QUEENS:

A trilogia Dark Queens acompanha as histórias de Eliza e Amélie, duas amigas que cresceram juntas na corte de Calurdes, então os livros vão narrar suas trajetórias em batalhas por tronos. A trilogia é composta por: A Filha do Visconde, Nascidas para Reinar, Linhagens Reais e o Spin-off Forjada pelo Sangue.

SÓSIAS DE EDIMBURGO:

Duologia de Romance de Época que fala sobre trocas de identidade em Edimburgo no século XVIII.

MONARQUIA VAMPIRA:

Uma história vampiresca que acompanha Giulia Baldo, desde sua transformação na Itália do século XVI até os dias atuais.

HERDEIROS DA MORTE:

Trilogia de Alta Fantasia que acompanha a história de Loki, uma meio-elfa que carrega um poder sombrio e busca entender o próprio destino, a trilogia é composta pelos livros: Nascida das Sombras, Renascida da Aurora e Assassina do Crepúsculo (2023).

ANNABELLA:

Uma história de fantasia que recria A Bela e a Fera de uma maneira mais sombria, a história traz problemas como depressão, autodescoberta, romance proibido, maldições e muito mais. O primeiro livro se chama O Preço da Dor.

VERMELHO PURO-SANGUE:

Uma fantasia épica que vai trazer um enredo repleto de feéricos e lobisomens, contando a história da Blaidd, a sétima filha de uma família nobre de fadas que nasceu sem cor, sem asas e sem magia. Num mundo onde cor, exuberância e poder significam tudo, Blaidd sofreu por 16 anos, até que encontrou seu destino como peeira de uma alcateia.

CINÁBRIO DA ALMA:

Um romance investigativo ao estilo Steam Punk que vai contar a história de Louis, um investigador do reino de Copas que está à procura de um assassino misterioso que vem causando uma série de assassinatos, mas ele se vê distraído por uma jovem duquesa que chegou à sociedade quebrando todas as regras de vestimenta.

ALEX:

Uma recontagem de Mulan, o livro gira em torno de uma luta por poder travada entre Moudria, um grande império e Soria, um pequeno reino que luta por sua liberdade.

ÀS ESTRELAS EM SEUS OLHOS:

Romance de época que se passa na Irlanda e vai contar a história de Any O’Brien, uma jovem que nasceu com heterocromia e por conta disso é tida como bruxa.

IRMÃS MARCEL:

Trilogia de comédia romântica que vai narrar a história de três das filhas do Grupo Marcel.

CEO EM DOSE DUPLA:

Romance contemporâneo que vai contar a história de Mateus, um jovem aventureiro que se vê obrigado a fingir ser seu irmão gêmeo Marcos que ficou em coma após sofrer um acidente.

[RESENHA #495] O retrato de Dorian Grey, Oscar Wilde

WILD, Oscar: São Paulo: O retrato de Dorian grey, Civilização Brasileira. 248p, 2022 ISBN9786558020462

Clássico da literatura, esta nova edição O retrato de Dorian Gray conta com luxuoso projeto gráfico e textos auxiliares inéditos. “Não há livros morais nem imorais. Os livros são apenas bem ou mal escritos”, do prefácio de Oscar Wilde.

Publicado em 1890 na lendária revista Lippincott’s Monthly Magazine, O retrato de Dorian Gray, de Oscar Wilde, já nasceu escandaloso. O editor inclusive submeteu o original a cortes por considerar algumas passagens “indecentes”. O cultuado escritor irlandês revisou essa versão, excluindo alguns trechos, e acrescentou a ela um prefácio e sete capítulos. Com isso, buscou realçar alguns temas – como a tensão entre classes sociais na era vitoriana – e disfarçar outros – como as insinuações homoeróticas “libertinas”. A história foi lançada em livro em 1891. Mesmo após Wilde fazer alterações, buscando um tom mais comedido, ele e a obra foram tachados de “imorais”.

Nestas páginas, o artista Basil Hallward, o jovem e belo Dorian Gray e o lorde Henry Wotton, seu mentor, conduzem leitoras e leitores pelos prazeres do corpo e do espírito, propondo reflexões sobre os limites do hedonismo. As cenas e os diálogos revelam o próprio gênio de Oscar Wilde – por vezes paradoxal –, que não se furtou a imprimir nos personagens seus predicados pessoais.

Com intuito de pensar os afetos contemporâneos a partir deste clássico, a Editora Civilização Brasileira traz, nesta edição especial, textos inéditos de Fabio Akcelrud Durão, professor de teoria literária da Unicamp, e João Silvério Trevisan, escritor premiado e ativista LGBTQIA+. Além disso, foi mantida a apresentação do escritor Carlos Heitor Cony, presente na edição anterior.

“Tenho inveja de todas as coisas cuja beleza não pereça. Tenho inveja deste meu retrato que você pintou. Por que lhe é dado conservar o que hei de perder? Cada momento que passa tira-me alguma coisa e dá alguma coisa a ele. Oh, se fosse o contrário! Se o retrato pudesse mudar e eu ficar sempre tal qual sou agora! Por que o pintou? Ele zombará de mim um dia, zombará cruelmente.”

O retrato de Dorian Gray é […] o livro de ficção mais sensacional da Terra. A sua sedução persiste, é cada vez maior. Hoje passou a ser o credo de uma estética nova na Terra inteira.”
– João do Rio

“Wilde deixou evidente que sua intenção era mostrar não apenas as emoções e os prazeres de uma vida devotada à beleza, mas também seus limites e perigos.”
– The New Yorker

“Relido hoje […], O retrato de Dorian Gray se mostra uma parábola fascinante e prazerosa sobre o ideal estético da arte pela arte.”
– The Guardian


RESENHA

Sem dúvida, a obra-prima de Oscar Wilde "O Retrato de Dorian Gray" é um espelho dos tempos. A interpretação perfeita da Inglaterra vitoriana, o simbolismo do romance e o uso da obra como prova em um julgamento que condenou o autor à prisão por dormir demais são algumas das razões pelas quais essa história se tornou famosa. Especialmente. O romance apresenta o crescimento e o desejo de Dorian Gray de alcançar a juventude eterna, a beleza perfeita, mesmo sacrificando sua consciência e vida em prol da religião da beleza.

Assim, Dorian Gray, um jovem de extraordinária beleza e inocência, foi corrompido pelo caminho da entrega da carne, da hipocrisia e da hipocrisia. Ele era viciado em drogas, fazia sexo descontrolado com adolescentes, casou-se com mulheres, teve um caso, dormiu com vários homens e mulheres ao mesmo tempo, estava bêbado e menosprezava os outros em nome de um animal. interesse.

Nesse sentido, Dorian usa diferentes métodos para satisfazer sua busca incansável pela felicidade. Um desses tipos é o assédio sexual (artigo 216-A do Código Penal) que não se baseia no princípio da lei, mas no princípio do Estado de Direito nas relações privadas, com o objetivo de tirar vantagem de status econômico e político .sociedade popular. um processo criminal. . caso em que é de uso limitado e favores sexuais ou favores recebidos (crime visível). Outras infracções conexas relacionadas com os crimes contra a dignidade sexual podem ser a prostituição especial (Código Penal, artigo 228.º), sedução e sedução de prostitutas exploradas sexualmente, etc. Por fim, há a possibilidade de exploração sexual de pessoas vulneráveis ​​(possivelmente crime para Sibyl Vane, então menor), prevista no artigo 218-B do Código Penal para reduzir as informações sobre exploração sexual. Trabalhar.

Muito se especula sobre a possibilidade de Dorian Gray ser uma espécie de "outro" para o autor, conhecido por sua vida hedonista. Em sentido amplo, Dorian indicará os prazeres obscuros da vida, que existem em maior ou menor grau em cada pessoa. No final, porém, o arrependimento e as consequências de uma vida dedicada à liberdade, ao prazer e à sedução, sacrificada pela beleza.

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