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[RESENHA #511] Instinto de nacionalidade, de Machado de Assis



Resenha Crítica: ASSIS, Machado de. Notícia da atual literatura brasileira. Instinto de nacionalidade. Nova York: Revista Novo Mundo, 24/03/1873.

Um retrato importante e reflexivo de Machado de Assis

Nesse panorama da cultura literária brasileira, Machado de Assis não apenas pretende revelar “os defeitos e a beleza da literatura brasileira contemporânea”, mas também busca explorar um sentido natural do mundo, país existe na arte em questão. . . Ele divide cuidadosamente seu tópico em seções e explica cada parte. São eles: Romance, Poesia, Teatro e Linguagem.

A princípio, citou outros autores épicos do Arcadismo, Santa Rita Durão e Basílio da Gama, cujas obras eram consideradas nacionais na época, devido à temática indígena. Isso os torna considerados os pioneiros da poesia brasileira. Para comparação, Machado notou Tomaz Antônio Gonzaga, "o pastor da Arcádia"; mas, para o crítico de Assis, não é totalmente laica, não abandona o malandro do pastor e tem temas e valores puramente europeus nas letras.

Machado de Assis também cita Gonçalves Dias e José de Alencar como os principais pioneiros da ficção indígena. E com isso abriu espaço para a exibição do estilo de escrita muito presente na elite brasileira da época: o Romance. No entanto, ele argumentou habilmente que o conteúdo geral desses romances era, como dizemos hoje, coberto de açúcar. Não há romances de crítica social, mas romances que produzem e preservam a cultura comum do povo brasileiro, do centro ao litoral.

No que diz respeito à divulgação da literatura e da cultura, Machado de Assis valorizava muito as obras que falavam da cultura dos índios Tupiniquim. Para ele, porém, “nossos escritores não se limitam a essa única fonte de inspiração”. O patrimônio literário precisava de um legado universal, inspirado nos grandes clássicos europeus, talvez porque naquela época fosse reconhecido um grande número de ancestrais que compunham os brasileiros.

Como Machado escreve para um público estrangeiro, é importante para ele suprir a falta de produção de obras sobre filosofia, linguística, crítica histórica e assim por diante. E desta vez, ele deixou claro que havia preocupações.

Quanto à linguagem contida no livro, entende-se o tipo erudito e lusitano de linguagem escrita: “Uma ideia que admite todas as mudanças de linguagem, mesmo aquelas que destroem as regras sintáticas e a pureza essencial da palavra não me parece aceitável para mim. A influência popular tem imitação. Sem pestanejar, Machado de Assis disse isso claramente. Ele argumentou que "as obras clássicas não são muito estudadas no Brasil." pelo que eles escreveram, muitas vezes encontrados no estilo clássico E aqui temos, novamente: Machado de Assis se concentra no classicismo.

Segundo Machado, um sentimento de nacionalismo pode se transformar em um sentimento de proximidade que pode tornar um escritor "um homem de seu tempo e de sua pátria", independentemente do tema e da temática em questão. criar independência". “.

Por exemplo, sua análise mostra moderação em seu apreço pelo indianismo e pelo estilo europeu. No entanto, alguns vestígios de apreço pela escrita clássica devem ser notados. Isso é perceptível em O Teatro e A Língua. "Hoje, quando o gosto do público atingiu os extremos da decadência e da distorção, não há mais esperança de que alguém se sinta chamado a criar obras de arte difíceis." Sem dúvida, Machado deixou aqui um provável descontentamento com o privilégio cada vez menor do teatro na época. Mas, para equilibrar sua análise, não esqueceu de citar as peças de seu amado José de Alencar, talvez para "salvar" a imagem da cultura brasileira que ele mesmo contribuiu para manchar os contornos anteriores.

Machado de Assis nunca pareceu barato. Ele é moderado em apontar erros e citar qualidades existentes na escrita brasileira. Acima de tudo, pode transmitir a esperança de que num futuro próximo possam surgir obras mais sérias, com obras mais literárias e ainda carregadas de sentimento nacional, valorização da cor e da tradição. Sistema do Brasil.

O AUTOR

Biografia. Machado de Assis (Joaquim Maria Machado de Assis), jornalista, contista, cronista, romancista, poeta e teatrólogo, nasceu no Rio de Janeiro, RJ, em 21 de junho de 1839, e faleceu também no Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1908. É o fundador da cadeira nº. 23 da Academia Brasileira de Letras.

[RESENHA] Marinheiros e professores, por Celso Antunes


O livro “ marinheiros e professores, é uma crônica que abrange varias pequenas histórias, contadas por Marcelo Nunes, que comparam a realidade e nosso cotidiano, com a realidade vivida dentro das escolas diariamente, enfatiza as dificuldades enfrentadas e os problemas dentro das escolas.

O livro começa justificando seu titulo, que nada mais é do que uma apologia as dificuldades enfrentadas pelos professores, como os marinheiros, que acabam por enfrentar o desconhecido, e cada dia fazem novas descobertas.
O livro compara a realidade de diversas situações do cotidiano, com os problemas enfrentados dentro das escolas, como a falta de capacitação de professores, a comodidade dos professores em ensinarem somente o que é fácil para eles e não o que é necessário, também mostra o cotidiano das escolas, onde grande parte dos professores julga os alunos somente por suas notas, não por seu nível de desenvolvimento, conhecimento, ou sua criatividade, e sim pelas notas que conseguem tirar.
Na grande maioria dos casos, não é levado em conta as necessidades dos alunos, ou do corpo docente, e sim o que visa maiores lucros, ou o que é mais cômodo para as autoridades.
O livro também aborda um grande problema enfrentado nas escolas, que é o método muitas vezes inadequado de ensino, onde os professores agem de forma inadequada e antiga, não aceitam os novos métodos de ensino e acabam por prejudicar a escola como instituição, e os alunos. O livro visa ajudar a entender o real valor do aprendizado, a realmente Aprender a aprender, como é citado várias vezes, e a levar em consideração todos os tipos de conhecimento e métodos de entendimento e aprendizado.
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