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5 biografias sobre Mona Lisa


Considerada uma das obras de arte mais icônicas da história, a Mona Lisa é um dos quadros mais famosos do mundo. Mas, além da sua beleza misteriosa e enigmática, muitos são os artistas e escritores que se dedicaram a contar a história por trás desse retrato. Nesta matéria, exploraremos cinco biografias que revelam diferentes perspectivas sobre a mulher retratada na Mona Lisa e o mistério que envolve sua identidade. Afinal, quem foi a verdadeira Mona Lisa? Vamos mergulhar nessas histórias e descobrir mais sobre essa figura enigmática e fascinante.

1. Mona Lisa: A mulher por trás do quadro


A história de vida da Mona Lisa, o rosto mais famoso do mundo das artes

Em Mona Lisa: a mulher por trás do quadro, Diane Hales mergulha na sociedade florentina dos séculos XV e XVI em busca de respostas sobre Lisa Gherardini, a mulher retratada na pintura de Leonardo da Vinci e pouco conhecida. E seria impossível contar a história de Lisa sem falar sobre as tramas políticas que moldaram a vida das italianas durante o Renascimento, as famílias proeminentes de Florença e o papel da mulher naquela época.

Diane vasculhou arquivos em estado precário, caminhou pelas ruas degradadas e conheceu a vizinhança onde Lisa nasceu, conversou com seus descendentes, e se aventurou pelos mais antigos palácios de Florença. Com a ajuda de Hales, seguimos os passos dos Gherardini até o nascimento de Lisa, seu casamento com Francesco Del Giocondo, seu encontro com Leonardo, sua vida de esposa e mãe e, por fim, sua morte.

Como resultado temos uma biografia recheada de história e memória – um tour por Florença e uma jornada de descoberta que recria o dia a dia de Lisa em uma época que se equilibra entre o medieval e o moderno. Mona Lisa: a mulher por trás do quadro faz um panorama da Florença de Leonardo e Lisa e aproxima o leitor de suas trajetórias.

2. Eu, Monalisa


Ouça minha história. Vale a pena ouvir minhas aventuras. Vivi muitas vidas e fui amada por imperadores, reis e ladrões. Sobrevivi a sequestro, agressões, revolução e duas guerras mundiais. Mas esta também é uma história de amor. E a história do que fazemos por aqueles que amamos.

No ateliê de Leonardo da Vinci, que esbanja imaginação genial, comissões imponentes e patronos intrometidos, bem como musas, amigos e rivais descontentes, está a pintura de Mona Lisa. Por quinhentos anos tumultuosos, em meio a um turbilhão de poder, dinheiro e intrigas, o quadro é visado e roubado.

Durante séculos, poucos conseguiram ouvir sua voz. Mas agora Mona Lisa está pronta para contar a própria história, em suas próprias palavras – uma história de rivalidade, assassinato e corações partidos. Oscilando entre eras, ela nos leva desde o mundo deslumbrante dos ateliês florentinos às cortes francesas em Fontainebleau e Versalhes, e até mesmo ao século XX.

Eu, Mona Lisa é uma história deliciosamente vívida, compulsiva e esclarecedora a respeito de mulheres perdidas e esquecidas através da História.


3. Vida privada de Mona Lisa

Quem foi a mulher do retrato mais famoso do mundo? Que reviravoltas do destino a uniram ao pintor? De onde vem aquele sorriso incomum e misterioso em seu rosto?

Pierre La Mure tenta responder a essas questões em seu romance. Ele habilmente tece a história de Gioconda em uma descrição épica da era colorida da Renascença italiana, dos tempos de Leonardo da Vinci e Michelangelo, Rodrigo Borgia e Lodovico Sforza, grandes artistas e déspotas esclarecidos.

Florença durante a vida da Mona Lisa é a Cidade das Flores, florescendo na era de ouro dos Medici, mas oprimida pelo fanático monge Savonarola. Aqui Mona Lisa, filha e esposa burguesa, vivencia seu primeiro amor infeliz, aqui ela vive em paz e prosperidade ao lado de seu marido mais velho que a adora. Também aqui, por acidente, ela conheceu Mestre Leonard, graças a quem ganhou a imortalidade.


4. Mona Lisa: O enigma

A Mona Lisa é a pintura mais famosa da história da arte. Está entre os mais misteriosos. Quem está por trás do famoso sorriso? Por que este véu de luto? Porquê esta paisagem atormentada? O nome dado a ele é legítimo? Numa altura em que o estado de conservação desta obra-prima suscita sérias preocupações, este estudo detalhado da Mona Lisa permite-nos compreender melhor o enigma que esta obra-prima ímpar constitui. Close-ups, radiografias, cópias e analogias participam desta investigação. - Capa dura com sobrecapa - 78 páginas.






5. Mona Lisa: Uma vida descoberta


Todo mundo conhece seu sorriso, mas ninguém conhece sua história: Conheça a mulher de carne e osso que se tornou um dos temas artísticos mais famosos de todos os tempos – Mona Lisa.

Um gênio a imortalizou. Um rei francês pagou uma fortuna por ela. Um imperador a cobiçou. Todos os anos, mais de 9 milhões de visitantes viajam para ver o seu retrato no Louvre. No entanto, embora todos reconheçam o seu sorriso, quase ninguém conhece a sua história. Mona Lisa: uma vida descoberta , uma mistura de biografia, história e memórias, é verdadeiramente um livro de descobertas — sobre o rosto mais reconhecido do mundo, o artista mais reverenciado e a pintura mais elogiada e parodiada. Quem era ela, essa mulher comum que alcançou fama tão extraordinária? Por que o pintor mais renomado de sua época a escolheu como modelo? O que aconteceu com ela? E por que o sorriso dela ainda nos encanta?

[RESENHA #573] Meu nome é Selma, de Selma Van de Perre



APRESENTAÇÃO

A autobiografia de uma judia, disfarçada de ariana que sobreviveu às atrocidades da Segunda Guerra e combateu um dos regimes mais autoritários da nossa história. Mas, não espere uma biografia qualquer, a autora Selma van de Perre revela com firmeza - e também delicadeza - como saiu viva de Ravensbruck, na Holanda. As palavras de Selma são repletas de esperança e coragem. Ela tinha 17 anos quando foi deflagrada a Segunda Guerra Mundial. Até aquele momento, ser judia na Holanda não era algo digno de nota. Já em 1941, era questão de vida ou morte. Ela se juntou ao movimento de Resistência e assumiu uma identidade falsa para se passar por ariana. Usando o nome “Marga”, Selma fez “o que foi preciso” para combater o regime nazista. Mas, em 1944, sua sorte acabou, e ela foi levada como prisioneira política para o campo de concentração de Ravensbrück. Hoje, prestes a completar cem anos, ela continua sendo uma força da natureza.

RESENHA

A extraordinária biografia de uma combatente da resistência judaica holandesa e sobrevivente do campo de concentração de Revensbruck. 

Quando o exército do terceiro reich invadiu a Holanda em 1940, Selma, uma estudante de apenas dezoito anos, viu sua vida mudar da noite para o dia com a perseguição sistemática do povo judeu. Afastados e despojados de seus bens, trabalho, educação e vida cívica, o povo judeu holandês se viu perseguido pela Gestapo, pela policia colaborativa, pelos delatores e pelos milhares de aliados. Enviados para o campo de extermínio de Ravensbruck. Começava ali, um início do cenário de horror inimaginada.

Ravensbrück é uma cidade no nordeste da Alemanha, isolada, mas facilmente acessível a partir de Berlim. Os primeiros prisioneiros chegaram em 18 de maio de 1939. Havia cerca de 132.000 mulheres e crianças trancadas no campo de concentração, 92.000 das quais morreram de fome, doenças e execuções. [p.100]

Selma conseguiu fugir da perseguição por um tempo, adotando um nome diferente (Marga), agindo clandestinamente entre Holanda, Bélgica e França, falsificando documentos, abrigando centenas de judeus expatriados, até que foi presa em 1944 e enviada para o campo de extermínio Ravensbruck, ela conseguiu manter-se viva até o dia de sua libertação sob o uso de um pseudônimo, o que não ocorreu da mesma forma que seus pais e irmãos que acabaram sendo mortos no campo.

Nada em nossos rostos denuncia o que estava por vir nos próximos três anos: as mortes de meu pai, minha mãe e Clara, minha avó, tia Sara, seu marido Arie e seus dois filhos, e muitos outros membros da família, não por causas naturais ou um acidente, mas das atrocidades que se espalhavam na Europa na época da foto e logo chegariam também à Holanda. [p.11]

O livro foi escrito por Selma no auge de seus 98 anos de idade, suas descrições acerca dos ocorridos, da infância e de todo processo de expatriação são incrivelmente profundos e tocantes. Assim como toda grande catarse, a obra desenvolve primeiramente na narrativa acerca da infância e vida com a família, uma grande e amorosa família e seus desdobramentos até o dia de sua remoção social até o campo de extermínio. 

[...] . É uma imagem banal de uma família normal; estamos passando uma tarde agradável, curtindo o jardim e a companhia um do outro. Uma imagem de como deve ser o tempo gasto com os membros da família: amoroso, seguro, agradável, previsível. (grifos meus) [p.11]

Selma narra que o processo de expatriação ocorreu de forma gradativa, os oficiais retiravam aos poucos os seus poderes sociais e sua participação política, bem como limitavam seus ganhos, participação pública e empresas.

No ano seguinte, em maio de 1942, além de documentos valiosos, também tivemos que entregar todos os nossos bens, e um dos escritórios do banco tornou-se depósito de nossas mercadorias. Era preciso depositar obras de arte, joias e móveis, além de objetos mais cotidianos como louças e bicicletas: enfim, tudo que pudesse render renda aos nazistas. Nada era muito insignificante; até as colheres de chá foram confiscadas.  [p.37]

Em 1942, o governo iniciou a divisão dos povos que futuramente seriam levados aos campos de concentração, marcando-os obrigatoriamente com marcas que pudesse tornar fácil a identificação de um grupo específico, para os judeus, todos os documentos de identidade foram carimbados com um J, enquanto eram obrigados à costurar em suas vestes a estrela de Davi no alto do peito, nascia ali, o começo do fim de uma população.

Em 23 de janeiro de 1942, os judeus foram carimbados com um grande "J" em seus documentos de identidade, que serviam para distingui-los do resto da população. Em 3 de maio, todos os judeus com seis anos ou mais receberam a ordem de usar uma estrela de Davi amarela com a palavra Jood, "judeu". A estrela tinha que ser costurada em nossas roupas na altura do peito, para que fôssemos facilmente reconhecíveis. Foi um momento terrível: percebemos o quanto éramos estigmatizados. [pag.37]

A autora descreve que a situação tornou-se cada vez mais sombria. Em 1942, exatos setecentos judeus foram detidos em Amsterdã e, no dia seguinte, transportes para o campo de trânsito de Westerbork, com destino final em Auschwitz, na Polônia ocupados por alemães.

A partir deste ponto, Selma narra todo seu medo, anseio e luta durante os anos de cárcere no campo de concentração. Seus relatos são repletos de sofrimento e de uma resiliência inimaginada para alguém de 98 anos descrevendo tais acontecimentos.

A escrita de Selma é honesta e envolvente, transmitindo as emoções vividas durante esse período sombrio da história. Ela nos faz refletir sobre a importância da coragem e da solidariedade em tempos de opressão. Um livro memorável e obrigatório a todo leitor que busca uma compreensão mais assertiva dos eventos da ocupação nazista durante o terceiro reich na Holanda por meio da visão de uma resistente.

[RESENHA #509] Vale tudo - O som e a Fúria de Tim Maia, de Nelson Motta


Nelson Motta, em 2007, editou a biografia "VALE TUDO - O Som e a Fúria de Tim Maia", pela Objetiva, dirigida a todos os amantes da boa música e da história musical brasileira. Nelson Cândido Motta Filho, natural de São Paulo, nasceu em 29 de outubro de 1944. Aos seis anos de idade, mudou-se para o Rio de Janeiro. É um renomado jornalista, compositor, escritor, roteirista, produtor musical e letrista. Ele biografou Tim Maia e Glauber Rocha, além de publicar várias outras obras, como "Noites Tropicais", os romances "Ao Som do Mar e à Luz do Céu Profundo", "O Canto da Sereia" e "Bandidos e Mocinhas", o livro de histórias "Força Estranha" e "Nova York é Aqui", todos pela editora Objetiva. Motta Filho também foi autor de "Memória Musical", pela editora Sulina.


Somente alguém como Nelson Motta, amigo íntimo e que trabalhou ao lado de Tim Maia, poderia retratar na obra toda a paixão deste brasileiro, conhecido como Sebastião Maia, mas que gostava de se intitular Tim Maia. Este livro visa captar os momentos criativos e talentosos da vida de Tim Maia, mas também expõe de forma aberta e sem reservas, as altas e baixas da sua vida pessoal conturbada.

Aos 17 anos, Tim deixou a Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, para iniciar sua aventura nos Estados Unidos. Ele só tinha um endereço de um americano que havia passado pelo restaurante de seu pai e nove dólares no bolso. Após muitas incertezas, Tim encontrou a família americana que procurava e foi acolhido como filho. No entanto, um ano depois ele decidiu abraçar seu sonho de independência e deixou a segurança da casa de seus anfitriões para morar sozinho com amigos durante o frio inverno americano. Essa jornada é narrada em 29 capítulos da obra.

O músico passou algum tempo nos Estados Unidos, percorrendo o país sem destino e tendo a oportunidade de conhecer o Rock and Roll americano, rhythm and blues e soul. No entanto, foi preso e deportado, regressando ao Brasil sem um dólar. Ele então contou uma história para encobrir sua deportação, dizendo que suas malas e presentes para todos sumiram no avião. Esse conhecimento adquirido na América permitiu que ele introduzisse esses estilos musicais no Brasil alguns anos mais tarde.

Ao chegar em São Paulo, ele percebeu que os músicos que havia dispensado de seu grupo quando cantava em bares da Barra da Tijuca, como Roberto Carlos e Erasmo Carlos, estavam sendo sucesso e sacudindo o país com a Jovem Guarda na TV. Decidido a encontrar seu lugar nesta cena, ele deixou sua cidade natal, o Rio de Janeiro, e foi para São Paulo.


Nos relatos de Nelson Motta, Tim Maia era conhecido por ter fama de encrenqueiro e maconheiro, o que geralmente o prejudicava. No entanto, também tinha fama de ser alguém que não tinha medo de expressar sua opinião. Vivendo em São Paulo, procurava trazer o rhythm and blues e o soul para a cena musical brasileira, mas seu esforço era em vão pois muitos músicos não conseguiam entender o que ele queria fazer. Esta luta, para conseguir que as pessoas compreendessem a mistura destes dois gêneros musicais com a batida brasileira, tornou-se um desafio para Tim Maia.

Tim, um gordinho, pobre e desconhecido, morava de favor em São Paulo com um cantor de sucesso da época. Enquanto isso, ele via meninas entrarem e saírem dos quartos do amigo e de seu produtor, várias, diariamente. No entanto, nenhuma delas queria ficar com ele, nem por dinheiro nem por favor. A sorte só mudou quando ele gravou a música "Não vou Ficar" com Roberto Carlos e finalmente alcançou o sucesso.

Tim saiu do sofá, onde ele sofreu por muito tempo, e compartilhou um quarto com seu amigo. Lá, eles encontraram um cartaz grande que trazia uma mulher saindo do mar. Essa imagem inspirou Tim a escrever uma canção que rapidamente se tornou famosa em todo o país. A música, intitulada Azul da Cor do Mar, falava sobre a vida e como é preciso entender que enquanto alguns estão sofrendo, outros estão rindo. A parte mais divertida era que essa parte do hit de Tim se referia a ele sofrendo no sofá e seus amigos rindo nos quartos.

Depois de anos no ostracismo, Tim finalmente se tornou uma estrela. Seus álbuns eram uma mistura inteligente de músicas sofisticadas, românticas e dançantes, que conquistaram o público. Ele ganhava muito dinheiro, mas gastava tudo rapidamente.

Tim Maia fazia uma loucura atrás da outra, xingava a Globo em todas as entrevistas, mas não deixava de frequentar os programas do Chacrinha. Quando a atração passou para o Faustão, foi anunciado como convidado, porém não compareceu. Faustão disse no ar que ainda dava tempo de Tim Maia acordar. Como ele não foi, a Globo resolveu proibir que qualquer programa da emissora chamasse o cantor.



TIM MAIA, do BRASIL, era conhecido por sua fúria e talento. Ele não se envergonhava de sua dependência de maconha, uísque e cocaína. Deu entrevistas fumando maconha, e quando a revista VEJA publicou que ele fumou durante toda a entrevista, ele não hesitou em brigar com ela. Infelizmente, isso o levou a acumular processos judiciais, brigas e escândalos.

A saúde e as finanças de Tim Maia começaram a decair e, em 15 de Março de 1998, aos 56 anos, ele partiu deixando saudades. Seu amigo Jorge Bem descreveu seu lado protetor e cuidadoso cantando sobre ele na música W/Brasil, de 1991, e o considerava como um síndico. Segundo Nelson Motta, Tim Maia viveu seu personagem até o último momento, sem conseguir se separar dele.

VALE TUDO O Som e a Fúria de Tim Maia, de Nelson Motta, é uma biografia completa que descreve o processo criativo do artista e a maneira como ele trouxe o rhythm and blues e o soul americanos à música popular brasileira. Além disso, é também uma narrativa rica e engraçada sobre a vida cheia de drogas, brigas e polêmicas de Tim Maia. O livro é, portanto, indispensável para entender a música popular brasileira dos anos 80 e 90, pois é descrita com muitos detalhes, e é também muito divertido de ler. Eu adorei o livro 'Vale Tudo, o Som e a Fúria de Tim Maia'. É uma leitura fascinante que conta a história de um dos maiores artistas de todos os tempos. O livro é bem escrito e abrange todos os principais aspectos da vida e carreira de Tim Maia, desde sua infância no Rio de Janeiro, até suas incríveis conquistas na música, passando por todos os altos e baixos de sua vida tumultuada. É um livro leal, franco e emocionante que certamente agradará aos fãs do cantor. Recomendo vivamente!
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