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[RESENHA #569] Por um momento, um dia, uma vida ou sei lá o quê, de Hugo Bessa

APRESENTAÇÃO

Quando um advogado bem-sucedido, mas frustrado, e uma dona de casa infeliz se envolvem em um acidente de carro, não imaginam que aquele pequeno momento que os fez colidir é definitivo e, à sua maneira, fatal. Induzidos a manterem contato por situações nem sempre alheias às suas vontades, eles acabam se transformando, o que desperta sonhos antigos, novas possibilidades, mas também dores e segredos que preferiam deixar para trás.

Uma história sobre pequenos instantes que podem mudar um momento, um dia ou uma vida inteira.



RESENHA

Bessa, Hugo. Por um momento, um dia, uma vida ou sei lá o quê... / Hugo Bessa – Guaratinguetá, SP: Editora Penalux, 2023.

Roberto, 56, casado com Ivana, trabalha para uma construtora como gerente, na qual detesta, tudo o que ele mais gostaria era incendiar tudo e observar o caos e o desaparecimento de tudo aquilo enquanto aproveita uma deliciosa dose de cachaça, mas ele não pode. Tarde, rotina de trabalho, a tela de seu computador pisca - um novo e-mail. Era preciso enfrentar os feedbacks semestral sobre como precisava buscar uma tática de autodesenvolvimento e se relacionar com as outras áreas da empresa.

Aquele cargo servia para apenas uma coisa: invalidar os argumentos de seu chefe no feedback. Se galgar uma carreira de estagiário a gerente não era se desenvolver, o que poderia ser? (p.9)

Em contrapartida, conhecemos Joana, uma mulher de cinquenta anos casada com Raimundo, um homem dócil, meigo, amante da leitura e extremamente calmo, porém, calmo demais e isso à irritava. Junto com seu marido, Joana tem quatro filhos, que por um motivo ou outro, à irritam por igual. Ela estava irritada com a rotina, com o silêncio do marido, com o silêncio da casa, com tudo aquilo ao qual já estava cheia e habituada, ela queria mudanças e novos prazeres, até imaginou-se com outros homens, mesmo com seu marido no cômodo ao lado lendo, ela era a plena insatisfação em pessoa, sentia uma completa irritação com tudo e todos (p.17)

— Tá acabando aí, mamãe? 
Nenhum de seus filhos estava em casa. Seu marido tem mania de chamá-la daquela forma, e ela odeia. Já criou seus filhos, e não quer ser mãe de mais ninguém. Sempre que Edmundo faz isso, imagina-se amamentando o marido, colocando-o para arrotar e dormir. (p.16)

A história segue introduzindo novos personagens que acompanham e narram sua visão acerca dos encontros esporádicos entre os personagens, dentre eles, Berenice, uma mulher ávida de interesse pela vida alheia, uma fofoqueira humanizada, como costumam pensar a seu respeito. Era uma senhora aposentada que sabia a hora de falar e espalhar as novidades. O pontapé inicial mostra-nos a preocupação de Berenice em noticiar à irmã, uma curiosidade recém descoberta: sua sobrinha estava saindo com um novo rapaz, da qual claro, ela não gostava nenhum pouco da ideia, a partir dai, passou a ensaiar diversas formas de enfrentar a irmã e lhe contar, para que tudo fosse resolvido da melhor forma e não restassem mágoas, caso ela contasse algo errado ou pela metade.

Naquela manhã, Berenice retornava para casa quando presenciou um acidente entre dois carros, de um lado, estava Roberto, do outro, Joana. Roberto estava calmo, e apaziguou toda situação alegando pagar todo prejuízo derivado do ocorrido, já Joana estava aflita e desesperada, ela não sabia o que fazer ou como contar o marido o ocorrido. Naquele momento, algumas pessoas observavam o ocorrido e o diálogo dos dois, entre eles, Berenice.

Berenice logo tomou a frente e disse em alto e bom som que ‘sim, era testemunha’, fazendo todos olharem para ela. Aproximou-se da mulher, apresentou-se e passou o número do seu telefone, não sem antes lançar um olhar desafiador para o homem. Estava de olho nele! Viu a mulher digitar seu número com dificuldade, pois não parava de tremer. (p.25)
 
O encontro dos personagens marca o início de uma deliciosa série de acontecimentos dramáticos, ácidos e doçamente aflorados. De ambos os lados, podemos enxergar protagonistas da terceira idade com vidas e motivações distintas, mas iguais em insatisfação. Ele é completamente insatisfeito com seu trabalho, com seu patrão e com toda aquela rotina. Ela? mãe, casada e impaciente. A rotina havia transformado tudo em um grande mar de ódio e raiva, já não aguentava mais toda aquela rotina, todo aquele tempo perdido, precisa fazer algo a respeito. 

A narrativa tensiona os ocorridos em forma de relatos repleto de doses homeopáticas de humor, Bessa, conseguiu proeminentemente escrever e desenvolver uma escrita cativante, seu livro é facilmente devorado em poucas horas, haja vista que, toda sua trama e desenvolvimento possuem fortes traços de um grande escritor. A divisão escolhida pelo autor foi a de se desenvolver intercalações de acontecimentos por meio de narrativas curtas que abordam cada personagem de uma forma particular de forma à se conectar com maestria.

Um fato interessante à se mencionar, é que todos os envolvidos ligados nos acontecimentos dos protagonistas de forma direta ou indireta, travam suas próprias batalhas ligadas às suas famílias, enquanto observam os encontros acalorados entre Roberto e Joana, as personagens delineiam suas próprias visões sobre o pouco contato entre seus encontros esporádicos, tensionando entre entender a vida do outro e perder-se nos acontecimentos da sua.

Maurício, filho de Joana, era pintor e estava prestes à abrir uma galeria de exposição juntamente com um amigo e futuro sócio, porém, não enxergava nas rotinas estressantes da mãe um momento assertivo para falar sobre seus dias, sobretudo pelo fato de que andara ausente de casa por alguns dias, e nada de alguém perguntar sobre. Aquilo o entristeceu, que, não vendo a mãe oportunizar conversas saudáveis, passou à observa-la.

Assim que decidiu abrir a galeria, contou para a mãe, mas teve a impressão de nem ter sido escutado. E todas as vezes em que tocava no assunto, era respondido com acenos de cabeça e grunhidos desinteressados. (p.74)
A relação entre mãe e filho era extremamente  conturbada, sobretudo, pelo fato de Joana não ser uma mulher afetuosa, seu posicionamento perante a confissão do filho é de partir o coração:

— Eu não preciso saber dessas coisas. Você já arrumou a sua cama? Não quero nada bagunçado lá em cima. (p.75)


Podemos concluir que este é um livro de surpresas com um final inesperado, ou seja, uma obra deliciosamente enigmática, Bessa desenvolveu profundamente um enredo marcante e com reviravoltas que transformaram a leitura em uma aventura sem igual.

A obra em si é extremamente maravilhosa por diversos motivos, o principal, é, talvez, o fato de que ele fala sobre a vida, sobre as escolhas que fazemos e sobre as peças que a vida prega em nós, sobre caminhos tortuosos, sobre encontro e desencontros, sobre amores e sobre dores, a obra fala por si, ela apresenta-nos a possibilidade de entender mais a fundo a vida dos personagens que estão ao avesso com suas vidas, repleto de problemas e loucos para sairem da rotina, pessoas que assim como qualquer outra, realizam escolhas e precisam arcar com estas, a obra é o que é:uma primazia contemporânea da literatura brasileira.

Uma obra para ser lida por quem ama livros nacionais e instigantes.

Theo G. Alves faz apanhado das miudezas da vida em ‘Inventário de tão pouco’

 

Em seu novo livro, o oitavo em 14 anos, o escritor potiguar continua exercitando a maneira de dizer as coisas que lhe compõem. Obra está em pré-venda com o autor.

Poesia como espólio. Em “Inventário de tão pouco”, seu novo livro — o oitavo de uma carreira literária que soma 14 anos —, o escritor potiguar Theo G. Alves, 42, tenta fazer um apanhado das coisas que parecem menores na urgência da vida cotidiana. Nessa miuçalha a que em geral o mundo é indiferente, estão os tais grandes temas da humanidade: o tempo, o amor, perdas, caminhos, cidades.

“Tudo o que compõe a pequena herança do que escrevo está nele. Continuo exercitando a maneira de dizer as coisas que me compõem. Então, de alguma forma, este inventário é algo que está dentro e fora de mim simultaneamente. É como recebo, transformo e devolvo ao mundo o que me toca”, diz Theo Alves, que nesse exercício de dizer as coisas que o compõem acaba por se ver diante de uma versão mais jovem de si mesmo, estreando como escritor com o livro “Pequeno manual prático de coisas inúteis”, também de poemas, publicado em 2009.

“De certa maneira, o manual e o inventário realizam uma espécie de encontro. Na verdade, meu primeiro livro representa a primeira vez em que consegui organizar o que escrevo para tentar entender os meus processos de relacionamento comigo mesmo e com o mundo. Acho que continuo tentando entender esses processos e espero nunca terminar de fazer isso, afinal nós mudamos o tempo todo e parar de tentar traduzir esse processo significa parar de lidar com o mundo. Para mim, o inventário marca um passo importante nessa compreensão, já que me parece um livro bonito. Oferecer algo bonito, mesmo que às vezes seja cruel, me parece um gesto de esperança pela vida.”

Theo começou a escrever os poemas do novo livro três ou quatro anos atrás, mas não os datou — ele sempre evita datar o que escreve — para não sentir a angústia que é ter de transformar tudo em alguma coisa porque o tempo está passando. “O ritmo absurdo da vida também foi me ensinando a cortar caminhos para um livro. O primeiro processo é sempre o de olhar para as coisas sem tentar entendê-las, mas as sentir. Isso se confunde muito com o que é viver”, diz. 

Questionado se o título “Inventário de tão pouco” seria uma forma irônica de refletir sobre a poesia e a arte em geral, vistas como coisas desimportantes diante do pragmatismo da vida, Theo responde à provocação como o escritor profundamente sensível que é: “Dizer que a arte não tem importância me parece muito duro. Não acho que ela, em especial a Literatura, tenha utilidade prática. Ainda bem. Nem tudo na vida precisa servir para trocar um pneu, erguer uma parede ou mapear as pessoas através de algoritmos. A razão de ser da poesia é a própria poesia e isso é naturalmente grandioso. Eu adoro ver, sentir e pensar essas coisas de pouca utilidade, desde besouros até Deus, passando pela vida, pela própria poesia.”

“Inventário de tão pouco” sai pela editora Penalux, de Guaratinguetá-SP, com orelha assinada por D.B. Frattini, escritor e especialista em Fundamentos Estruturais da Composição Artística; prefácio de Nélio Silzantov, escritor, crítico literário e professor; e quarta capa de Mar Becker, escritora e poeta. É a primeira obra de Theo Alves publicada pela editora paulista, depois de algum tempo de paquera. “Alguns projetos quase saíram por lá, mas só agora unimos as penas. Enviei os originais para os editores, que receberam o livro com muito carinho e cuidado. Isso é fundamental para um escritor que está construindo um espaço, mesmo já estando há tanto tempo escrevendo livros”, comenta Theo.

Em seu texto para a orelha do “Inventário”, D.B. Frattini destaca que “o poeta consegue estampar folhas delicadas de manjericão no meio de nossa caminhada apocalíptica”, e em certo trecho lhe diz: “Theo, seus poemas não são tristes, não são apenas lágrimas e sombras. Seu ‘Inventário’ nasceu clássico e celebra as perdas e os ganhos de nossas trajetórias sempre erráticas e efêmeras. Theo, quem lê sua poesia não precisa temer a crença. O autor deixa o leitor pensar em Deus e sangrar com Ele.”

TRECHO (poema do livro):


sob o pó


sobre os dias

uma camada de poeira

tão densa

que mal se pode ver o

presente


sob o pó

todos os móveis parecem 

fantasmas

cansados demais

para irem embora



SOBRE O AUTOR

Theo G. Alves nasceu em 1980, em Natal, capital do Rio Grande do Norte, mas cresceu em Currais Novos e hoje mora em Santa Cruz, ambas cidades do interior do estado. Além de escritor, é servidor público e professor de língua portuguesa e literatura brasileira. 

Coleciona algumas premiações em concursos literários de prosa e também de poesia, entre as quais se destaca a conquista do Prêmio Nacional de Contos Ignácio de Loyola Brandão 2017, com o conto “Por que não enterramos o cão?”. Publicou os livros “Pequeno manual prático de coisas inúteis” (poesia, 2009), “A Máquina de acessar os dias (poesia, 2015), “Doce azedo amaro (poesia, 2018), “Por que não enterramos o cão? (contos, 2021), “A cartomante que adivinha o presente” (crônicas, 2021), “Caderno de anotações breves e memórias tardias” (poesia, 2021) e “Barreiro das Almas” (romance, 2022).

Wilson Gorj volta à ativa depois de 10 anos com lançamento do livro ❝a inevitável fraqueza da carne❞


A INEVITÁVEL FRAQUEZA DA CARNE

Felino selvagem é metáfora para desejos reprimidos em novo livro de escritor paulista


Depois de uma década sem publicar, o escritor Wilson Gorj, que também é editor, está com um novo livro na praça. Trata-se do seu romance de estreia, “A inevitável fraqueza da carne” (Penalux), que o autor deve lançar no próximo dia 29, às 18h, no Museu Conselheiro Rodrigues Alves, em Guaratinguetá, cidade que é sede de sua editora.

Tempos atrás, Gorj ficou conhecido pelos seus livros de microcontos, gênero pelo qual militou durante um bom tempo, tendo, inclusive, comandado um selo específico do gênero, o 3x4: microficções (2010 a 2012), que foi um dos primeiros selos a se focar exclusivamente na prosa minimalista. 

Dessa vez, porém, o autor investe sua escrita numa narrativa de mais fôlego. “É um enredo relativamente simples”, relata o escritor à nossa entrevista, “mas que traz assuntos de interesse geral, como paixão, traição, conflitos familiares, entre outras abordagens humanas”.

A sinopse do romance nos dá a dimensão do que aborda o livro: Carlos é um contador que recebe uma inesperada herança do falecido pai, com quem não se relaciona desde a infância, em decorrência de uma traição que resultou no rompimento familiar. Essa herança é o ponto de virada na vida do personagem. Aos poucos, a chácara herdada vai se revelando um palco de tensões. A história, que é contada por um narrador pouco confiável, contempla temas candentes da condição humana: a morte; a solidão de não ter filhos; a traição; o incesto; os silêncios pessoais e os desdobramentos do passado na vida presente. Além de abordar a traição, a trama apresenta ainda, em menor medida, o tema da autoficção, explorando os limites entre sonho e realidade, desejos e lembranças, verdade e mentira. 

 “Muitos me perguntam o papel da jaguatirica na história, já que ela ilustra a capa do romance”, conta o escritor. Ele explica: “É um animal-símbolo no meu enredo. Ela aparece em algumas noites no quintal da chácara, tentando roubar alguma ave do galinheiro protegido por telas. Carlos, o protagonista do romance, estabelece com ela uma certa ligação e simpatia. A jaguatirica representa na trama uma metáfora às nossas paixões reprimidas, que tentam invadir a nossa rotina e de alguma forma saquear algo do nosso tempo, de nossas relações, de nossa vida.”

Outro ponto que desperta curiosidade no livro do Gorj é o título, que lembra o de outro livro, a famosa obra do tcheco Milan Kundera. O próprio autor elucida essa referência: “O livro inicialmente chamava-se ‘A carne é fraca’. Mas então, ainda no processo de concluir a trama, veio-me à mente este ‘A inevitável fraqueza da carne’. O novo título me fisgou, mas logo aquela voz crítica que todo autor tem (ou deveria ter) buzinou o alerta: isso lembra o livro do Kundera, ‘A insustentável leveza do ser’. Inicialmente essa constatação foi um desalento, tanto que pensei em deixar esse título de lado por conta dessa fácil associação a outro já existente e conhecido. Mas não demorou muito para que a ideia se tornasse um estímulo, porque vi a possibilidade de transformar o pastiche do título numa referência explícita, irônica, uma espécie de homenagem ao autor. Em outras palavras: eu poderia usar essa associação ao Kundera a favor do livro. Além do mais, entre os dois títulos parecidos há um contraponto interessante: o livro do escritor tcheco trata de questões do ser, o espírito humano, abarca questões mais elevadas, sendo assim, do outro lado, o meu – com menos competência, obviamente – trata de questões da carne, um tema mais ao chão, sem muitas pretensões filosóficas. Em resumo, a referência ao Kundera foi um tempero a mais à minha história”, finaliza Gorj.

Como ocorre em histórias permeadas por erros e perdas, da leitura desse romance também podemos tirar alguma lição: a de que toda rotina está sujeita à interferência do inesperado. E o inesperado pode se apresentar de várias formas, seja por meio de uma herança, uma revista ou, quem sabe, um felino... Afinal, mudar nem sempre é uma escolha. Às vezes é um imperativo inevitável.


TRECHO:

“Horas depois, já na cama, Carlos acordou com um barulho no quintal. Consultou no quintal. Consultou o relógio do celular. Era mais de meia-noite. Luísa roncava levemente ao lado. O barulho vinha da parte detrás da casa, próximo ao galinheiro. Àquela hora, certamente, não poderia ser o caseiro.

Carlos lembrou-se de ter visto uma lanterna na dispensa, quando Dona Marta abriu para pegar o arroz e os temperos.

Era uma lanterna pesada, a base de pilhas. Estava agora com ela nas mãos. Acionou o botão: acendeu. Um facho meio fraco, de pilhas que precisavam ser trocadas.

Vestiu um moletom por cima do short e saiu pela cozinha, avançando cautelosamente pela área coberta.

Os cães do caseiro, na casa ao lado, latiam sem parar. No galinheiro, as aves também pareciam alvoroçadas. Ele apontou a lanterna naquela direção e teve um sobressalto: a luz devolveu dois olhos vermelhos olhando fixos para ele. O animal estava imóvel, como que suspenso no gesto de fuga. Os dois, homem e felino, ficaram se mirando por um tempo, até que o bicho saltou sobre um monte de telhas acumuladas ali perto, depois galgou o muro e dali ganhou a árvore robusta cujo galho invadia um pouco a propriedade.

Muito pequena para ser uma onça, ele pensou, embora o pelo amarelo salpicado de manchas negras reforçasse essa impressão. Se não fosse um filhote, provavelmente tratava-se de algum gato selvagem.”


O livro do Wilson Gorj já recebeu algumas críticas. Abaixo deixamos o link para duas delas:

  1. https://aterraeredonda.com.br/a-inevitavel-fraqueza-da-carne/

  2. http://raulealiteratura.blogspot.com/2023/05/a-inevitavel-fraqueza-da-carne.html



O AUTOR

Wilson Gorj é natural de Aparecida, SP. É escritor e editor pela Penalux. Possui participações literárias em antologias, jornais, revistas e sites. Este romance de estreia é o seu quarto livro publicado. 


SERVIÇO

“A inevitável fraqueza da carne”, romance; p. 162; R$ 45 (Penalux, 2023).

Link para compra: 

https://www.editorapenalux.com.br/loja/romance/a-inevitavel-fraqueza-da-carne

Penalux completa 10 anos e objetiva ultrapassar 1500 títulos publicados em 2023 com chamada aberta de originais

Atuando fortemente com autores nacionais, editora abre chamada para originais a serem publicados em 2023; a editora está perto de fechar este ano com 150 obras publicadas

[Assessoria: Com.tato]

Consolidando sua atuação no cenário independente do mercado editorial, a editora Penalux completa 10 anos no mercado com o objetivo de ultrapassar, em 2023, 1500 títulos publicados. Até o final de 2022, a ideia é atingir 150 obras publicadas no ano. Para isso, uma chamada de originais foi aberta pela casa editorial, que se diferencia tanto pelo atendimento direto entre editores e autores quanto pela divulgação, em boa parte por conta de suas redes sociais, que somam mais de 300 mil seguidores.

TRAJETÓRIA

A Penalux surgiu em 2012 com a proposta inicial de investir em novos autores nacionais. Nesta trajetória, a editora conquistou uma excelente performance nos principais prêmios literários do país, como o Oceanos e o Jabuti —  por quatro anos seguidos (2018, 2019, 2020, 2021) contou com títulos seus entre os semifinalistas e finalistas. Entre os nomes publicados pela casa, estão a escritora Maria Valéria Rezende, dos poetas Antonio Carlos Secchin e Antonio Ciero, e do escritor Ricardo Ramos Filho, neto de Graciliano Ramos.

Autores estreantes aos mais experientes compõem a história da Penalux, tocada pelos editores e escritores Tonho França e Wilson Gorj. Seu catálogo é considerado um dos mais promissores e respeitados no cenário independente do mercado editorial. Entre os principais títulos que saíram ainda em 2022, estão os livros de poemas “Maví”, do imortal da Associação Brasileira de Letras Marco Lucchesi; “Vozes de mulher – Embates e contrastes”, de Marília Marcucci, obra selecionada pelo Edital ProAc/SP de 2022;  e “Tubos de ensaio”, do poeta Igor Fagundes, vencedor do Prêmio Ferreira Gullar 2022 promovido pela União Brasileira de Escritores (UBE) do Rio de Janeiro. 


NACIONAIS E EM ESTRANGEIROS

Entre os títulos nacionais em destaque na história da Penalux,”A face serena”, coletânea de contos da escritora premiada Maria Valéria Rezende (livro finalista do Prêmio Jabuti 2018), “Embaixo das unhas”, do escritor Vitor Camargo de Melo (obra vencedora do International Latino Book Awards de 2022 como Melhor Livro de Ficção), e “Apenas por nós choramos”, coletânea poética da autora Anna Mariano (vencedor, em 2020, dos três principais prêmios da região Sul: Açorianos, Ages e Minuano). 

A Penalux também publicou títulos de vencedores do prêmio Cidade de Manaus (como “Tocaia do Norte”, romance da escritora Sandra Godinho; “Alguma certeza”, do poeta Nathan Sousa, e  “Zona de sombra”, do contista Daniel Amorim), além de ter seus títulos figurando como vencedores dos prêmios literários promovidos pela UBE/RJ.

Desde 2015 a editora investe também na tradução e publicação de clássicos desconhecidos (ou esquecidos) do público brasileiro — como os romances “Os papéis de Aspern”, de Henry James, “O grande deus Pã”, de Arthur Machen, e “Ethan Frome”, romance de Edith Warthon, “Mil Mortes”, coletânea de contos de Jack London, e “O mar não está mais”, coletânea do poeta croata Drago Štambuk  —, bem como na publicação de literatura estrangeira contemporânea, como o livro de contos “O homem que plantava aves”, do angola Gociante Patissa, e os livros de poesia “Remorsos para um cordeiro branco”, da cubana Reina María Rodríguez, e “A alma dança em seu berço”, do dinamarquês Niels Hav.

A HORA E A VEZ DA PUBLICAÇÃO

A editora está com chamada aberta para envio de originais, com preferência a romances, crônicas, poesia e contos. As obras selecionadas serão publicadas ainda no primeiro semestre de 2023. Originalidade, inventividade, propriedade e certo domínio sobre a arte de escrever são os principais critérios de avaliação para a avaliação dos originais. O contato para envio é via e-mail (originais@editorapenalux.com.br e penaluxeditora@gmail.com). Em resposta, a editora mandará um documento explicando seu modelo de publicação.  O prazo de envio termina em dezembro de 2022.

OS SELOS

A editora possui cinco selos: o Lustre, dedicado a trabalho acadêmicos relacionados à literatura (biografia de autores, ensaios, pesquisas, teses, etc); o Castiçal, dedicado a trabalhos ficcionais em prosa: contos, crônicas, romance; o Microlux, voltado para micronarrativas; o Candeeiro, dedicado à poesia; o Lampejos, para autores estreantes e livros de autores em formação; e o Auroras, voltado exclusivamente a mulheres e comandado pela escritora e editora Dani Costa Russo.



[LANÇAMENTO] Vidas entrelaçadas, de Raul Marques

Você já parou para pensar que uma simples camiseta pode circular pela vida de diversas pessoas, por obra do acaso ou por meio de pequenos gestos, e unir suas histórias particulares, sonhos, dificuldades e frustrações? Pois bem, esse é o fio condutor do lírico e poético livro Vidas entrelaçadas, de Raul Marques.

Editada pela Penalux, a obra tem apresentação do escritor e crítico literário Sérgio Tavares (Vencedor do Prêmio Sesc de Literatura de 2010), texto de quarta capa de Mailson Furtado (Vencedor de dois prêmios Jabuti em 2018) e ilustrações de Isabela Sancho (ilustradora, escritora e psicanalista).

“Intenso, fascinante e sensível, Vidas entrelaçadas irá envolver o leitor e conduzi-lo por personalidades e narrativas brasileiras”, afirmam seus editores, Wilson Gorj e Tonho França. “Um livro que fascina ao mesmo tempo que instiga um pensamento crítico, dotado de uma inventividade e rigor técnico reservados somente aos escritores que têm o controle pleno de sua arte”, escreveu Tavares.

“Raul Marques entrelaça vidas em crônicas mergulhadas em trivialidades a rasurarem o cotidiano”, escreve Mailson Furtado.  “Vidas tão pouco vistas, guardadas nas entrelinhas dos dias, tão distantes e tão próximas de todos(as) nós. Em inscrições em carne viva, Raul destila poesia numa voz prosaica em versos lotados de sutilezas, simultaneamente abraçando e sendo alheio às extra e infraordinariedades desse contemporâneo fluído e em embaço que nos traduz, através de rascunhos biográficos de/em não dizeres, moldando vias de uma cartografia de um hoje-sempre”.


APRESENTAÇÃO | Sérgio Tavares


“Mundo mundo vasto mundo/ se eu me chamasse Carlos/ não seria uma rima, seria uma inspiração”, parece nos provocar Raul Marques nestas vidas entrelaçadas que evocam a quadrilha de Drummond. Tal qual nos versos do poeta itabirense, em que João amava Tereza que amava Raimundo, o engenho poético se constitui de um concêntrico movimento através do qual a associação das partes conecta a multiplicidade na unidade. São como peças de um puzzle volúvel que trazem as histórias de Maria, Ana, Antônio e Francisco, entre outros personagens de um cotidiano de durezas, num encaixe de situações e componentes líricos, narrativos e dramáticos, variando de tom conforme as características do relato, numa aliança conduzida por um elemento-chave. Trata-se da articulação criativa da sintaxe e da forma, na qual as experiências variadas da natureza humana operam para descortinar existências divergentes ou contrastantes que conduzem a ressonância dos fatos na alma, capturando retratos aparentemente aleatórios, mas que oferecem uma lógica interna, uma coerência no conjunto. Cabe então, ao leitor prestes a adentrar essas páginas, encontrar os pontos de convergência no trilho sinuoso das vivências dessas pessoas comuns que repercutem seus mundos internos pelas tensões do ambiente social. Um livro que fascina ao mesmo tempo que instiga um pensamento crítico, dotado de uma inventividade e rigor técnico reservados somente aos escritores que têm o controle pleno de sua arte.


LANÇAMENTO

A obra vai ser lançada no dia 26 de novembro, na Casa das Flores, das 9h às 11h. O espaço fica na Rua Dr. Raul Silva, 122, Vila Redentora, São José do Rio Preto.


SERVIÇO

“Vidas entrelaçadas”, poesia – Raul Marques (Penalux, 2022); 92 p.; R$44.

Onde comprar: www.editorapenalux.com.br/loja/vidas-entrelacadas

Disponível também pela Amazon.

 

O AUTOR

 Raul Marques nasceu em São Paulo, na primavera de 1980, e vive com a família em São José do Rio Preto (SP). É jornalista e escritor. Autor de biografias, textos poéticos, obras empresariais e histórias infantojuvenis, área com maior número de publicações, como o livro O caminho da escola (Aletria, 2021). Visitou o Haiti para produzir uma reportagem e escreve sobre refúgio, deslocamento e mudança forçada. É pai da Isabela e do João Pedro.

     

Contatos:

@raulmarquesescritor | www.raulmarqueescritor.com.br

raul.marques@yahoo.com.br

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