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Resenha: Cem anos de solidão, de Gabriel García Marquez

O livro mais importante de Gabriel García Márquez. Neste que é um dos maiores clássicos da literatura, o prestigiado autor narra a incrível e triste história dos Buendía – a estirpe de solitários para a qual não será dada “uma segunda oportunidade sobre a terra” e apresenta o maravilhoso universo da fictícia Macondo, onde se passa o romance. É lá que acompanhamos diversas gerações dessa família, assim como a ascensão e a queda do vilarejo. Para além dos artifícios técnicos e das influências literárias que transbordam do livro, ainda vemos em suas páginas o que por muitos é considerado uma autêntica enciclopédia do imaginário, num estilo que consagrou o colombiano como um dos maiores autores do século XX.

RESENHA

Gabriel Garcia Márquez é considerado um dos melhores escritores de contos, novelista, jornalista e ativista político colombiano. Nasceu em 6 de março de 1927, no município de Aracataca. É considerado pela crítica literária mundial como sendo um dos mais importantes escritores do século XX. Foi o responsável por criar o realismo mágico na literatura sul-americana, mas infelizmente se aposentou em 2009 diagnosticado com uma doença que o impedia de continuar escrevendo. Cem Anos de Solidão está atrás apenas de Don Quixote como a obra mais importante da literatura hispânica e é uma das mais traduzidas e lidas em todo o mundo.
Dentre suas principais obras estão: Relato de Um Náufrago (1955), A Ultima Viagem do Navio Fantasma (1968), O Amor Nos Tempos do Cólera (1985).

Em 1982, ganhou o Premio Nobel de Literatura, pelo conjunto de sua obra. A obra mais popular de Garcia Márquez é "Cem anos de solidão", a qual o autor mistura o épico com o realismo fantástico.

Nesta obra Garcia Márquez impôs muito de seu realismo mágico e de outros aspectos como, a natureza, os problemas sociais e políticos, a vida cotidiana, a morte, o amor, as forças sobrenaturais, o humor, o lirismo. O realismo mágico está presente em muitas partes desta obra, acompanhado a vida da família Buendía que em todas suas gerações em cem anos vivem condenados à solidão.

Cem anos de Solidão conta a história que se passa numa aldeia fictícia na América Latina chamada Macondo. Esta pequena povoação foi fundada pela família Buendía – Iguarán.

A primeira geração desta família é formada por dois primos que resolvem se casar, José Arcadio Buendía e Úrsula Iguarán. Porém, todos diziam que do casamento de pessoas da mesma família nasciam aberrações, como crianças com rabo de porco, por exemplo. Por esse e outros motivos, José Arcádio e Úrsula decidiram, juntamente com alguns amigos, ir embora do povoado onde moravam e fundaram um novo povoado que recebeu o nome de Macondo. Este casal teve três filhos: José Arcadio, que era um rapaz forte, e trabalhador; Aureliano, que contrasta interiormente com o irmão mais velho no sentido em que era filosófico, calmo e introvertido; e por fim, Amaranta, a típica dona de casa de uma família de classe média do século XIX. Depois aparece Rebeca, uma agregada que foi enviada da antiga aldeia de José Arcadio e Ursula, sem pai nem mãe.

Todas as gerações foram acompanhadas por Úrsula que viveu entre 115 a 122 anos. Esta centenária personagem dará conta que as características físicas e psicológicas dos seus herdeiros estão associadas a um nome: todos os José Arcadio são impulsivos, extrovertidos e trabalhadores enquanto que os Aurelianos são pacatos, estudiosos e muito fechados no seu próprio mundo interior.

[ falar sobre a divisão dos capítulos do livro]
Cem Anos de Solidão retrata os cem anos de solidão de uma estirpe que não estava destinada a ser feliz. A estirpe dos Buendia e assombrada pela terrível ideia de que se cometido incesto (primos casarem com primos, e sucessivamente) os filhos nasceriam com rabos de porco. A primeira geração da estirpe começa precisamente com um incesto devido a um amor muito profundo entre Jose Acardio Buedia e a sua prima Ursula. Entre muitos acontecimentos este casal, e outros casais de jovens amigos também, arriscam-se a viajar até encontrarem o mar. passa-se muito tempo, e eles como não encontram o tão ansiado mar, acampam no que mais tarde viria a ser cidade de Macondo, a qual eles mesmos fundaram. Acompanhando Macondo e os Buendía por mais ou menos cem anos, o vilarejo tem seus anos de glória, mas também de decadência e guerra, e em todos esse anos os Buendía estão lá. José Arcadio Buendía era um homem muito sonhador, talvez um pouco amalucado; Úrsula era uma mulher muito forte, que viveu mais de cem anos. Eles tiveram dois filhos, José Arcadio e Aureliano Buendía, uma filha Amaranta e adotaram Rebeca que foi até vilarejo sem pai e nem mãe.

   As outras gerações da família foram repetindo os nomes Arcadio e Aureliano para os meninos. E as meninas também tinham os nomes de suas antepassadas.O casal Buendia geram dois filhos, Jose Acardio Buendia e Aureliano Buendia os quais nascem sem o tão temido rabo de porco. Em Macondo esta família conhece Melquiedes, um cigano que viajava de cidade em cidade instalando a sua feira, que trazia as mais espantosas engenharias trazidas da Europa ou mesmo da China, era um sábio que contava muitas histórias das suas viagens, era um sábio, e sabia dos últimos avanços da alquimia, e, que escrevia letras que pareciam roupas penduradas. Sob influência das contínuas feiras dos ciganos, os anos foram passando, a aldeia foi crescendo, muito lentamente de inicio, e com ela os filhos Buendia foram crescendo também, mas, muito diferentemente cada um desenvolveu uma personalidade e porte físicos muito característicos, tal porte e personalidade que mais tarde todos os membros da família herdassem tal nome herdariam então o porte e personalidade. Se se chamassem Aureliano o mais provável era que fossem altos e magros, com as bochechas rosadas, possuíssem fascinação pela guerra ou uma habilidade manual notável. Mas se por ventura se chamassem Jose Acardio nasceriam robustos, de estatura maior e de uma forca quase sobrenatural, a única coisa em comum, mas que era muito relevante, e a atração pela alquimia. A história se desenrola, numa narrativa sobre esta família atormentada pela alquimia, pelo repetitivo ciclo de nomes e personalidades, de coisas sobrenaturais, das feiras dos ciganos, das prostitutas francesas, a chegada da companhia das bananeiras também é outro fator importante nesta história e que deixa aquele povoado que até então era pacato e igualitário tornou-se uma cidade em ascensão. Sendo deixado de lado o companheirismo daquela gente que desde sempre esteve ali. A família inicialmente pobre – representada pelos Buendia – conquista o poder, e um espaço significativo na comunidade. A casa de chão batido acompanha o progresso familiar, sendo substituída pela mansão. Porém, a desestruturação familiar progride inversamente à conquista do poder e da propriedade material. Fator, pela qual se origina o titulo do livro, talvez por carregarem o fardo dessa solidão consequencial da falta de estrutura familiar, rachada devido ao esquecimento das origens e a incerteza sobre o futuro.

Nessa terra, onde tiveram filhos, netos, bisnetos e tataranetos. Suportaram doenças, pragas, períodos infindáveis de chuvas, viram seus filhos partirem para guerras, comandarem exércitos e greves. Mas também tiveram os momentos felizes, de reencontro, casa cheia de convidados, música e cortejo das moças quando estas estavam em idade de namorar. Enfim a história transcorre em um realismo mágico e impossível. Não há uma linha linear de tempo, Gabriel García Márquez não escreveu um livro totalmente baseado na realidade ou com as histórias bem amarradas: uma pessoa sobe aos céus, outras conversam com fantasmas, vivem mais de cem anos e isso é normal; alguns personagens morrem e o autor não nos revela quem os matou e mesmo assim a história é fascinante.

Uma obra grandiosa, marcante que entusiasma o leitor a cada paragrafo, que nos leva a reflexão e nos põe a prova sobre essa solidão que intimamente carregamos a cerca de nos sentirmos sozinhos em meio a uma multidão. 

As frases são poéticas e encantadoras, os personagens de uma originalidade inigualável. Uma história que dança entre dores e paixões, em que a própria dor se transforma facilmente em sinônimo de dor, é inspiradora. A narrativa por vezes é arrastada, outras mais rítmica. Seu estilo de escrever é único e inconfundível! Faz uso do gênero realismo fantástico, o que torna o livro ainda mais interessante.

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