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Explorando as profundezas da existência: uma jornada através dos "Contos céticos" de Adriana Lunardi


A coletânea de contos "Contos céticos", da aclamada escritora Adriana Lunardi, nos transporta para um universo de imperfeições belas que surgem da tragédia do cotidiano. Com uma narrativa fascinante e repleta de imagens extraordinárias criadas a partir de elementos simples da existência, Lunardi desafia a manipulação por glossários, medicamentos ou truques. Em seus contos, somos confrontados com a delícia e o desespero de coexistir, explorando temas profundos como solidão, amor, memória e identidade.

Cada conto mergulha nas complexidades das relações humanas e nos faz refletir sobre a natureza da criatividade, da culpa e da busca pela verdade. A autora utiliza uma linguagem poética e introspectiva para transmitir emoções profundas e nos levar a questionar a fragilidade e a efemeridade da vida. Com habilidade magistral, Lunardi nos conduz por um caminho de descobertas e revelações, transformando a leitura em uma experiência envolvente e marcante. "Contos céticos" é, sem dúvida, uma obra que ressoa na alma do leitor e o convida a explorar as nuances da condição humana.

Ascensão das Trevas: O Segundo livro da saga Herdeiro das Trevas de C.S. Pacat já está entre nós

Foto: Arte digital / Divulgação
Ascensão das Trevas, segundo livro da saga Herdeiro das Trevas de C.S. Pacat já está entre nós e pode ser adquirido no site da editora Record ou sites de venda pela internet. Convidamos vocês à se aventurar no mundo mágico de Herdeiro das Trevas - Ascensão das Trevas - Vol. 2, a emocionante sequência do aclamado primeiro livro da série. Neste segundo volume, Will e seus amigos enfrentarão uma nova ameaça das Trevas que promete trazer ainda mais perigos e reviravoltas a suas vidas. Com segredos sombrios sendo revelados e alianças arriscadas sendo feitas, o destino de todos está em jogo.

Prepare-se para mergulhar em uma história repleta de magia, ação e mistério, onde a luta entre a Luz e as Trevas atinge novos patamares. Será que Will conseguirá manter sua verdadeira identidade em segredo? Será que o passado pode ser a chave para salvar o presente, ou o que causará a ruína de todos? Não perca a oportunidade de acompanhar essa emocionante jornada em Herdeiro das Trevas - Ascensão das Trevas - Vol. 2, e descobrir o desfecho dessa épica batalha que pode mudar o destino de um mundo inteiro. Escolha o seu lado e embarque nessa incrível aventura!



SINOPSE DO LIVRO

As Trevas estão de volta. E um mundo antigo prestes a ressurgir. Herdeiro das Trevas é a esperada sequência de Ascensão das Trevas. Dessa vez, Will e seus amigos precisarão lutar contra um mal que já caminha entre eles. Os guerreiros da Luz sobreviveram ao primeiro ataque das Trevas, mas pagaram um preço alto demais. Com outra ameaça prestes a eclodir, se não agirem depressa, muito mais tragédias estarão a caminho. Perseguidos pelas forças inimigas, Will e seus aliados precisam deixar a segurança do Salão e viajar até o mundo antigo para deter a ascensão das Trevas, fazendo novas e perigosas alianças e desvendando segredos impactantes do passado. No entanto, Will também esconde um segredo sombrio: sua verdadeira identidade. Caso a verdade venha à tona, quem é amigo pode se tornar um inimigo. Mas a atração que sente por James St. Clair, o Traidor, faz com que se aproxime cada vez mais de sua vida pregressa e das Trevas. Será que não apenas Will, mas também seus aliados, conseguirão lutar contra o próprio destino? Será que conhecer o passado pode ser a chave para salvar o presente, ou justamente o que causará o fim de todos? Herdeiro das Trevas é a imperdível sequência do best-seller Ascensão das Trevas. “Uma fantasia instigante. Eu simplesmente não conseguia largar.” — V. E. Schwab, autora de A vida invisível de Addie LaRue, best-seller do New York Times “Uma história narrada com detalhes devastadores e brilhantes. Ninguém consegue parar de ler.” — Chloe Gong, autora de Prazer


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5 poemas de Erica Magni, autora de areia na olhota


O livro "Areia na Olhota" da poetisa Érica Magni, publicado pela Editora Pedregulho, é uma obra que nos convida a mergulhar nas experiências e reflexões da autora durante um momento de transição geográfica em sua vida. Com poemas inéditos e carregados de emoção, Érica nos leva em uma jornada poética através de sua mudança da agitada cidade do Rio de Janeiro para a serena Arraial do Cabo.

Em meio à pandemia, a autora se viu diante de uma nova realidade e sentiu a necessidade de repensar sua relação com o mundo e com a poesia. Neste livro, ela compartilha conosco suas reflexões, angústias e esperanças, convidando-nos a sentir o que é se reinventar e seguir em frente, mesmo diante dos desafios e incertezas.

Ao longo de "Areia na Olhota", Érica Magni nos presenteia com um olhar sensível e autêntico sobre a vida, as mudanças e a busca por um novo sentido. Seus poemas nos envolvem e nos fazem refletir sobre a importância de aceitar as transformações e seguir adiante, mesmo que isso signifique deixar para trás parte de nós mesmos.

Érica Magni, com sua sensibilidade e talento, nos mostra que a poesia pode ser uma poderosa ferramenta para expressar nossas emoções mais profundas e nos conectar com o mundo ao nosso redor. "Areia na Olhota" é mais do que um simples livro de poemas, é uma obra que nos convida a mergulhar em nós mesmos e encontrar a beleza e a força nas mudanças que a vida nos reserva.







Compre o livro no site oficial da editora Pedregulho:

https://www.lojapedregulho.com.br/olhota

A profundidade do laço entre mãe e filha em 'Uma mulher', o novo livro de Annie Ernaux

Foto: Arte digital

A autora francesa Anne Ernaux está de volta com seu novo livro "Uma mulher", lançado no Brasil pela editora Fósforo. O livro, que já está em pré-venda no site da editora, narra as memórias que a escritora guarda de sua mãe, escritas nos meses seguintes à morte dela.

Em "Uma mulher", Ernaux utiliza a mesma linguagem neutra que a consagrou em obras anteriores, como "O lugar", para falar sobre a vida de sua mãe, uma mulher nascida no início do século 20 e que foi operária desde os doze anos. Orgulhosa do seu ofício e da independência que conquistou ao longo da vida, a mãe de Ernaux sempre incentivou os estudos da filha, mesmo tendo poucas oportunidades de educação.

Após a morte do marido, a mãe vai viver com Ernaux e seus netos, e a autora relata as experiências cotidianas que mostram a distância que a ascensão social da filha criou entre as duas. Com detalhes precisos e emocionantes, Ernaux recria os gestos, expressões e a vivacidade da mãe, mesmo nos momentos finais de sua vida, quando já estava acometida pelo Alzheimer.

O livro é descrito como sóbrio e comovente, essencial para compreender a complexa relação entre mãe e filha, além de ser um retrato íntimo da vida de uma mulher da classe trabalhadora. "Uma mulher" é um tributo à vida e à morte, repleto de amor, ódio, admiração, ternura, culpa e um vínculo inabalável.

Com elogios de veículos renomados, como o New York Times Book Review e o Washington Times, "Uma mulher" promete emocionar e tocar o coração dos leitores com sua narrativa honesta e profunda. O livro já está disponível em pré-venda no site da editora Fósforo, não perca a oportunidade de conhecer essa obra tão aclamada pela crítica internacional.

Compre o livro na pré-venda:

https://www.fosforoeditora.com.br/catalogo/uma-mulher-annie-ernaux/

Anne ernaux - uma mulher

novo livro de Anne Ernaux

Livro sobre a mãe de Anne Ernaux

Conheça o livro “O lobo vermelho”, de Josef Jr e Oscar Reinstein

Foto: Arte digital / Divulgação

Imagine-se em uma fazenda distante da cidade, onde um avô e seus quatro netos vivem momentos de diversão e aventura. Em um dia comum, algo inesperado acontece: um lobo vermelho surge no horizonte, desafiando a coragem e a criatividade dessa família.

Neste contexto, a obra "O Lobo Vermelho: imagine se puder", escrita por Josef Jr e ilustrada por Oscar Reinstein, nos leva a embarcar nessa jornada cheia de suspense e imaginação. Através das brincadeiras de criança e da inventividade dos personagens, somos levados a refletir sobre como enfrentar desafios com coragem e criatividade.


Com o poder da imaginação como arma secreta, essa família nos mostra que é possível superar obstáculos e vencer medos, transformando situações aparentemente assustadoras em momentos de aprendizado e diversão.

Venha se aventurar conosco em "O Lobo Vermelho: imagine se puder", publicado pela editora Appris, e descubra como a imaginação pode ser a chave para desvendar os mistérios da vida e enfrentar os desafios do dia a dia. Prepare-se para mergulhar em um mundo de fantasia e descobertas, onde tudo é possível quando se tem coragem para sonhar.

Compre o livro no site da editora Appris:

https://editoraappris.com.br/produto/o-lobo-vermelho-imagine-se-puder/

Você também encontra o livro Ponto frio / extra / Casas Bahia / Amazon / Magazine Luiza

Conheça o livro "O Dragão Que Cuspia Tudo", uma Jornada de Autodescoberta e Transformação

Foto:Arte digital / Divulgação

 

Em "O Dragão Que Cuspia Tudo", o autor Bob Faria nos apresenta a encantadora história de Sophia, uma garotinha cheia de curiosidade e criatividade. Ao descobrir que todos possuem talentos únicos e especiais, Sophia embarca em uma jornada de autodescoberta e aprendizado, onde percebe que cada talento, por menor que seja, tem o poder de transformar o mundo ao seu redor. Com uma mensagem inspiradora sobre a importância de usar nossas habilidades para o bem, este livro nos convida a refletir sobre o impacto positivo que cada um de nós pode ter no mundo.

O protagonista, Sophia, encontra um dragão mágico que cuspia coisas boas e ruins, simbolizando os altos e baixos da vida. Com a ajuda desse dragão, ela aprende a valorizar suas próprias habilidades e a usá-las para fazer a diferença na vida das pessoas ao seu redor. Através de situações divertidas e emocionantes, o livro nos ensina que cada um de nós tem um papel importante a desempenhar no mundo, e que podemos fazer a diferença, não importa quão pequeno seja nosso talento. Com uma narrativa envolvente e ilustrações encantadoras, "O Dragão Que Cuspia Tudo" é uma leitura inspiradora para crianças e adultos, que nos lembra do poder transformador que há em cada um de nós.

Compre o livro no site oficial da editora Appris:

https://editoraappris.com.br/produto/o-dragao-que-cuspia-tudo/

Você também encontra o livro Shopee / Americanas / Globo Books / Martins Fontes Paulista / Magazine Luiza

Possíveis travessias: A arte de Alberto da Veiga Guignard e a importância do desenho na formação de artistas contemporâneos

Foto: Arte digital / Divulgação

Em 2021, celebra-se os 125 anos de Alberto da Veiga Guignard, e é fundamental discutir a sua relevância na formação de artistas contemporâneos. Nesse contexto, surge o livro Possíveis travessias: o desenho e a experiência da arte, que destaca a importância da arte e da liberdade de expressão, em um momento onde a cultura enfrenta desafios diante de políticas que desvalorizam a sensibilidade humana. A obra reflete um pensamento amadurecido, fruto de anos de pesquisa no ensino e produção de arte, explorando espaços de impossibilidade perceptiva e buscando verdades além do rigor acadêmico. Os cinco capítulos do livro apresentam diálogos com importantes autores e investigam a contemporaneidade e as questões que ultrapassam o tempo e as críticas. Reconhecendo o desenho de observação como um meio de acesso à cognição e à subjetividade, o texto destaca a importância do entendimento do indivíduo como criador e da formação do artista desenhista. Ao explorar a noção de subjetividade como conhecimento inatingível, o livro constrói uma relação com o infinito e a transcendência, abrindo portas para o imaginário artístico. A vida é comparada a uma paisagem vista por uma janela, que simultaneamente separa e une o dentro e o fora, enquanto o artista desenhista é desafiado a manter a presença e a continuidade em sua arte. Conclui-se que a expansão do universo requer a construção do dom poético, refletido no olhar sensível diante da vida e do outro.

Compre o livro no site da editora Appris:

https://editoraappris.com.br/produto/possiveis-travessias-o-desenho-e-a-experiencia-da-arte/

Você também encontra o livro: Amazon / Disal Magazine Luiza / Martins fontes paulista / Livraria dois pontos // Americanas

Marcelo Bechara cria uma deliciosa história infantil em “Caiu na rede é papagaio: e outras histórias de quem não voa”

Foto: Arte digital // Divulgação

"Caiu na Rede é Papagaio (E Outras Histórias de Quem Não Voa)" é uma obra que vai além de um simples relato de um crime solucionado por um papagaio. Escrito por Marcelo Bechara S.N. Frange e publicado pela editora Appris, o livro narra as aventuras inusitadas e surpreendentes de Louro Augusto, um papagaio nada comum.

A história de Louro Augusto vai muito além do seu talento em resolver mistérios. O papagaio buscava a imortalidade, enfrentando desafios e perigos inimagináveis. Com seu jeito mal-humorado e sua sede por confusões, Louro Augusto conquistou seus donos e despertou a curiosidade de todos ao seu redor.

Com uma mistura de realidade e ficção, este livro nos faz questionar a linha tênue entre o mundo dos animais e dos humanos. Louro Augusto foi um personagem único, e suas histórias são tão incríveis que nos fazem duvidar se realmente aconteceram.

"Caiu na Rede é Papagaio" é uma leitura envolvente e divertida, que nos leva a refletir sobre a natureza surpreendente dos seres vivos e nos emociona com as aventuras de um papagaio encrenqueiro como nunca se viu.

Compre o livro na site da editora Appris: 

https://editoraappris.com.br/produto/caiu-na-rede-e-papagaio-e-outras-historias-de-quem-nao-voa/

Você também encontra o livro Amazon // Magazine Luiza // Martins fontes paulista // Livraria Travessa

Lançamento do livro LGBT + NA LUTA: Avanços e retrocessos, de Laura A. Belmonte


O lançamento do livro "LGBT+ na luta: avanços e retrocessos" promete ser um marco na literatura sobre a história da população LGBT+ e sua jornada de luta por direitos e igualdade. Escrito pela renomada historiadora Laura A. Belmonte, o livro aborda de forma detalhada os desafios enfrentados pela comunidade LGBT+ ao longo dos séculos, assim como os avanços conquistados com muita determinação e resistência.

A autora, que tem uma vasta experiência acadêmica e ativista, traça um panorama abrangente das estratégias de luta adotadas pela comunidade LGBT+, destacando as vitórias emocionantes e as derrotas esmagadoras que marcaram a trajetória dessa luta. Com uma abordagem interseccional, Belmonte ressalta a importância de considerar o sexo, a cultura, a classe social, a raça, a região e o contexto na análise dos avanços e retrocessos da causa LGBT+.

Além disso, o livro apresenta um olhar comparativo sobre os avanços institucionais e práticos em diferentes países, destacando aqueles que se destacaram na promoção dos direitos LGBT+. Também são explorados os principais desafios enfrentados pela comunidade LGBT+ nos dias de hoje, evidenciando a importância da continuidade da luta por igualdade e respeito.

Laura A. Belmonte, conhecida por seu trabalho acadêmico e ativismo em defesa dos direitos LGBT+, traz uma expertise única para esta obra que certamente se tornará uma leitura indispensável para todos aqueles interessados na história e na luta da comunidade LGBT+. O lançamento do livro promete abrir novos horizontes para o debate sobre diversidade e inclusão, reforçando a importância da união e da persistência na busca por uma sociedade mais justa e igualitária. A luta continua - aqui e no resto do mundo.

Compre o livro no site oficial da editora contexto: https://www.editoracontexto.com.br/lgbt-na-luta?lgbtnaluta-leitores

[RESENHA #966] Ilustrações, de Jailton Moreira


RESENHA

Ilustrações é o primeiro livro de poemas de Jailton Moreira, um artista plástico, professor e curador que conheceu todo o tipo de arte em suas andanças. O livro é fruto de uma relação em que o escrito se submete ao visual, e não o contrário. São 29 poemas que respondem poeticamente e criticamente às experiências vividas pelo autor frente a determinados artistas e suas obras, como Piet Mondrian, Diego Velázquez e Richard Serra.

O livro é uma obra que desafia o leitor a se tornar observador e a ir conhecer por conta própria os trabalhos que inspiraram o autor a escrever. Cada poema é uma tentativa de ordenar as impressões, os sentimentos e as reflexões que as imagens provocam no autor, usando uma linguagem simples, direta e criativa. O autor não se limita a descrever ou elogiar as obras, mas também as questiona, as contraria e as reinventa.

Ilustrações é um livro que mostra a versatilidade e o talento de Jailton Moreira, que transita entre diferentes formas de expressão artística, e que convida o leitor a fazer o mesmo. É um livro que celebra a arte como uma forma de conhecimento, de comunicação e de transformação.

Como descrito no site oficial da obra, este é um convite à experimentação em que o autor se liga ao visual para dar vida as palavras, e não ao contrário. A obra é ilustrada ricamente com imagens que carregam um forte sentimentalismo histórico e simbolista que provoca leitor não somente uma onda reflexiva, mas também uma série de pensamentos acerca da historicidade e das propostas elencadas em seu enredo. 

A obra possui 131 páginas carregadas com 29 poemas e imagens que conversam entre si em sua completude.  A segunda poética do autor é dedicada à uma obra de Giotto (pintor e arquiteto italiano) intitulada legend of St Francis: 15. Sermon to the Birds, que é uma das 28 cenas da Lenda de São Francisco pintadas por Giotto di Bondone na Basílica de São Francisco de Assis, na Itália. A obra retrata um episódio famoso da vida de São Francisco, o santo padroeiro dos animais, que pregou um sermão aos pássaros, exortando-os a louvar a Deus por todas as bênçãos que Ele lhes concedeu. A obra é considerada um exemplo da arte gótica, que se caracteriza pelo uso de cores vivas, pela representação de figuras humanas e pela expressão de sentimentos e emoções. A obra também mostra a habilidade de Giotto em criar perspectiva, profundidade e movimento, usando elementos como a paisagem, as árvores e as nuvens.

A poesia é uma reflexão sobre a arte e a vida, sobre o passado e o presente, sobre o sagrado e o profano. O poeta usa metáforas e imagens que remetem à obra de Giotto, como o berço, a espiga, o óleo, o canto, os pássaros, o céu, o verde e a proa. Ele também faz referências à história de São Francisco, como o santo pobre, o mestre triste e o sonho romano. Ele compara o seu sonho com o de São Francisco, que deslizam na região da Úmbria, onde fica a cidade de Assis.

A poesia é uma forma de homenagear a obra de Giotto e a vida de São Francisco, mas também de questionar o seu significado e a sua atualidade. O poeta se pergunta se o berço da arte pode se transformar em um começo, se é possível superar o vício e a violência, se é possível lubrificar as arestas e colocar a engenharia em movimento, se é possível contar histórias de pássaros e homens famintos, se é possível ver o céu azul e o verde vivo, se é possível sonhar com a paz e a harmonia.

Já na poética guitarras de Picasso, o poema é uma reflexão sobre a arte e a música, sobre o caos e a harmonia, sobre o antigo e o novo. O poeta usa metáforas e imagens que remetem à obra de Picasso, como o berço, o mastro, o âncora, o barco, o casco, a boca, a guitarra, o silêncio e a pátina. Ele também faz referências a diferentes gêneros musicais, como sardanas, cumbias, baladas, fados e fandangos. Ele compara a música tradicional e popular com a música experimental e desconcertante que a obra de Picasso representa.

O poema é uma forma de homenagear a obra de Picasso e a sua inovação, mas também de questionar o seu sentido e a sua beleza. O poeta se pergunta se a guitarra quebrada pode ser consertada, se a música descontínua pode ser ouvida, se a sonora pandora pode reverberar.

Em síntese, podemos dizer que o autor consegue de forma magistral e prolífica inserir em suas reflexões históricas, sociais e urbanas um contexto além da imagem. Essa nova categoria descritiva é uma forma de expor a história e as linhas poéticas em forma de enredo de forma poética e rebuscada. Uma poesia complexa e repleta de nuances quem devem ser sentidas em sua totalidade. Uma obra magistral. 

[RESENHA #965] Tupac Shakur: a biografia autorizada, de Stace Robinson

A primeira e única biografia autorizada pela família do lendário artista Tupac Shakur. Um comovente relato de sua vida e do legado que deixou, ilustrado com fotos pessoais, manuscritos, trechos de seus diários e muito mais!

Artista, poeta, ator, revolucionário... uma lenda.

Tupac Shakur deixou sua marca na cultura mundial. Quase trinta anos depois de sua trágica e precoce morte em 1996, aos 25 anos, Tupac continua sendo presença constante na mídia como uma das figuras mais incompreendidas e fascinantes da história da música.

Em Tupac Shakur: A biografia autorizada pela primeira vez o público tem em mãos uma biografia completa sobre o lendário artista. A autora Staci Robinson ― que conheceu o rapper ainda no ensino médio e foi escolhida por Afeni Shakur, mãe de Tupac, para contar a história do filho ― teve acesso exclusivo a seus diários, suas cartas e conversas, sem censura, com aqueles que o conheciam intimamente. Em Tupac Shakur, Robinson nos oferece uma leitura emocionante e profundamente pessoal sobre os acontecimentos que marcaram a vida de Tupac, e do legado que ele deixou no mundo, com fotografias exclusivas da infância e de bastidores da carreira do artista.

Empreitada de décadas, esta obra mergulha no poderoso legado de uma vida que desde cedo foi definida pela política e pela arte ― de um homem movido tanto pelo brilhantismo quanto pela impulsividade, imerso desde cedo na rica tradição intelectual do movimento negro e no ativismo dos Panteras Negras e sem medo de falar as mais ásperas verdades sobre as questões raciais nos Estados Unidos.

Esta é, ainda, a história de um sucesso vertiginoso, com consequências devastadoras. E, como não podia deixar de ser, traz a obra musical de Tupac e sua mensagem atemporal, que seguem inspirando a juventude até os dias de hoje.

RESENHA

Tupac Shakur: a biografia autorizada é o primeiro e único livro que conta a história do lendário rapper americano com a autorização da sua família. A autora, Staci Robinson, foi colega de escola de Tupac e teve acesso exclusivo aos seus diários, cartas, fotos e relatos de seus amigos e parentes. O resultado é um retrato emocionante e pessoal de uma das figuras mais influentes e controversas da história da música.

O livro narra a trajetória de Tupac desde a sua infância, marcada pela pobreza, pela violência e pelo ativismo político dos Panteras Negras, até a sua ascensão ao estrelato, com sucessos como “California Love”, “Changes” e “Dear Mama”. O livro também revela os bastidores da sua carreira como ator, poeta e revolucionário, e os conflitos que o envolveram em polêmicas, processos e rivalidades, culminando no seu assassinato em 1996, aos 25 anos.

O livro é uma homenagem ao legado de Tupac, que continua inspirando milhões de pessoas ao redor do mundo com a sua música, a sua mensagem e a sua atitude. O livro também é uma reflexão sobre as questões raciais, sociais e culturais que Tupac abordou em suas letras, e que seguem relevantes até hoje.

O livro é ilustrado com fotos exclusivas da vida de Tupac, e também contém citações de suas músicas, de seus poemas e de seus depoimento. A obra contém 22 capítulos e eles descrevem períodos únicos e distintos da vida do músico, como o estilo se suas músicas, sua vida em Nova York, sua história de ascensão, período de fama, dentre outros tópicos explorados pela autora.

Esta é a única biografia de Tupac que tem a aprovação da sua família. Ela celebra a sua trajetória e o seu espírito, sem esconder os seus erros nem diminuir os seus desafios e a sua criatividade para alcançar o sucesso. 

Staci Robinson foi amiga de Tupac na escola. Ela estava na lista de escritores que ele queria trabalhar no futuro, antes de ser morto. Apesar de seu histórico escolar não ser muito brilhante, Afeni Shakur viu a sua honestidade e o seu compromisso quando confiou a história do seu filho a ela. Se Robinson não tinha feito nada de extraordinário antes, ela tirou um dez com este. Parabéns a ela por esta ótima biografia, o esforço valeu a pena. O nível de dedicação em capturar a essência de um artista através de todos que o conheceram fica claro nos detalhes. Staci Robinson não poupou esforços, entrevistando todos, desde seus amigos mais íntimos e familiares até seus colegas de infância, mentores e educadores. Ela honra o lado intelectual de Tupac.

Intensidade e foco são duas palavras usadas para descrever Tupac no final desta biografia que melhor se encaixam no meu caso. Ele estava determinado no seu futuro, tão seguro da sua fama quanto da sua morte precoce pela violência. Às vezes, a sua natureza intensa levava à violência impulsiva e a atitudes defensivas, mas a sua alma equilibrada se manifestava no final, após a reflexão. Ele também foi realista sobre o mundo e o seu futuro, incluindo a sua expectativa de vida. Ele era sincero quando algo era culpa dele, inflexível quando acreditava que estava sendo injustiçado ou acusado falsamente. Ele exigia honra e respeito mútuos de seus amigos e associados, eliminando as pessoas quando elas o traíam ou desapontavam. Ele tinha um código de ética que era fundamental para a sua imagem e a sua mensagem. Ele era absolutamente polêmico, muitas vezes devido ao alvoroço da mídia e aos equívocos sobre a sua filosofia e os seus objetivos, mas às vezes por causa da sua atitude audaciosa. Staci equilibra a representação do seu comportamento, sem justificá-lo, mas também sem condená-lo por isso. Ela mostra a sua complexidade.

Uma obra completa e magistral.

[RESENHA #962] Noveletas – Sigbjørn Obstfelder

Noveletas reúne as novelas Liv e As Planícies, do escritor norueguês Sigbjørn Obstfelder (1866-1900). Esse é o 1º título da Coleção Norte-Sul, organizada e traduzida por Guilherme da Silva Braga.

RESENHA

Noveletas é uma coletânea de duas novelas do escritor norueguês Sigbjørn Obstfelder (1866-1900), considerado um dos pioneiros do modernismo literário em seu país. O livro, traduzido diretamente do norueguês por Guilherme da Silva Braga, é o primeiro título da Coleção Norte-Sul, que pretende apresentar ao público brasileiro autores e obras de países nórdicos ainda pouco conhecidos.

As novelas Liv e As Planícies são exemplos da prosa inovadora e experimental de Obstfelder, que explora aspectos psicológicos e abstratos dos personagens, em contraste com a narrativa realista e naturalista predominante na época. Influenciado pela poesia de Charles Baudelaire, Obstfelder cria atmosferas sombrias, melancólicas e simbólicas, que refletem sua própria angústia existencial e sua busca por um sentido para a vida.

Liv conta uma história narrada em primeira pessoa de um homem que cuida de uma mulher de nome homônimo ao conto. Ela vive em um internato e encontra-se doente, e ele toma para si a obrigação de cuidar dela. A narrativa é marcada pela subjetividade e pela fragmentação, que expressam o conflito interno e a instabilidade emocional da protagonista. O final é algo inesperado pelo leitor e marca toda leitura com um enredo emocionante e tocante.

Liv é islandesa. Ela, essa alva e bela figura, cuja mão desliza como uma sombra por cima das cobertas, em cujos olhos há um brilho de maciez, fala com erres ríspidos e estrangeiros, que soam estranhamente pesados na língua ademais suave. (p.19)

As Planícies narra a viagem de um homem através das planícies, onde ele descreve, com destreza mais do que os olhos podem enxergar. Ele conhece uma mulher de nome Naomi ao qual se encanta à primeira vista, ela é, segundo ele, pálida como um cadáver. A escrita do autor é prolífica em suas nuances e descreve com clareza e expertise um enredo inovador e intrínseco. O autor trabalha a noção de psicologia e lembrança em seus enredos, as descrições e aventuras de suas personagens revelam muito além do que o enredo pode proporcionar fora das entrelinhas, é necessário descortina-los, ler, reler e refletir. Sinto como se cada descrição do autor fosse um universo particular dentro de uma criação única e singular.

É estranho pensar que todos os outros estiveram com ela ao longo da vida inteira, e que no entanto, fui o primeiro a vê-la. Nenhuma pessoa no mundo viu Naomi (p.48) 

Noveletas é um livro que nos surpreende pela originalidade e pela beleza de sua escrita, que nos envolve e nos emociona com suas histórias de amor, dor e loucura. É uma obra que nos faz conhecer e admirar o talento de Sigbjørn Obstfelder, um autor que influenciou grandes nomes da literatura mundial, como Rainer Maria Rilke, e que merece ser lido e apreciado por todos os amantes da boa literatura.

[RESENHA #960] O cordeiro e os pecados dividindo o pão, de Milena Martins Moura

Nas palavras de Priscila Branco, que assina o prefácio do novo livro de Milena Martins Moura, “[em] O Cordeiro e os Pecados Dividindo o Pão, o único milagre possível é o ato poético […]: ‘Eu estou escrevendo / Isso é um milagre’”

Exercício de subversão, Milena Martins Moura faz o cordeiro – símbolo da castidade – sentar à mesa com os pecados. E gozar da companhia um do outro, “de corpo inteiro no indevido”.

Para a professora Paula Glenadel da Universidade Federal Fluminense (UFF), Milena “assume para si uma voz incomum entre sua geração”, tratando de temas bíblicos, ou dos “mistérios gregos”.

Neste O Cordeiro e os Pecados Dividindo o Pão, a opressão é esmagada e as palavras são desnudadas sem culpa, como aponta Anna Clara de Vitto na orelha.

A Eva de Milena é “serpente e desfrute” e vai “lambendo o caminho desviado”, dando atos de sujeito à primeira mulher. Em certo momento, Eva afirma: “estou nua e disso não me envergonho”.

RESENHA

A poeta enfrenta temas como religião, erotismo, profanação do sagrado e as proibições ligadas à liberdade feminina, em versos que usam a palavra como instrumento de independência. Priscila Branco ressalta, logo no início do prefácio, que essa coletânea de poemas é transgressora, pois propõe uma total inversão da tradição judaico-cristã, estabelecida em nossa sociedade por milhares de anos. E afirma: “O próprio ato de escrita e, agora, de leitura deste livro é a luta contra o sacrifício. Que a poesia possa sempre dar voz ao cordeiro e aos pecados, e que todo leitor ache um pedaço desse pão, mesmo que o cobertor esteja úmido em dias gelados.” Nessa mesma direção, Paula Glenadel oferece, no posfácio, uma análise sobre a abordagem ousada de Milena nessa obra. De acordo com ela, a fome e a sede são imagens que percorrem quase todos os poemas do livro. Para a professora, essas cenas se organizam em duas grandes séries de substâncias, a do pão, do vinho ou da água; e a da carne e do sangue, nas quais o sujeito se exercita na ocupação de lugares mutáveis. E essa transubstanciação, em suas palavras, “põe em destaque a ineficácia da transferência sacrificial tradicional, incapaz de saciar essa sede e, principalmente, essa fome”. Em O Cordeiro e os Pecados Dividindo o Pão, as mulheres existem como seres que desejam e é do desejo que o direito à subjetividade emerge. Para a autora, trabalhar esse tema sob essa perspectiva era algo inevitável, além de um ato político em desejo de si e de outras: “Eu sou uma mulher que foi criada sob o peso da culpa e que se cansou de ver seu desejo como um erro e seu corpo como impuro.”

Em uma análise ao poema LUTA:

apenas dois
olhos
fracos
se interpõe
entre mim
escuro

e eu que nunca fui muito forte existo novembro e flores mortas pintadas do sangue de flamboyants tenho dois olhos cor de tempestade e um cansaço ancestral nos ossos do não
dito 

O poema é um texto lírico que expressa a angústia e a solidão do eu lírico, que se sente fraco e cansado diante da escuridão da vida. O poema tem uma estrutura irregular, sem rimas ou métrica definida, o que sugere uma ruptura com as formas tradicionais e uma busca por uma linguagem mais livre e pessoal.

O poema se divide em três partes, cada uma iniciada por uma referência aos olhos do eu lírico. Na primeira parte, ele diz que tem apenas dois olhos fracos que se interpõem entre ele e o escuro, o que indica uma sensação de impotência e vulnerabilidade diante do desconhecido. Na segunda parte, ele afirma que nunca foi muito forte e que existe novembro e flores mortas pintadas do sangue de flamboyants, o que remete a uma atmosfera de melancolia e decadência, marcada pelo fim do outono e pela cor vermelha que simboliza tanto a beleza quanto a violência. Na terceira parte, ele revela que tem dois olhos cor de tempestade e um cansaço ancestral nos ossos do não dito, o que sugere uma emoção intensa e reprimida, que carrega consigo há muito tempo e que não consegue expressar.

O poema, portanto, é uma manifestação de um sentimento de desesperança e de incomunicabilidade, que revela a fragilidade e a complexidade do eu lírico.

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[RESENHA. #961] O sorriso do erro, de Eduardo rosal

Em um mundo tomado pela disputa entre aprovação e reprovação, Eduardo Rosal defende o erro pelo erro. Não como um passo a caminho para o sucesso, mas uma escolha de maneira consciente: a fuga de qualquer rota totalitarista que desconsidere nossas singularidades e diferenças.

“Ser escritor”, diz o poeta, “é um esforço destinado ao erro; é trabalhar com as ruínas do fracasso”. No entanto, é preciso continuar escrevendo, buscando, ou melhor, criando um sentido para nossas vidas. “Assim como é preciso ver Sísifo contente, precisamos ver o sorriso no erro”, sentencia.

O Sorriso do Erro apresenta 42 poemas divididos em seis seções – Os muros do nome, Dentro e fora, Os gestos no escuro, Croque de concretude, Lições de fragilidade e Errâncias. Embora cada uma tenha seu próprio mote, elas dialogam entre si, fomentando uma conversa que culmina em um questionamento para o leitor: afinal, o que é o erro?

RESENHA

O Sorriso do Erro é um livro de poesia de Eduardo Rosal, publicado pela Editora Aboio em 2023. O autor defende o erro como uma forma de resistência e criação, contrapondo-se à lógica da aprovação e da reprovação que domina o mundo contemporâneo. Rosal propõe uma poesia que celebra as singularidades, as diferenças e as dúvidas, em oposição ao totalitarismo, ao fascismo e à uniformidade.

O livro é dividido em seis seções (os muros do nome; dentro e fora; os gestos no escuro; croqui de concretude; loções de fragilidade e errância), cada uma com um tema específico, mas que se relacionam entre si. Os poemas exploram questões como a identidade, a linguagem, a violência, a fragilidade, a memória e a esperança. Rosal utiliza uma linguagem simples, mas não simplista, que busca provocar o leitor a questionar o que é o erro e qual o seu papel na construção de um sentido para a vida.

O Sorriso do Erro é um livro que convida à reflexão, à crítica e à ação, através de uma poesia que não se conforma com o status quo, mas que busca transformá-lo. É um livro que sorri para o erro, não como um fracasso, mas como uma possibilidade de renovação e de liberdade.

O primeiro poema da primeira seção, os muros do nome, é completamente forte e poético:

Desde que não sei quem sou
começo a me entender
entre a sede
           e o são
    um nome
que não sei dizer
e se refaz 
vão de voo
terreno entre
um natimorto acerto
e os erros de quem
não se rende aos modelos

O poema começa com uma afirmação paradoxal: “desde que não sei quem sou, começo a me entender”. O sujeito poético revela que a sua ignorância sobre si mesmo é o ponto de partida para o seu autoconhecimento. Ele se coloca entre a “sede” e o “são”, ou seja, entre o desejo e a razão, entre a falta e a plenitude, entre o incompleto e o completo. Ele não se define por nenhum desses extremos, mas pela tensão entre eles.

O segundo verso mostra que o sujeito poético está em constante transformação: “um nome que não sei dizer e se refaz”. Ele não tem uma identidade fixa e estável, mas uma que se renova e se reinventa. Ele não sabe dizer o seu nome, pois ele não é um rótulo ou uma etiqueta, mas uma experiência e uma vivência.

O terceiro verso repete a expressão “vão de voo”, que pode ter dois sentidos: um de movimento, de ir e vir, de deslocamento; e outro de vazio, de ausência, de lacuna. O sujeito poético se situa nesse vão, nesse espaço entre, nesse intervalo que não é nem um nem outro, mas que possibilita a criação e a resistência.

O quarto verso reforça essa ideia de estar no “terreno entre”, no limiar, na fronteira, na margem. O sujeito poético não se conforma com o “natimorto acerto”, ou seja, com o que é dado como certo, mas que já nasce morto, sem vida, sem sentido, sem potência. Ele se identifica com os “erros de quem não se rende aos modelos”, ou seja, com as falhas, as diferenças, as singularidades, as subversões, as transgressões, as invenções.

O poema, pode ser considerado uma afirmação da identidade como um processo, uma construção, uma experimentação, uma errância, uma poesia. É um poema que sorri para o erro, como uma forma de liberdade e de expressão.

outro poema bastante interessante do autor está presente na quarta seção, croqui de concretude, loucura:

Locura de astrônomo,
de biólogo:
de binóculo na veia, ver
no mínimo o macro.
Microscopicamente, ver
no macro o micro

Loucura de arqueólogo, 
de catalogador, de colecionador:
movidos mais
pela próxima busca,
apaixonados pelo jogo com a perda,
com fome de fragilidades.

Loucura de escritor que manuseia
um grão de areia e um astro,
com a mesma intimidade
com que entrevista a morte,
uma planta dormideira
e um gato.

Sou louco pelo gelo derretendo,
pelos capachos de bem-vindo
(com ou sem hífen),
pela água ventando na poça.

Louco pelas montanhas com vacas.
Louco por outras pegadas.

Nesse poema, o autor explora as diferentes formas de loucura que se manifestam na curiosidade, na criatividade e na sensibilidade dos seres humanos. Ele usa como exemplos as profissões de astrônomo, biólogo, arqueólogo, catalogador, colecionador e escritor, que representam a busca pelo conhecimento, pela arte e pela memória. Ele também se inclui nessa lista, revelando suas próprias loucuras, que são detalhes simples e cotidianos que o encantam.

O poema é construído com versos livres, sem rima ou métrica fixa, mas com uma certa musicalidade e ritmo. Ele usa repetições, anáforas, aliterações e assonâncias para criar efeitos sonoros e enfatizar as ideias. Por exemplo, ele repete a palavra “loucura” no início de cada estrofe, criando uma espécie de refrão. Ele também usa anáforas como “de” e “pela” para introduzir os objetos de loucura de cada profissão ou pessoa. Ele usa aliterações como “binóculo na veia”, “movidos mais pela próxima busca” e “com fome de fragilidades” para criar sons consonantais que reforçam o sentido dos versos. Ele usa assonâncias como “astrônomo, de biólogo”, “arqueólogo, de catalogador, de colecionador” e “grão de areia e um astro” para criar sons vocálicos que harmonizam os versos.

O poema também usa imagens e metáforas para expressar as loucuras dos sujeitos. Por exemplo, ele usa a imagem do “binóculo na veia” para sugerir a intensidade e a paixão dos astrônomos e biólogos pelo que observam. Ele usa a metáfora do “jogo com a perda” para indicar o desafio e o risco dos arqueólogos, catalogadores e colecionadores que lidam com objetos frágeis e efêmeros. Ele usa a imagem do “grão de areia e um astro” para mostrar a amplitude e a diversidade dos temas que o escritor pode abordar. Ele usa a metáfora da “entrevista” para revelar a proximidade e a curiosidade do escritor com relação aos seus objetos de escrita, que podem ser desde a morte até um gato.

O poema, portanto, celebra a loucura como uma forma de resistir à normalização e à padronização que o autor critica em seu livro. Ele defende a loucura como uma forma de liberdade, de expressão e de criação, que valoriza as singularidades e diferenças humanas. Ele convida o leitor a se identificar com as loucuras apresentadas no poema e a reconhecer as suas próprias loucuras.

O sorriso do erro é um livro que nos convida a refletir sobre o papel do erro na vida humana, na arte e na sociedade. Eduardo Rosal, com sua poesia sensível, criativa e engajada, nos mostra que o erro não é apenas um desvio, um fracasso ou uma falha, mas também uma forma de resistir, de expressar e de criar. Ele nos propõe uma ética do erro, que valoriza as singularidades, as diferenças e as possibilidades de cada ser humano.

O livro é composto por 42 poemas, divididos em seis seções, que abordam temas como o nome, o corpo, o amor, a linguagem, a fragilidade e a errância. Cada seção tem um título que remete ao erro, como Os muros do nome, Dentro e fora, Os gestos no escuro, Croque de concretude, Lições de fragilidade e Errâncias. Os poemas são escritos em versos livres, sem rima ou métrica fixa, mas com uma musicalidade e um ritmo próprios. O autor usa recursos estilísticos como repetições, anáforas, aliterações, assonâncias, imagens e metáforas para criar efeitos sonoros e visuais, e para enfatizar as suas ideias.

O livro é uma obra original, inovadora e provocativa, que nos faz pensar sobre o nosso próprio conceito de erro, e sobre como lidamos com os nossos erros e os dos outros. É um livro que nos desafia a questionar os padrões, as normas e as verdades impostas pela sociedade, e a buscar a nossa própria voz, o nosso próprio caminho, o nosso próprio sorriso. É um livro que nos ensina a errar com coragem e consciência.

Lançamentos Grupo Editorial Record [Maio]

O Grupo Editorial Record é uma das maiores e mais prestigiadas editoras do Brasil, com um catálogo diversificado e de qualidade, que atende a todos os gostos e interesses dos leitores. Em maio de 2023, o grupo lançou vários títulos imperdíveis, que vão desde clássicos da literatura mundial até obras de autores nacionais e estrangeiros contemporâneos. Confira alguns dos destaques:













Lançamentos Grupo Editorial Record [Junho]

                       

          O Grupo Editorial Record é uma das maiores e mais prestigiadas editoras do Brasil, com um catálogo diversificado e de qualidade, que atende a todos os gostos e interesses dos leitores. Em Junho de 2023, o grupo lançou vários títulos imperdíveis, que vão desde clássicos da literatura mundial até obras de autores nacionais e estrangeiros contemporâneos. Confira alguns dos destaques:









Lançamentos Grupo Editorial Record [Julho]

          O Grupo Editorial Record é uma das maiores e mais prestigiadas editoras do Brasil, com um catálogo diversificado e de qualidade, que atende a todos os gostos e interesses dos leitores. Em Julho de 2023, o grupo lançou vários títulos imperdíveis, que vão desde clássicos da literatura mundial até obras de autores nacionais e estrangeiros contemporâneos. Confira alguns dos destaques:












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