[RESENHA #603] O dia em que te conheci, de Vitor Zindacta

Foto: Colagem digital // Acervo Pessoal / divulgação

APRESENTAÇÃO

Nenhum amor que vale a pena está exime de encontrar pedras pelo caminho

Noah e Chace são o ponto de partida. Um, está passando pelas dificuldades em se assumir para família enquanto encara a dor da perda do pai de forma trágica, o outro, está encarando os problemas da vida enquanto luta contra o destino e a morte do irmão.

Os dois caminhos se cruzarão e ambos precisarão testar suas paciências e resiliências para encontrar o amor em meio há tempos sombrios. Um romance dramático para transformar toda a visão que temos sobre o amor.

RESENHA

O dia em que te conheci é um romance dramático LGBTQIAPN do autor Vitor Zindacta, produzido de forma independente. A trama é um relato semificcional da vida do autor e de seu marido. Aqui, o autor retrata assuntos sensíveis como luto, perda de identidade, descobertas sexuais e a luta para sair do armário. Um livro genuinamente fora da curva para quem está acostumado com romances clichês e previsíveis.

Noah é um garoto que acabara de perder o pai, toda sua rotina transforma-se em um verdadeiro campo de batalha ao ter que lidar que suas emoções durante o processo de luto, sobretudo, enquanto tenta levar a vida após os eventos. Noah contará com o apoio e solidariedade de seus amigos e uma rede de apoio que se firma durante a escrita, a obra é um exercício poético de superação.

Chace, por outro lado, acabara de perder o pai e está enfrentando dilemas internos acerca de si e da sua sexualidade recém descoberta. Sua principal característica é a força que Chace demonstra no dia a dia, não sendo visível seu sofrimento e história, por outro lado, ele lida com o remorso, lembranças e com a dor sofrida pela mãe, que se encontra cada vez mais distante do que costumava ser. 

A obra se inicia com a apresentação de um evento traumático:

O som do crânio dele se partindo abafou completamente seus últimos suspiros, ele sequer conseguiu dizer o que sentia naquele momento, acredito que, talvez isso seja insignificante, afinal, quem pensa em dizer alguma coisa quando se está ocupado demais tentando não morrer? (p.4 -- in. A última volta do rio)

O autor tece reflexões acerca da felicidade em meio ao luto:

Nossos sentimentos são moldados pelas experiências que vivemos ao longo da vida. Cada pessoa tem suas próprias vivências, e é isso que torna nossos sentimentos únicos e em constante mudança. A felicidade pode ser fugaz e efêmera, mas é importante aproveitá-la quando ela se apresenta em nossas vidas. (p.12 -- in. A última volta do rio)

A narrativa percorre os desdobramentos acerca da vida de Chace e Noah. Ambos possuem em comum a terrível perda do pai com alguns acontecimentos que distanciam uma história do outro, mas aproximam-nos em tensão e paixão. Nota-se todo percurso desenvolvido na vida dos protagonista com nuances característica de alguém repleto de resiliência.

O livro também narra a importância de se buscar ajuda e aconselhamento em momentos difíceis.

Participar deste grupo de aconselhamento psiquiátrico tem sido uma parte crucial do meu processo de cura. Aqui, encontro um espaço seguro para compartilhar minhas emoções, minhas dúvidas e minhas dores. Ouvir as histórias de outras pessoas que também enfrentaram perdas e desafios me trouxe uma sensação de pertencimento e compreensão. (p. 47 in -- segredos)

Enfim, a obra é repleta de emoções e gatilhos emocionais acerca da luto e da superação, um belíssimo livro para ler nas tardes de conflitos internos ou para leitura em qualquer momento de prazer.

“Sob a Luz Negra”: suspense psicológico de André Souto questiona a condição destrutiva do homem enquanto espécie


André Souto (@andresouto_escritor) é servidor do TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios) e conhece bem as estruturas de segXurança pública. “Sob a Luz Negra” (Editora Penalux, 220 pág.), seu romance de estreia, ambientado em Brasília, onde o escritor mineiro reside, apresenta um panorama do cárcere e violência urbana no país, provocando discussões sociais, políticas e existenciais. A obra está concorrendo ao Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional (categoria Romance - Prêmio Machado de Assis).

O assunto complexo é conduzido através da escrita descritiva de André em um livro que cerca um mundo negligenciado pela população – mas diretamente relacionado ao bem-estar comum. A leitura apresenta as ‘regras do jogo’ entre policiais e bandidos, investigando a maldade humana, sem deixar a desejar no suspense e estabelecendo uma trama envolvente. Uma adaptação para o teatro está sendo preparada pela companhia “Fábrica Grupo de Teatro”, sob produção e direção de Wellington Dias, e será anunciada em breve.

Narrado por um protagonista paranoico, o livro é, como explica o próprio autor, uma metáfora sobre verdades e evidências fora do espectro visível, onde nada é o que parece. À medida que a história avança, os medos dos personagem passam a transbordar as páginas até revelar o que uma pessoa é capaz de fazer quando vê sua sobrevivência em risco – e nas palavras de André, “quando se torna uma ameaça à própria espécie”.


Drama psicológico envolto de um relacionamento conturbado e uma realidade assombrosa


A história introduz seu personagem principal em meio a uma fuga, sem maiores detalhes, para logo depois revelar como ele e a esposa grávida vieram a ocupar uma casa abandonada no meio do nada. Oscar e Nina vivem como se cada passo pudesse os levar para um beco escuro e sem saída. Ele é agente num presídio federal de segurança máxima e lida todos os dias com líderes de facções e alguns dos bandidos mais ferozes do Brasil. Em razão de sua função, a mente perturbada de Oscar faz com que adote rígidos protocolos de sobrevivência e imponha a sua esposa seus medos, arrastando-a para o centro de suas paranoias.

O casal lida com a pressão sofrida por Oscar no trabalho e com as condições de seu relacionamento, uma vez que Nina também lida com um transtorno de saúde relacionado ao controle de seus impulsos. E chega a desenvolver certo fascínio por armas à medida que o pânico e os sentimentos pelo marido se misturam.

André abre seu romance com “O homem é o lobo do homem”, citação inserida em “O Leviatã”, obra mais famosa de Thomas Hobbes. Com a sentença, o autor reflete sobre a natureza violenta da humanidade. Hobbes acreditava que o ser humano precisa ser regido por leis para coibir essa essência de dominação e brutalidade. “O Leviatã” e o pensamento do filósofo inglês são o ponto de partida para a concepção de “Sob a Luz Negra”.

“Tracei um drama psicológico começando a pensar em um enredo o qual permeia a tensão interna e externa de um casal’’, afirma o autor, que cita também como referências diretas da obra “O estrangeiro”, de Albert Camus, “O Senhor das Moscas”, de William Golding”, “Ilha do Medo”, de Dennis Lehane e “Gog Magog”, de Patrícia Melo. Também o influenciam como escritor Machado de Assis, Augusto dos Anjos, Álvares de Azevedo, Milton Hatoum e Ana Paula Maia.

O escritor explora as tensões existentes entre poderes políticos, a força policial, a imprensa e os encarcerados. Ele conta que escolheu o tema para retratar a partir do cotidiano de pessoas comuns os medos e anseios dos indivíduos que compõem a organização do Estado e da sociedade. Não à toa, as neuroses de seu protagonista se manifestam por vozes que Oscar chama de seu “animal interior” – e enxerga a população carcerária como “lobos” prontos para devorá-lo.

“Sob a Luz Negra” tece um romance que, além das reviravoltas, surpreende e cativa os leitores pelo domínio que o autor tem de seu universo. André consegue não apenas fazer com que seja possível encarar o mundo pela perspectiva obscura e doente de Oscar, como também o torna possível assimilar os elementos presentes em sua rotina de trabalho.

Além do Direito, André diplomou-se Mestre em Engenharia Civil e em Geografia pela UFG. Fora os textos acadêmicos, escreveu e protagonizou a peça "Ventre Nosso", produzida profissionalmente para o Ministério da Saúde em 2004, com espetáculos em várias capitais. Entre os anos de 2017 e 2020 foi agenciado pela Increasy. Na bagagem do autor, também estão ‘Ossos do Clima’, novela literária publicada em 2017 e o e-Book ‘‘Anjos do Haiti’’, que concorre ao Prêmio Kindle de Literatura em 2023. Seu próximo romance está em desenvolvimento e também se passa em Brasília.

Confira um trecho de “Sob a Luz Negra”:


‘‘Somos selvagens, dotados de uma malignidade intrínseca e imutável. É a ação coercitiva do Estado que mantém a ordem entre os seres humanos, inaptos por natureza para viverem em grupos. (...) Ao conhecer as engrenagens do crime, como nascem os lobos, logo se nota que, na realidade, as forças de segurança são as somas de todos os medos, uma máquina que gira seus mecanismos para combater a violência com mais violência, quando lhe é conveniente’’. (pág. 99)


Adquira a obra direto na loja da Editora Penalux: https://www.editorapenalux.com.br/catalogo-titulo/sob-a-luz-negra

ENTREVISTA | O prazer e a dor de amadurecer: uma entrevista com a escritora potiguar Clara Bezerra sobre o livro “Roupa de Ganho”

Composto por um pouco mais de 100 poemas e aforismos, Roupa de Ganho” (Editora Paraquedas, 140 pág.), primeira obra de Clara Bezerra (@clara_bezerra), presenteia o leitor com versos que descrevem as dores, os prazeres e os desencontros do crescimento. Para revestir as emoções, a autora se vale de um vocabulário ancorado na geografia marítima. As águas, portanto, são abundantes na escrita, e povoam o livro em suas mais diferentes formas, trazendo consigo um sem número de metáforas possíveis. 


A nomenclatura dos capítulos, inclusive, fazem alusão a esse universo. São eles: Córrego, Correnteza, Travessia, Mergulho e Fôlego. Em cada um, a escritora busca agrupar poemas relacionados e que de alguma forma conversam entre si. A cadência da escrita segue a metáfora dos nomes dados a cada parte do livro com a dramaticidade dos versos dilatando à medida que as páginas são viradas, como se fosse a metamorfose da inocência para consciência. 


As águas que se derramam por toda a obra tem influência do território ocupado por Clara Bezerra da infância até os dias de hoje. A potiguar, nascida em Acari e criada em Cruzeta, municípios vizinhos e que ficam a cerca de 215 km de Natal, hoje, adulta, vive na capital do Rio Grande do Norte. Formada em Letras - Língua Portuguesa e em Comunicação Social - Publicidade, Clara tem especialização em Planejamento Estratégico em Comunicação e mestrado em Estudos da Mídia. Trabalha com Comunicação Institucional e escreve de forma paralela, além de estudar psicanálise e dançar por prazer. 


Confira a entrevista completa com a autora:


O que motivou a escrita do livro? Como foi o processo de escrita?

Este livro é a reunião de textos que escrevi desde os 20 anos, portanto, são os registros de processos de vida que se passaram em mim nos últimos 15 anos. Eles falam do meu amadurecimento, do meu caminho de me tornar adulta e mulher, das coisas que perdi, dos lugares por onde passei, dos meus medos, mas principalmente da minha coragem porque também é uma exposição muito íntima. Como poesia, não é linear, não conta uma história com início, meio e fim e o processo de decisão em fazê-lo também não foi assim. Pensei em fazê-lo inicialmente há uns cinco anos. Reuni o que tinha e desisti. Há dois anos decidi retomar o projeto. Filtrei os textos que já tinha escolhido, adicionei outros, pedi a uma amiga que me ajudasse com a ordem e a estrutura. No final de 2022 entrei em contato com algumas editoras e decidi publicá-lo pela Paraquedas.

Se você pudesse resumir os temas centrais do livro, quais seriam?

Acho que a palavra que mais tem neste livro é água. A segunda é casa. Não são os temas, mas são significantes que dão uma certa condução ao livro. Eu diria que ele fala dos caminhos que uma mulher fez para validar sua existência, com fluidez como a água, mas na busca do abrigo que encontramos em uma casa. É uma mulher nordestina que sai do seu lugar de origem e passa por muitos outros, buscando construir um lugar de morada dentro de si. O nome “Roupa de Ganho” veio de uma inspiração nas lavadeiras que conheci na minha infância. Essa expressão era usada na cidade onde cresci para designar as mulheres que lavavam roupa como trabalho. Quando postei a capa do livro uma amiga historiadora perguntou se tinha a ver com “escravos de ganho”. Fui pesquisar o que era e descobri que lavagem de roupa era um dos serviços que esses escravos prestavam a fim de receber renda, a qual era revertida em parte para os “seus donos”. A capa do livro é uma foto de 1886, de lavadeiras, e imagino que poderiam ser escravas. Alguns textos do livro trazem essa temática, especialmente o da página 57 (óvulo). Essa coincidência me lembra também o misticismo e a intuição que estão no poema “água de anil”, na página 16. Este título, inclusive, seria o nome do livro. Mudei em uma conversa com uma amiga, quando falei a expressão “Roupa de ganho” e ela perguntou do que se tratava. A partir daquele momento considerei que esse outro título dava mais concretude ao livro. Por se tratar de caminhos, busca, também o vejo como um processo de libertação. Ele está dividido em cinco partes: Córrego, que traz o início desse percurso; Correnteza, quando essas águas que vão seguir começam a ficar mais fortes, mais volumosas e mais claras do que são; Travessia, que marca os lugares atravessados; Mergulho, tocando a busca pelo amor, e Fôlego, dedicado ao trabalho com a palavra, que dá forma a isso tudo.

Por que escolher esses temas?

Eles não foram escolhidos, foram percebidos e extraídos dos textos escritos nesses últimos 15 anos. Como uma admiradora da psicanálise, é como se fossem a leitura extraída do inconsciente, que aos poucos vai construindo uma história e um conhecimento não conhecido. Eles foram sendo construídos no meu percurso de vida e de escrita.

Quais são as suas principais influências literárias? 

Cresci lendo os livros da biblioteca pública da cidade onde morava e do armário da minha mãe, que era professora de Língua Portuguesa. Meus primeiros contatos foram quase que diretamente com os clássicos da literatura brasileira e portuguesa: li uma coleção inteira de Aluísio de Azevedo com cerca de 12 anos, se não me engano, além de Machado de Assis, José de Alencar, Eça de Queiroz e por aí vai. Uma paixão dessa época é José Mauro de Vasconcelos e o Meu Pé de Laranja Lima. Minha mãe não gostava muito de poesia, lembro de apenas um livro de poemas entre os que ela guardava: Pauliceia Desvairada, de Mário de Andrade. Encontrei a poesia nos trechos que vinham nos livros didáticos da escola e em outros materiais. Desde o início me fisgaram. Eu saltava as páginas dos livros de Língua Portuguesa no início do ano para ver o que encontrava. Então, inicialmente, foram os poetas brasileiros, principalmente os do Modernismo, que costumavam estar mais presentes nesses materiais. Depois fui encontrando aos poucos, aleatoriamente, e construindo um caminho de leitura que me levou a Cecília Meireles, Hilda Hilst, Ana Cristina Cesar, Manoel de Barros, Drummond, Orides Fontela, entre outras e outros.


Que livros influenciaram diretamente “Roupa de Ganho”?


Os que li nesse percurso, mas alguns de forma mais forte. Penso que existe nele as marcas de uma melancolia que encontrei em um José Mauro de Vasconcelos e em um Manuel Bandeira, de uma certa coragem e transgressão de uma Ana Cristina Cesar, de um misticismo que vi em Hilda Hilst, de uma certa doçura que encontrei em Cecília Meireles, de uma força transformadora que vejo em Drummond e de uma simplicidade que aprendi com Manoel de Barros.


Tenho um texto que gosto muito sobre essa minha relação com os livros. Vou deixar aqui o link: https://medium.com/@clarabezerra/carta-de-amor-aos-livros-c90ff769a3cb

Escreve desde quando? Como começou a escrever?

A primeira lembrança de escrita que tenho é de quando eu tinha oito anos. Estava na segunda série e a professora trouxe um poema para a gente copiar em um cartão para o Dia das Mães. De forma muito espontânea, sem nem perguntar se podia, eu não copiei o poema: fiz os meus próprios versos. Lembro até hoje: “Mamãe, mamãezinha, / Me ensina por favor / Esse mistério tão bonito / Que é o amor”. O cartão eu dei para minha mãe e ela perdeu, mas também lembra até hoje das palavras. Depois disso, a escrita sempre foi minha companheira, mas era algo muito secreto, que eu não mostrava a ninguém. Com as redes sociais, comecei a compartilhar algumas coisas, mas sempre de uma forma muito espontânea também, como legendas de fotos e reações a coisas que sentia. Lançar este livro é dar concretude à pessoa que venho me tornando, mas também de dizer para mim mesma: sim, eu escrevo.

Como você definiria seu estilo de escrita?

Difícil para mim dizer isso. Como água, acho que é fluido, mas consistente, formando imagens fortes, mas de forma cuidadosa e delicada. Ele se aprofunda nos dilemas de uma mulher, mas faz isso de uma forma simples, ao passo que leitoras e leitores de diferentes formações podem se atrair e se identificar.

Como é o seu processo de escrita?

Espontâneo, acho que essa é a melhor palavra. Quando o texto vem não espera e também não dificulta a escrita (talvez por isso também seja fluido). Posso trabalhar também de uma forma determinada e objetiva, mas a grande maioria dos textos que estão neste livro surgiram de forma espontânea, sem planejamento: como se eles simplesmente saíssem de mim, claro que com um trabalho posterior de burilamento, às vezes até reescrita.

Você tem algum ritual de preparação para a escrita? Tem alguma meta diária de escrita?

Não. Pretendo experimentar uma rotina de escrita para ver o que sai disso, mas até agora, tudo o que escrevi de forma paralela ao trabalho de comunicadora veio de forma espontânea.

Quais são os seus projetos atuais de escrita? O que vem por aí?

Neste momento, curtir o lançamento deste que é o meu primeiro livro.

ENTREVISTA | O impacto da invisibilidade social na construção de afetos: conheça a escrita densa e experimental de Alexandre Gil França

Foto: Alexandre Gil França // Divulgação

Destacando-se por sua escrita experimental e híbrida, "Terebentina" (156 pág., editora Urutau) é o novo livro de contos do escritor Alexandre Gil França (@alexandregfranca). Trazendo a ótica de personagens socialmente invisibilizados, especialmente artistas pequenos ou de pouco reconhecimento, o autor explora suas narrativas, angústias e, principalmente, seus afetos. A obra tem orelha assinada pelo prestigiado poeta, tradutor e ensaísta Guilherme Gontijo Flores, vencedor do Prêmio APCA em 2018, e está à venda no site da editora.

Os doze contos que integram a obra são protagonizados por essas subjetividades particulares, como, por exemplo, um dançarino de Tiktok, uma cantora de boteco ou um ator de comerciais. Tratando-se também de histórias que evocam pequenos e anônimos artistas, que ainda se veem distantes do mainstream, as temáticas do apagamento e da invisibilidade em "Terebentina" são atravessadas pela dicotomia do sucesso e do fracasso. Nas histórias, esses conflitos impactam e são impactados pelas relações afetivas construídas pelos personagens.

Nascido em Curitiba (PR), em 1982, Alexandre Gil França já trabalhou com música, poesia e teatro. É mestre em Artes Cênicas pela USP e doutorando em Teoria e História Literária pela Unicamp. Estreou na literatura em 2015, com o romance "Arquitetura do Mofo" (Selo Encrenca/ Arte e Letra). Atualmente, é editor da Mathilda Revista Literária, ao lado da poeta Iamni. Também trabalha em um novo livro de contos e promete uma nova peça de teatro para 2024.

Quais são as suas principais influências?

Tive contato com Ulysses, de James Joyce, há muitos anos atrás, nos meus 18 pra 19 anos. Nessa época, esse livro era um vulto difícil de atravessar. Fui ler “entendendo” somente no começo do doutorado na Unicamp, em que me debrucei pra valer sobre ele. Uma obra que parece locupletar os recursos narrativos de inventividade: mistura de campos semânticos, de estilos, épocas, a dessacralização do espaço, as coincidências ultra arquitetadas, todo o espírito de ruínas da modernidade nessa figura sem pátria ou religião que é o Bloom. Isso tudo me impregnou definitivamente, e está presente, de uma forma ou de outra em “Terebentina”.

Considero os contos de Jorge Luis Borges como pequenas catedrais de sabedoria. Precisão na maneira de contar e no conteúdo. Seus labirintos de sentido também fizeram parte da minha formação literária, e influenciaram também os jogos de linguagens utilizados em “Terebentina”.

Já o Gilles Deleuze é sem dúvida o filósofo que mais estudei na vida. Sua ideia de diferença, de sentido, de acontecimento, fazem parte da minha rotina, da minha forma de pensar. Eu tento enxergar o mundo de uma maneira deleuziana, ou seja, para além das imagens do pensamento, do senso comum fabricado pela sociedade forjada no metal duro das identidades e das categorias: na maioria das vezes, eu fracasso. Penso que “Terebentina” é, um pouco, a dramatização desses fracassos e dos raros acertos.

Além disso, cito os cineastas Charlie Kaufman e Eduardo Coutinho. Os dois trabalham com a ideia de “pessoa comum”. Kaufman, de uma maneira, digamos, mais borgeana; Coutinho, de uma maneira documentarista, tentando pegar a verdade do depoimento. A ideia de “comum” tanto de um, quanto do outro, está bem presente no meu livro.
Capa da obra Terebentina


O que motivou a escrita do livro? Como foi o processo de escrita?

O livro foi motivado pelo enclausuramento da pandemia. Como minhas atividades artísticas estavam suspensas (a música e o teatro), a escrita foi um refúgio e ao mesmo tempo um momento de imersão em mim mesmo. Acho que, de certa forma, todos nós “fracassamos” com essa pandemia, seja perdendo pessoas próximas, seja suspendendo nossas atividades. Terebentina reflete, em parte, esse espírito da época.

Escreve desde quando? Como começou a escrever?

Escrevo desde a adolescência. Acho que comecei com uns 15 anos de idade. Se bem que desde pequeno me fascinei pela ideia de livro — sempre quis fazer um livro; esse tipo de porta-histórias, porta-vidas. Um episódio marcante da minha adolescência foi uma tentativa de livro que mostrei, um dia, na praia, para a filha de um amigo dos meus pais. Ela criticou duramente o que eu havia feito (disse que faltava enredo, personagens consistentes etc.). Olha, eu devia ter uns 12 pra 13 anos: não sabia de nada! Aquilo me marcou bastante — como se, de certa maneira, a cada novo conto, eu precisasse completar aquele primeiro livro que não havia dado certo. Mais pra frente, um professor da graduação em comunicação, o Caibar, foi fundamental para que eu não parasse de escrever. Eu mostrava os contos pra ele, e ele me devolvia com comentários precisos sobre o que eu estava fazendo, e o que eu poderia melhorar.

Se você pudesse resumir os temas centrais do livro, quais seriam? Por que escolher esses temas?

Como vivem esses artistas invisíveis que estão por aí, incrustados no ao redor que esquecemos às vezes de observar? Penso que a descoberta do amor por essas pessoas invisíveis se configura como um território profundo de descobertas humanas. Minha intenção com o livro foi investigar justamente como o afeto pode circular por esses meios (como o set de filmagem de um comercial, o ensaio de uma coreografia viralizada no tiktok ou a apresentação de uma cantora de meia-idade em um botequim). É sobre isso, também, o título do livro – “Terebentina”: palavra usada para designar o solvente para pincéis, mas também um apelido popular para cachaça. Ou seja, apagamento e embriaguez andam juntas nessas histórias.

“Terebentina” é estruturado como se fosse uma exposição artística. Poderia comentar um pouco sobre essa escolha e estilo de escrita?

Acho que é um estilo múltiplo, que se utiliza de recursos diversos na construção de um cenário singular de leitura. A ideia é sempre dar a melhor possibilidade de imaginação e participação para o leitor. Vou utilizando recursos formais diferenciados, e, até mesmo, delirantes em alguns momentos. A linguagem dramatúrgica é misturada à poesia, à prosa e a um roteiro de cinema escrito por uma das personagens.

Sobre a estrutura, remete à questão do artista e de sua exposição. Tem a abertura, o hall de entrada, o primeiro andar, onde são distribuídos alguns personagens, que seriam as “obras”. E esses personagens são indivíduos comuns e invisíveis que transitam, na minha opinião, em certos ambientes singulares onde podemos encontrar a maior concentração de humanidade possível. Acho que o livro vasculha justamente esses espaços e tenta dar carne e nervos para essas pessoas comuns.

Foto: O autor Alexandre Gil França // Divulgação

Como é o seu processo de escrita?

Geralmente, sento e escrevo até onde o fôlego aguentar. Não tenho uma preparação para a escrita. Mas, é um ato de recolhimento. Preciso estar sozinho para a coisa fluir bem. Para contos, a meta é sempre ir até a página dez, mais ou menos. Depois, vou cortando o que considero gordura.
Você tem algum ritual de preparação para a escrita? Tem alguma meta diária de escrita?

Não. Escrevo quando dá na telha. Geralmente, nos períodos sem muitas obrigações profissionais.
Quais são os seus projetos atuais de escrita? O que vem por aí?

Já estou escrevendo um novo, de contos. E, penso que para 2024, devo ter uma nova peça de teatro também escrita. São obras que estão ainda na primeira gestação: acho difícil detalhar sobre o que se trata, mas posso dizer que a temática do homem comum deverá estar presente nas duas.

[RESENHA #601] Friday Black, de Nana Kwame Adjei-Brenyah


SOBRE O LIVRO

Seria possível encontrar, no futuro próximo, um mundo mais justo e menos selvagem? Reescrever a história, repensar a humanidade sem vícios mortais como o racismo, o consumismo exacerbado, as armas e a crueldade latente? Friday Black, livro de estreia de Nana Kwame Adjei-Brenyah, nos mostra que não.

Nesta elogiada coletânea de doze contos definida pelo The Wall Street Journal como "impressionante", tudo parece absurdo à primeira vista. Mas, em seguida, o enredo assume paralelos com a realidade e transporta os leitores de volta a acontecimentos recentes veiculados à exaustão nos noticiários. No conto "Os cinco de Finkelstein", o assassinato de cinco crianças negras na porta de uma biblioteca, seguido do julgamento do perpetrador racista, relembra a história de Trayvon Martin e de outros tantos jovens negros; o atentado em uma escola que coloca dois adolescentes — vítima e algoz — numa discussão post mortem no purgatório é o mote de "Cuspindo luz"; a corrida mortífera de humanos-zumbis pelo consumo na Black Friday, numa elegia ao capitalismo sanguinário e às suas injustas relações de trabalho, se repete nos aterrorizantes "Friday Black", "Como vender uma jaqueta, segundo o Rei do Gelo" e "No varejo".

Neste livro, a violência e o grotesco atingem seu nível máximo, sem cortes, como numa caricatura da sociedade moderna. O futuro — uma alegoria do tempo presente — é apresentado em visão panóptica, pela qual quem lê se reconhece como voyeur de algo que gostaria de participar. Em Friday Black, é por meio da barbárie que o ser humano sacia os seus desejos mais irascíveis.

Adjei-Brenyah, grande promessa da literatura norte-americana contemporânea, é um radical do absurdo. Com humor mordaz, coloca os leitores em uma situação constrangedora, numa mixórdia de sentimentos que só os grandes escritores conseguem produzir. Não existe alívio. Segundo o próprio autor, "nada é mais chato do que um final feliz", frase que talvez resuma esta obra, reflexo do século 21.

RESENHA


No livro "Friday Black", o autor nos presenteia com histórias que exploram questões urgentes de racismo e agitação cultural, revelando as formas pelas quais lutamos pela nossa humanidade em um mundo implacável. Em "Os cinco de Finkelstein", Adjei-Brenyah expõe o preconceito brutal presente em nosso sistema de justiça. Já em "Zimmerlândia", somos confrontados com uma imaginação perturbadoramente realista do racismo como um esporte. Além disso, "Friday Black" e "Como vender uma jaqueta, segundo o Rei do gelo" mostram os horrores do consumismo e o preço que todos nós pagamos por ele. Essas histórias nos levam a refletir sobre as questões mais profundas da sociedade contemporânea e nos desafiam a questionar nossas próprias ações e crenças.

Em "A Era", somos transportados para uma sociedade distópica e pós-apocalíptica, onde o impacto da modificação genética humana é explorado. Nesse cenário, o conhecimento e a inteligência precisam ser reaprendidos, desafiando os personagens a se adaptarem a um novo mundo. Por outro lado, em "Cuspindo luz", somos apresentados a um atirador solitário do ensino médio, conhecido como Fuckton por seus colegas de classe. Ele é confrontado pelo fantasma do jovem que acabou de assassinar e, juntos, eles embarcam em uma jornada para salvar outra criança intimidada de uma tragédia iminente. Essas histórias nos levam a refletir sobre os limites do poder humano, a importância da empatia e o papel da coragem diante das adversidades.

Esta coleção de histórias distópicas é uma mistura intensa de violência e emoção. Conseguir equilibrar sangue coagulado com ternura é uma conquista notável. As duas histórias que encerram a coleção são as mais perturbadoras e, talvez, as minhas favoritas. Embora possam parecer gratuitas para alguns leitores que não estão prestando muita atenção às notícias ou que deliberadamente desviam o olhar, acredito que são narrativas perfeitamente estruturadas, repletas de diálogos impactantes e um equilíbrio gratificante entre tensão e alívio. A violência só é gratuita quando não serve a nenhum propósito, e ao longo de "Friday Black", somos constantemente lembrados de que a violência está intrinsecamente ligada ao que está acontecendo na América atualmente e ao legado sangrento e brutal de sua história. Adjei-Brenyah exagera apenas um pouco, ou usa uma premissa futurística hipotética para revelar algo verdadeiro sobre as profundezas desconhecidas deste país, onde insultos, impulsos e injúrias básicas são infligidos às comunidades negras.

Nessas histórias, muitos dos protagonistas são homens estranhos, frequentemente imersos em um profundo estado de sofrimento e desespero. Eles anseiam por aprovação social, seja de si mesmos ou de seus pares, enquanto enfrentam dificuldades financeiras recorrentes. Algumas dessas narrativas exploram esses temas por meio de hipérboles extremas, enquanto outras revelam o horror entorpecente do cotidiano. Adjei-Brenyah é um escritor versátil, capaz de criar um microcosmo único em cada história, que desafia nossas expectativas e nos transporta para vidas repletas de frustrações.

Uma obra prolífica repleta de uma narrativa arrebatadora que precisa urgentemente e necessariamente serem lidas por todos, todos universalmente sem contestação ou exeção.

O AUTOR

NANA KWAME ADJEI-BRENYAH nasceu em Spring Valley, Nova York, EUA. Formado na Universidade de Nova York, faz mestrado na Universidade de Syracuse. Já publicou em diversos veículos como New York Times Book Review, Esquire, Paris Review, entre outros

Os 10 maiores filmes de comédia já produzidos

Se você é amante de boas risadas e está em busca de filmes que vão te fazer gargalhar do início ao fim, essa publicação é feita especialmente para você! Em "As 10 Maiores Filmes de Comédia de Todos os Tempos", mergulhe em uma seleção imperdível dos filmes mais engraçados já produzidos.

Neste artigo, apresentamos uma lista cuidadosamente curada dos maiores filmes de comédia que conquistaram o público e se tornaram verdadeiros clássicos. Prepare-se para se divertir com enredos hilariantes, personagens icônicos e diálogos memoráveis.

Descubra desde os clássicos que fizeram história até as comédias mais recentes que arrancam gargalhadas até dos mais exigentes. Cada filme é acompanhado de uma sinopse detalhada, destacando os momentos mais engraçados, as performances brilhantes dos atores e o talento dos diretores em criar situações absurdas e divertidas.

Além de proporcionar boas risadas, essa publicação também oferece uma análise do impacto cultural desses filmes, como influenciaram o gênero da comédia e como ainda são relevantes nos dias de hoje. Descubra também curiosidades dos bastidores e fatos interessantes sobre a produção dessas obras cômicas.

Esteja preparado para se divertir e deixar o estresse do dia a dia de lado enquanto se aventura por essa seleção dos 10 maiores filmes de comédia de todos os tempos. Essas produções são garantia de risadas, momentos de descontração e uma experiência única de entretenimento.

Então, reúna os amigos, prepare a pipoca e embarque nessa jornada hilariante pelos filmes que conquistaram o mundo com seu humor inesquecível. Seja você fã de comédia clássica ou de humor mais moderno, essa publicação é um convite para se divertir e apreciar o poder de fazer rir.

1. "Os caça fantasmas" (1984)

- Dirigido por Ivan Reitman, este clássico da comédia conta a história de um grupo de cientistas que se tornam caçadores de fantasmas. Com um elenco estelar, incluindo Bill Murray, Dan Aykroyd e Harold Ramis, o filme recebeu elogios da crítica e arrecadou mais de US$ 295 milhões em bilheteria mundial.

2. "Missão madrinha de casamento" (2011)

- Dirigido por Paul Feig, este filme é uma comédia sobre uma dama de honra desajeitada que tenta ajudar sua melhor amiga a planejar seu casamento. Estrelado por Kristen Wiig, Melissa McCarthy e Maya Rudolph, o filme foi aclamado pela crítica, arrecadando mais de US$ 288 milhões em bilheteria mundial.

3. "Superbad - É hoje" (2007)

- Dirigido por Greg Mottola, este filme acompanha as desventuras de dois amigos do ensino médio que estão prestes a se formar e tentam perder a virgindade antes disso. Estrelado por Jonah Hill, Michael Cera e Christopher Mintz-Plasse, o filme foi um sucesso de bilheteria, arrecadando mais de US$ 169 milhões em todo o mundo.

4. "Apertem os cintos!" (1980)

- Dirigido por Jim Abrahams e irmãos Zucker, este filme é uma paródia de filmes de desastre e conta a história de um avião em apuros. Com um elenco que inclui Leslie Nielsen, Robert Hays e Julie Hagerty, o filme foi um sucesso de crítica e bilheteria, arrecadando mais de US$ 83 milhões em todo o mundo.

5. "O Âncora: A Lenda de Ron Burgundy" (2004)

- Dirigido por Adam McKay, este filme é uma comédia sobre um âncora de telejornal egocêntrico dos anos 70. Estrelado por Will Ferrell, Christina Applegate e Steve Carell, o filme foi elogiado por sua comédia absurda e arrecadou mais de US$ 90 milhões em bilheteria mundial.

6. "Se beber, não case" (2009)

- Dirigido por Todd Phillips, este filme segue um grupo de amigos que acordam em Las Vegas sem lembrar dos eventos da noite anterior. Estrelado por Bradley Cooper, Ed Helms e Zach Galifianakis, o filme foi um sucesso surpresa, arrecadando mais de US$ 467 milhões em todo o mundo.

7. "Monty em busca do cálice sagrado" (1975)

- Dirigido por Terry Gilliam e Terry Jones, este filme é uma comédia britânica que parodia a lenda do Rei Arthur. Estrelado pelos membros do grupo de comédia Monty Python, o filme se tornou um clássico cult e é elogiado por seu humor inteligente e absurdo.

8. "Feitiço do tempo" (1993)

- Dirigido por Harold Ramis, este filme segue um homem preso em um loop temporal, revivendo o mesmo dia repetidamente. Estrelado por Bill Murray e Andie MacDowell, o filme foi aclamado pela crítica e arrecadou mais de US$ 70 milhões em bilheteria mundial.

9. "Debi e lóide" (1994)

- Dirigido por Peter Farrelly, este filme acompanha dois amigos desajeitados em uma viagem para devolver uma mala cheia de dinheiro. Estrelado por Jim Carrey e Jeff Daniels, o filme foi um sucesso de bilheteria, arrecadando mais de US$ 247 milhões em todo o mundo.

10. "O grande Lebowski" (1998)

- Dirigido pelos irmãos Coen, este filme segue um desempregado chamado The Dude, que se envolve em uma série de eventos bizarros. Estrelado por Jeff Bridges, John Goodman e Julianne Moore, o filme inicialmente recebeu críticas mistas, mas se tornou um cult favorito ao longo dos anos.


Esses filmes de comédia são alguns dos maiores sucessos do gênero, com elencos talentosos, humor único e histórias memoráveis. Cada um deles deixou sua marca na indústria cinematográfica e continua a ser apreciado por fãs em todo o mundo.

Os 10 maiores filmes de romance já produzidos

Se você é um eterno romântico em busca de histórias de amor que transcenderam a tela do cinema, essa publicação é feita especialmente para você! Em "As 10 Maiores Filmes de Romance de Todos os Tempos", embarque em uma jornada emocionante pelos filmes que conquistaram corações ao redor do mundo.

Neste artigo, apresentamos uma lista cuidadosamente selecionada dos maiores filmes de romance já produzidos. Cada filme é uma obra-prima que captura a essência do amor, trazendo personagens inesquecíveis, tramas envolventes e momentos que nos fazem suspirar.

Descubra clássicos atemporais e filmes mais recentes que retratam diferentes formas de amor, desde romances proibidos até histórias de encontros inesperados. Cada sinopse detalhada revela os elementos que tornaram esses filmes tão especiais, como a química entre os protagonistas, a trilha sonora marcante e os diálogos que ficaram gravados em nossa memória.

Além de reviver as emoções dos filmes, você também encontrará análises e críticas que destacam o impacto cultural dessas produções, bem como curiosidades dos bastidores e fatos interessantes sobre a criação dessas histórias de amor.

Prepare-se para se encantar com romances arrebatadores, risos e lágrimas, e momentos que nos fazem acreditar no poder do amor verdadeiro. Esses filmes são uma verdadeira celebração do sentimento mais poderoso que existe.

Então, apaixone-se mais uma vez e embarque nessa jornada romântica pelos 10 maiores filmes de romance de todos os tempos. Permita-se ser levado pelas emoções, pelos suspiros e pela magia que apenas o amor pode proporcionar.

1. "Titanic" (1997)

   - Diretor: James Cameron

   - Estrelado por: Leonardo DiCaprio e Kate Winslet

   - Sinopse: O filme conta a história de amor entre Jack e Rose, que se conhecem a bordo do Titanic, um navio de luxo que acaba colidindo com um iceberg e afundando.

   - Recepção da crítica: O filme recebeu críticas extremamente positivas, especialmente elogiando a atuação dos protagonistas e a direção de Cameron.

   - Bilheteria: Foi um sucesso de bilheteria, arrecadando mais de 2 bilhões de dólares em todo o mundo.

   - Orçamento: O orçamento estimado do filme foi de cerca de 200 milhões de dólares.

   - Curiosidades: "Titanic" ganhou 11 Oscars, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Atriz.

2. "Casablanca" (1942)

   - Diretor: Michael Curtiz

   - Estrelado por: Humphrey Bogart e Ingrid Bergman

   - Sinopse: O filme se passa durante a Segunda Guerra Mundial e conta a história de amor entre Rick, um dono de um café em Casablanca, e Ilsa, uma mulher misteriosa.

   - Recepção da crítica: "Casablanca" é considerado um clássico do cinema e recebeu críticas muito positivas, elogiando o roteiro, atuações e direção.

   - Bilheteria: O filme foi um sucesso de bilheteria na época, mas os números exatos não são conhecidos.

   - Orçamento: O orçamento estimado do filme foi de cerca de 1 milhão de dólares.

   - Curiosidades: "Casablanca" ganhou três Oscars, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor.

3. "Romeu + Julieta" (1996)

   - Diretor: Baz Luhrmann

   - Estrelado por: Leonardo DiCaprio e Claire Danes

   - Sinopse: Uma adaptação moderna da clássica história de amor de Shakespeare, onde Romeu e Julieta são jovens de famílias rivais que se apaixonam perdidamente.

   - Recepção da crítica: O filme recebeu críticas mistas, com elogios à sua estética visual e às atuações, mas algumas críticas ao roteiro.

   - Bilheteria: O filme arrecadou cerca de 147 milhões de dólares em todo o mundo.

   - Orçamento: O orçamento estimado do filme foi de cerca de 14,5 milhões de dólares.

   - Curiosidades: Baz Luhrmann optou por manter o diálogo original de Shakespeare, mas com uma ambientação moderna.

4. "Orgulho e Preconceito" (2005)

   - Diretor: Joe Wright

   - Estrelado por: Keira Knightley e Matthew Macfadyen

   - Sinopse: Baseado no romance clássico de Jane Austen, o filme retrata a história de Elizabeth Bennet e Mr. Darcy, que inicialmente se desprezam, mas acabam se apaixonando.

   - Recepção da crítica: O filme recebeu críticas muito positivas, especialmente elogiando as atuações e a fidelidade ao romance original.

   - Bilheteria: O filme arrecadou cerca de 121 milhões de dólares em todo o mundo.

   - Orçamento: O orçamento estimado do filme foi de cerca de 28 milhões de dólares.

   - Curiosidades: Keira Knightley foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz por sua atuação.

5. "A Bela e a Fera" (2017)

   - Diretor: Bill Condon

   - Estrelado por: Emma Watson e Dan Stevens

   - Sinopse: Uma adaptação do clássico conto de fadas, o filme conta a história de amor entre a Bela e um príncipe amaldiçoado que foi transformado em uma fera.

   - Recepção da crítica: O filme recebeu críticas em sua maioria positivas, elogiando as atuações e a fidelidade ao filme de animação da Disney.

   - Bilheteria: O filme arrecadou mais de 1,2 bilhão de dólares em todo o mundo.

   - Orçamento: O orçamento estimado do filme foi de cerca de 160 milhões de dólares.

   - Curiosidades: "A Bela e a Fera" se tornou o primeiro filme de romance a arrecadar mais de 1 bilhão de dólares em bilheteria.

6. "Diário de uma Paixão" (2004)

   - Diretor: Nick Cassavetes

   - Estrelado por: Ryan Gosling e Rachel McAdams

   - Sinopse: Baseado no livro de Nicholas Sparks, o filme conta a história de amor entre Noah e Allie, que se conhecem durante o verão e enfrentam diversos obstáculos para ficarem juntos.

   - Recepção da crítica: O filme recebeu críticas mistas, com elogios às atuações, mas algumas críticas ao roteiro considerado clichê.

   - Bilheteria: O filme arrecadou cerca de 115 milhões de dólares em todo o mundo.

   - Orçamento: O orçamento estimado do filme foi de cerca de 29 milhões de dólares.

   - Curiosidades: Ryan Gosling e Rachel McAdams começaram um relacionamento na vida real após as filmagens.

7. "Simplesmente Amor" (2003)

   - Diretor: Richard Curtis

   - Estrelado por: Hugh Grant, Colin Firth, Keira Knightley, entre outros

   - Sinopse: O filme apresenta várias histórias de amor interligadas que se passam durante a época do Natal em Londres.

   - Recepção da crítica: O filme recebeu críticas positivas, elogiando o elenco, roteiro e a abordagem realista dos relacionamentos.

   - Bilheteria: O filme arrecadou cerca de 247 milhões de dólares em todo o mundo.

   - Orçamento: O orçamento estimado do filme foi de cerca de 40 milhões de dólares.

   - Curiosidades: "Simplesmente Amor" foi indicado ao Oscar de Melhor Filme.


8. "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" (2001)

   - Diretor: Jean-Pierre Jeunet

   - Estrelado por: Audrey Tautou e Mathieu Kassovitz

   - Sinopse: O filme conta a história de Amélie, uma jovem tímida que decide ajudar as pessoas ao seu redor e acaba encontrando o amor no processo.

   - Recepção da crítica: O filme recebeu críticas muito positivas, elogiando a direção, roteiro e a atuação de Audrey Tautou.

   - Bilheteria: O filme arrecadou cerca de 173 milhões de dólares em todo o mundo.

   - Orçamento: O orçamento estimado do filme foi de cerca de 10 milhões de dólares.

   - Curiosidades: "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain" se tornou um sucesso de público e crítica na época de seu lançamento.

9. "E o Vento Levou" (1939)

   - Diretor: Victor Fleming

   - Estrelado por: Vivien Leigh e Clark Gable

   - Sinopse: O filme é ambientado durante a Guerra Civil Americana e conta a história de amor conturbada entre Scarlett O'Hara e Rhett Butler.

   - Recepção da crítica: "E o Vento Levou" recebeu críticas muito positivas, elogiando a atuação de Vivien Leigh e a grandiosidade da produção.

   - Bilheteria: O filme arrecadou mais de 390 milhões de dólares em todo o mundo.

   - Orçamento: O orçamento estimado do filme foi de cerca de 3,9 milhões de dólares.

   - Curiosidades: "E o Vento Levou" ganhou 10 Oscars, incluindo Melhor Filme e Melhor Atriz.

10. "Sintonia de Amor" (1993)

    - Diretor: Nora Ephron

    - Estrelado por: Tom Hanks e Meg Ryan

    - Sinopse: O filme conta a história de amor entre Sam e Annie, que se conhecem através de um programa de rádio e tentam se encontrar pessoalmente.

    - Recepção da crítica: O filme recebeu críticas positivas, elogiando a química entre Tom Hanks e Meg Ryan e o roteiro romântico.

    - Bilheteria: O filme arrecadou cerca de 227 milhões de dólares em todo o mundo.

    - Orçamento: O orçamento estimado do filme foi de cerca de 21 milhões de dólares.

    - Curiosidades: "Sintonia de Amor" foi o primeiro filme em que Tom Hanks e Meg Ryan atuaram juntos, iniciando uma parceria em outros filmes de sucesso.

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