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[RESENHA #1004] Maria Quitéria de Jesus: uma heroína da independência, de Marianna Teixeira Farias


APRESENTAÇÃO

A Editora Contracorrente, por meio do seu selo infantil Do Contra, tem a alegria de apresentar o primeiro volume da coleção Mulheres Insubmissas: “Maria Quitéria de Jesus: uma heroína da independência”, da autora Marianna Teixeira Farias e ilustrado por Karina Werner. A coleção é coordenada por Patrícia Valim, historiadora dedicada à História das Mulheres e do Brasil, e Valeska Zanello, psicóloga clínica, dedicada aos estudos de gênero e saúde mental das mulheres. Serão 20 volumes contando histórias de mulheres corajosas do nosso país, do passado e do presente, que permaneciam ocultas ou esquecidas pela nossa cultura, principalmente por crianças em idade escolar. A proposta é tirar essas histórias do silenciamento e mostrar ao nosso público infanto-juvenil que o papel das mulheres não é apenas o do matrimônio e da maternidade, mas sim o que elas quiserem.

Maria Quitéria foi uma jovem que desafiou o patriarcado numa época de extrema repressão, para lutar por nosso país nas trincheiras da guerra. Com coragem e força, ela enfrentou o pai e conquistou uma posição de destaque no exército, levando consigo outras mulheres. Maria Quitéria é uma heroína que permanecia oculta nos nossos registros, mas agora conquistará seu espaço no imaginário de nossas crianças através das palavras de Marianna Teixeira Farias e as ilustrações de Karina Werner.

Foto: Detalhes da diagramação da obra / divulgação / Ed. Contracorrente

RESENHA

Publicado pela editora Contracorrente em seu selo infantil do contra, Maria Quitéria de Jesus, de Marianna Teixeiria Farias, constitui parte do catálogo da série de publicações mulheres insubmissas, que tem por finalidade, recontar a história de grandes mulheres que contribuíram para a transformação do cenário brasileiro, sendo, o primeiro livro. Maria Quitéria foi uma heroína que se vestiu de homem para lutar lado a lado do império brasileiro contra o domínio português nas lutas pela Independência do Brasil na Bahia.

 A autora nos conduz por uma história mágica de uma mulher que desejava junto à sua pátria conquistar a independência. Maria vivia com seus pais, Quitéria Maria e Gonçalo viviam em uma região pastosa com os pais.

Maria era criança e gostava do dia, do sol, de correr pela vegetação rasteira. Ajudava os seus pais, Gonçalo e Quitéria Maria, em alguns afazeres do campo, além de brincar com seus irmãos e com alguns animais que ali viviam. 

Desde pequena, Maria Quitéria vislumbrava os animais, o verde, os pastos e a cavalaria, ela sempre dizia a sua mãe sobre sua vontade de montar. Os anos foram passando e a admiração dela pelos campos e pela liberdade nas matas perdurava. Alinhado a este cenário lindo de liberdade, ela enfrentara aos poucos o adoecimento da mãe, que porventura, já não saia mais da cama e não se encontrava mais tão alegre quanto costumava ser. Então, Maria   Quitéria começou a tomar para si os afazeres da casa, até o fatídico dia da morte de sua mãe.

Gonçalo mudou-se com os filhos em uma nova fazenda e começou uma nova vida. Lá, ele casou-se novamente com uma mulher chamada Maria Rosa, que era a favor do tratamento de Maria Quitéria com o lar, contrariando sua vontade de cavalgar e desbravar o mundo. Maria Quitéria então continuou a ser exatamente como era, amante das matas, das cavalarias e da vida. O tempo passou, e os sinais da independência do Brasil irromperam no sítio de Gonçalo com suas filhas. Um soldado, de nome Joaquim,  bateu-lhe a porta para saber dos filhos com idade hábil para o combate, mas ele só possuía filhas mulheres, porém, Maria Quitéria interessou-se de prontidão p-elo assunto em relação à independência do Brasil.

No dia seguinte, antes do amanhecer, Maria Quitéria fugiu montada em um cavalo para casa de sua irmã Teresa [...] Alistou-se como soldado Medeiros, e como previsto, ninguém a reconheceu por detrás do disfarce. Passadas algumas semanas, Maria Quitéria foi promovida da artilharia para a infantaria, pois todos admiravam suas habilidades no manejo de armas de fogo.

O resto da história é conhecido, Maria participa da vitória da independência do Brasil contra Portugal e retoma para casa, sendo recebida de braços abertos pelo pai. A história desta heroína é linda e completamente inspiradora, Maria Quitéria foi e sempre continuará à ser um ícone na luta pela liberdade, um nome que será para sempre lembrado. Essa edição primorosa da editora Contracorrente só somou em qualidade literária para a narrativa da vida desta mulher espetacular.
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