Resenha: O preço do amanhã (2011)

Imagem: Will ganha mil horas em um cassino, reprodução


Em um futuro próximo, o envelhecimento passou a ser controlado para evitar a superpopulação, tornando o tempo a principal moeda de troca para sobreviver e também obter luxos. Assim, os ricos vivem mais que os pobres, que precisam negociar sua existência, normalmente limitada aos 25 anos de vida. Quando Will Salas (Justin Timberlake) recebe uma misteriosa doação, passa a ser perseguido pelos guardiões do tempo por um crime que não cometeu, mas ele sequestra Sylvia (Amanda Seyfried), filha de um magnata, e do novo relacionamento entre vítima e algoz surge uma poderosa arma com o sistema e organização que comanda o futuro das pessoas.


Imagem: Sylvia, personagem de Amanda Seyfried, reprodução


RESENHA

O filme, "O Preço do Amanhã", de 2011, narra a vida de Will Salas, um trabalhador comum que vive nos guetos de uma cidade rica e recebe como pagamento o tempo referente a um dia de vida. Desta forma, todos os pobres retratados no filme ficam submetidos a sempre trabalharem e receberem seus pagamentos em relação ao dia trabalhado, com jornadas exaustivas e enfrentando o juro abusivo cobrado pelos ricos, o que diminui consideravelmente o tempo de vida dos menos afortunados, que dependem do tempo ganho em jogos, lutas, cassinos e trabalhos para sobreviver e pagar todas as suas despesas, como energia, aluguel, transporte, assistência médica e contas básicas de luz, água e telefone. Isso os coloca sempre em uma luta desigual, buscando ter o mínimo para aproveitar as poucas horas do dia. Os habitantes retratados procuram dormir o menor tempo possível para aproveitar as horas de vida restantes, enquanto os ricos, especialmente os proprietários de comércios locais e do tempo (locais de venda e empréstimo de tempo de vida com juros abusivos), desfrutam de luxos e gastos sem precedentes de forma despreocupada, enquanto os pobres morrem aos montes nas ruas devido ao tempo excedido.

Imagem: Capsúlas responsáveis pelo reabastecimento de tempo no relógio das pessoas, reprodução

O filme começa com Will salvando um homem rico de uma gangue responsável por controlar o tempo abusivo adquirido pelos pobres em um bar. Este homem decide doar gratuitamente todos os seus cento e dezesseis anos a Will enquanto ele dorme em uma cadeira, deixando apenas uma mensagem em uma janela: "Não desperdice o meu tempo". Em seguida, ele se senta à beira de uma ponte, esgotando seu tempo e falecendo sobre as águas que correm abaixo. Will então decide ajudar a todos ao seu redor, principalmente sua família, mas no dia seguinte, após pagar todas as contas, sua esposa fica sem condições de voltar para casa, possuindo apenas uma hora de vida restante e uma passagem de ônibus de duas horas. Ela morre minutos depois nos braços de Will, que corria à sua frente para salvá-la.


Imagem: momento em que Will e Sylvia roubam um banco de tempo, reprodução


Após a morte de sua esposa, Will decide gastar o dinheiro com todas as coisas que sempre sonhara, porém, ele não sabia que estava sendo vigiado pela gangue, que começa a persegui-lo pela cidade para recuperar o tempo que acreditam que ele roubou de um homem rico e indefeso. Will comparece a um evento da alta sociedade e conhece Sylvia, filha de um dos magnatas que controlam as empresas de empréstimo de tempo. Ele a faz refém, mas ela acaba ajudando Will e se apaixona por ele ao perceber os juros abusivos cobrados pelos ricos em detrimento do trabalho árduo dos mais pobres. Ela então se junta a ele para percorrer a cidade cometendo diversos crimes, roubando tempo e distribuindo entre as pessoas menos afortunadas pelas ruas. O clímax do filme ocorre quando Will e Sylvia roubam um milhão de horas do pai de Sylvia e distribuem entre os pobres, o que acaba com as empresas que regulam o tempo e leva os pobres a tomarem as ruas e os setores mais ricos sem nenhuma cobrança devida, como era feito anteriormente.

O filme é uma reflexão sobre o tempo que gastamos com coisas fúteis, ensinando a valorizar as horas e os dias de forma constante, utilizando o tempo como uma moeda de troca. A ideia central é fazer as pessoas perceberem que a vida passa rapidamente diante de nossos olhos e que devemos aproveitar cada segundo nos importando com o que realmente importa.

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