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Resenha: O cogumelo venenoso, de Ernst Hiemer (livro antissemita, a leitura requer cuidado)

Crianças alemãs leem um livro de propaganda antissemita intitulado 'Dear Gifpilz', 'o cogumelo venenoso' / Foto: Enciclopédia do Holocausto / reprodução


Caro leitor, gostaríamos de informar que a publicação que você está prestes a ler uma análise extensa sobre o livro, 'O Cogumelo Venenoso' de Ernst Hiemer, contém conteúdo sensível e polêmico. É importante ressaltar que o não apoiamos à publicação deste livro, nem endossamos ao seu conteúdo, pensamento ou momento político retratado na obra. Nosso objetivo ao disponibilizar uma análise  profunda de seus conteúdos e promover a reflexão e o debate sobre temas controversos, respeitando a liberdade de expressão e o direito à informação. Pedimos que mantenha uma postura crítica e respeitosa ao se envolver com o conteúdo apresentado. Obrigado pela compreensão.


O cogumelo venenoso é  um livro infantil de dezessete capítulos publicado por Julius Streicher em 1938, escrito por Ernst Ludwig Hiemer e ilustrado pelo cartunista/caricaturista alemão Fips (pseudônimo de Philipp Rupprecht). Foi um dos livros de texto adotados nas escolas alemãs como propaganda antissemita que resultou no holocausto judeu.

O livro "O cogumelo venenoso" de Ernst Hiemer é uma obra controversa que causou polêmica desde o seu lançamento. Com uma abordagem impactante, a obra aborda temas delicados como o antissemitismo e a propaganda nazista. Nesta matéria, iremos explorar a história por trás do livro, suas repercussões e o debate em torno da liberdade de expressão e da disseminação de ideologias intolerantes. "O Cogumelo Venenoso" foi lançado em 1938, durante o regime nazista na Alemanha. O autor, Ernst Hiemer, era um membro proeminente do partido nazista e usou o livro como uma forma de disseminar a propaganda antissemita do regime.


Confira uma breve exposição dos conteúdos dos capítulos da obra:


O cogumelo venenoso

Uma mãe ensina o seu filho, Franz, sobre os cogumelos venenosos na floresta, comparando-os às pessoas ruins na sociedade. Ela associa os judeus a esses cogumelos venenosos, explicando que eles são perigosos e devem ser evitados. Franz acredita nisso e entende que os judeus são perigosos como os cogumelos venenosos. A mãe destaca a importância de alertar as pessoas sobre os judeus e ensinar as crianças a reconhecê-los. O autor conclui que os jovens alemães devem estar cientes da Questão Judaica e que os judeus são vistos como demônios pela sociedade.

Como reconhecer um judeu?

Na aula do Sr. Birkmann, os alunos da 7a série estão aprendendo sobre os judeus e como reconhecê-los. Eles discutem características físicas como nariz torto, lábios grossos, olhos penetrantes e orelhas grandes, além de comportamentos como movimentos instáveis ​​e voz nasal. O professor encoraja os alunos a prestarem atenção e ficarem atentos para não serem enganados pelos judeus, levando-os a recitar um verso anti-semita. A atitude do professor e dos alunos na aula é preocupante e mostra a disseminação do preconceito e anti-semitismo.

Como os judeus vieram a nós?

A estória se passa em uma pequena cidade alemã, onde dois estudantes observam e fazem comentários preconceituosos sobre três "judeus do oriente". Eles descrevem de forma pejorativa as características físicas e comportamentais dos judeus e como eles se adaptam em diferentes países para não serem reconhecidos como tal. Os estudantes enfatizam a ideia de que, apesar das mudanças de aparência e comportamento, os judeus sempre serão reconhecidos como tal. Eles encerram com um poema que reforça a ideia de que, uma vez judeu, sempre judeu.

O que é o Talmud?

O texto descreve um diálogo entre um jovem judeu, Solly, e um rabino sobre os ensinamentos do Talmud, livro sagrado dos judeus. O Talmud ensina que apenas os judeus são considerados humanos, enquanto os não-judeus são vistos como gado. Solly é instruído pelo rabino sobre como os judeus devem agir em relação aos não-judeus, incluindo a permissão de enganá-los, roubar deles e até mesmo mentir sob juramento. O rabino enfatiza a importância de seguir as leis do Talmud, que são consideradas mais importantes do que as do Antigo Testamento, e o alerta que quem as quebrar merece a morte. O texto destaca algumas passagens do Talmud que justificam a conduta dos judeus em relação aos não-judeus, enfatizando a supremacia dos judeus e a permissão para agir de forma desonesta com os não-judeus.

Por que os judeus se permitem serem batizados?

Essa história mostra um casal judeu que foi batizado, mas as meninas loiras comentam que o batismo não faz deles não-judeus. Elas citam que assim como um negro não pode se tornar alemão pelo batismo, um judeu não deixa de ser judeu. Elas criticam o clero por permitir que judeus sejam batizados, acreditando que eles querem destruir a Igreja Cristã. A história conclui com um ditado que enfatiza que um judeu sempre será judeu, mesmo que seja batizado.

Como um camponês alemão foi expulso de sua casa e fazenda

Um fazendeiro alemão perde sua casa e fazenda para um financeiro judeu, que arruinou sua vida. O filho do fazendeiro promete nunca permitir que um judeu entre em sua casa quando tiver sua própria fazenda, pois acredita que os judeus são traiçoeiros. O pai concorda, acreditando que os judeus sempre irão nos trapacear e nos tomar nossas posses. O filho lembra do que aprendeu na escola sobre os judeus serem uma praga e sedentos por sangue, e promete expulsá-los se aparecerem em sua propriedade.

Como os negociantes judeus enganam

O texto narra a história de um vendedor ambulante judeu que tenta vender roupas ruins para uma jovem camponesa alemã durante uma noite festiva no vilarejo. O vendedor elogia a camponesa e tenta convencê-la a comprar seus produtos, mas ela não se deixa enganar, conhecendo a reputação dos judeus. O vendedor sai xingando, mas consola-se ao saber que pode enganar facilmente outros camponeses. No final, a história alerta sobre a desonestidade dos vendedores ambulantes judeus e a importância de comprar apenas de alemães.

A experiência de Hans e eles com um homem estranho

Um judeu tenta atrair as crianças com doces para sua casa, mas o menino Hans desconfia e acaba salvando sua irmã ao chamar a polícia. Sua coragem é elogiada e ele é recompensado com um pedaço de bolo de chocolate. A mãe ensina um ditado sobre o perigo dos estranhos e a importância de se manter seguro.

A visita de Inge a um médico judeu

Inge está doente e reluta em ir ao médico, pois sua líder da DBM afirma que médicos judeus são ruins e querem destruir o povo alemão. Sua mãe a obriga a ir ao médico judeu, Dr. Bernstein, e Inge tem uma experiência assustadora, onde se sente ameaçada pelo médico. Ela consegue escapar e ao contar sua experiência para a mãe, esta se arrepende de tê-la mandado ao médico judeu. Inge e sua mãe refletem sobre a situação e Inge mostra que é importante questionar e pensar por si mesma, mesmo que vá contra as crenças propagadas pela DBM. A história mostra a importância de não acreditar em estereótipos e preconceitos, e de pensar criticamente sobre as informações que recebemos.

Como o judeu trata os seus empregados

Rosa, uma jovem de 23 anos, arrumou um emprego em uma agência de empregos judaica em Viena e foi enviada para trabalhar em uma casa de judeus na Inglaterra. Ela relata em uma carta a seus pais sobre as condições desumanas em que foi tratada, sendo resgatada por uma mulher alemã e retornando para casa. No final da carta, Rosa expressa seu ódio aos judeus, baseado no preconceito e nos maus tratos que sofreu durante sua experiência.

Como 2 mulheres foram enganadas por advogados judeus

Duas mulheres alemãs são enganadas por advogados judeus que cobram taxas de ambas, mesmo representando acusadora e ré em um caso. Após serem condenadas juntas, as mulheres percebem que foram enganadas e decidem fazer as pazes, concordando em nunca mais recorrer a advogados judeus. A história destaca a falta de justiça e empatia dos advogados judeus, que visam apenas o lucro.

Como os judeus torturam os animais

Neste texto, é mostrada uma cena em que dois garotos assistem judeus abatendo um boi em um matadouro judaico. Os meninos presenciam a brutalidade e a alegria dos judeus durante o processo, o que os leva a concluírem que os judeus são as piores pessoas do mundo. Eles discutem sobre as acusações de assassinatos rituais cometidos pelos judeus e afirmam que eles são cruéis tanto com os animais quanto com os seres humanos. A narrativa reforça estereótipos antissemitas e propaga a ideia de que os judeus são malignos e precisam ser eliminados.

O que Cristo disse sobre os judeus?

A mãe camponesa ensina aos seus filhos que a cruz lembra o terrível assassinato dos judeus no Gólgota. Ela fala sobre como os judeus são descendentes do Demônio e cometem crimes, e que Jesus foi morto pelos judeus por falar a verdade sobre eles. Ela instrui as crianças a lembrarem-se disso sempre que virem uma cruz.

O dinheiro é o deus dos judeus

O texto fala sobre a visão de uma mãe para sua filha sobre a relação dos judeus com o dinheiro. A mãe explica que, para os judeus, o dinheiro é como um deus e que eles estão dispostos a cometer crimes para consegui-lo. Ela também afirma que os judeus não têm piedade e se dedicam exclusivamente a acumular riquezas, mesmo que isso signifique explorar e destruir outras pessoas. A mãe descreve os judeus como demônios que buscam dominar o mundo através do dinheiro. Liselotte tenta entender esses conceitos, enquanto a mãe reforça a ideia de que o dinheiro é o principal objetivo dos judeus, que farão qualquer coisa para alcançá-lo.

Como Hartmann se tornou um Nacional Socialista?

Um trabalhador alemão se junta aos Nacional-Socialistas de Hitler após se decepcionar com os líderes judeus do Partido Comunista. Ele decide se afastar dos judeus e abraçar o movimento de Hitler, alegando que os judeus são responsáveis pela ruína da Alemanha. A história destaca a importância da lealdade à pátria e a influência do discurso nacionalista e antissemita no contexto político da Alemanha pré-Segunda Guerra Mundial.

Existem judeus decentes?

O texto narra uma conversa em um restaurante entre quatro homens alemães, incluindo um judeu chamado Salomon. Salomon defende a dignidade dos judeus e se sente frustrado com os comentários negativos dos outros sobre sua religião. No final, um dos homens revela que Salomon havia mentido sobre sua participação na guerra e em outras ações nobres, o que leva Salomon a sair correndo envergonhado. A história destaca a importância de ser honesto e mostra que nem todos os judeus são honestos e dignos, assim como nem todos os não judeus são desonestos.

Sem resolver a Questão Judaica não há salvação para a humanidade...

O texto fala sobre a influência de Julius Streicher na Juventude Hitlerista, que admirava sua fala contra os judeus. Streicher era conhecido por sua retórica antissemita e era temido pelos judeus, o que o tornava popular entre seus seguidores. Ele discutiu a questão judaica em um discurso para milhares de pessoas, enfatizando a ameaça que ele acreditava representar o judaísmo. Streicher era visto como um defensor da Alemanha e era aclamado com entusiasmo por seus seguidores. Ele pregava a exclusão dos judeus e a restauração do mundo por meio da ideologia alemã.

Como o livro se de difundiu durante a segunda guerra mundial?

Em 1938, os editores do jornal nazista Der Stürmer lançaram um livro infantil intitulado Der Giftpilz, com o objetivo de ensinar às crianças que os judeus eram uma ameaça para a Alemanha. O livro comparava os judeus alemães a um cogumelo venenoso, alertando sobre os perigos de se envolver com eles. O autor e artista Phillip "Fips" Rupprecht criou uma série de contos ilustrativos, destacando estereótipos antijudaicos, como a suposta adoração por dinheiro e tentativas de sequestro de crianças alemãs por homens judeus. O Cogumelo Venenoso foi apenas um exemplo de textos infantis que promoviam o anti-semitismo durante a era nazista, alcançando sucesso e popularidade através de exposições e murais baseados no livro. Estas iniciativas contribuíram para disseminar a ideologia racial nazista entre crianças e adultos na Alemanha.

Quais livros infantis foram difundidos contra os judeus durante a segunda guerra?


O primeiro livro, intitulado "Der Giftpilz" ou "O Cogumelo venenoso" (à esquerda), foi publicado em alemão em 1938 e serviu como evidência nos Julgamentos de Nuremberg. A segunda obra, intitulada "Der Pudelmopsdackelpinscher" ou "O Mestiço", foi lançada em 1940 e defendia o assassinato de judeus. Já a terceira obra foi publicada em 1936 em Nuremberg, Alemanha, com o título em alemão "Você não pode confiar em uma raposa na charneca e em um judeu em seu juramento: um livro ilustrado para jovens e velhos". A capa apresenta uma raposa na charneca e um homem judeu prestando juramento, o livro foi escrito e ilustrado por Elvira Bauer (1915 - depois de 1943), professora de jardim de infância, estudante de arte e apoiadora nazista.

Como funcionava a propaganda nazista nas escolas?

A propaganda nazista nas escolas era uma ferramenta essencial do regime para disseminar suas ideologias e valores entre os jovens alemães. As escolas eram usadas para doutrinar as crianças com a ideologia nazista desde cedo, de forma a moldar suas crenças e visões de mundo de acordo com os princípios do regime.

Os alunos recebiam uma educação que enfatizava a superioridade da raça ariana, a necessidade de defender a pátria e o Führer (Adolf Hitler), e a importância de obedecer às autoridades e seguir as diretrizes do partido nazista. Os livros didáticos eram cuidadosamente selecionados para promover essas ideias e retratar o nazismo de forma positiva.

Além disso, os professores eram incentivados a participar de organizações nazistas e a promover a ideologia do partido em suas aulas. As crianças eram encorajadas a denunciar qualquer oposição ao regime por parte de seus colegas ou familiares, o que criava um ambiente de medo e controle nas escolas.

Em resumo, a propaganda nazista nas escolas tinha como objetivo criar uma geração de jovens fanáticos e leais ao regime, que estivessem dispostos a defender o nazismo e seus líderes a qualquer custo.

Assista ao vídeo abaixo para uma explicação do que ocorria na prática.

A história fascinante por trás da Mona Lisa


A Mona Lisa é uma das obras mais icônicas e enigmáticas da história da arte. Pintada por Leonardo da Vinci, entre 1503 e 1506, durante o Renascimento, a obra retrata uma mulher com um leve sorriso, olhando diretamente para o espectador.

A mulher retratada na pintura é Lisa Gherardini, uma jovem florentina de família nobre. Ela se casou com um rico comerciante, Francesco del Giocondo, e teve cinco filhos. A obra foi encomendada por Francesco como um retrato de sua esposa, uma prática comum entre a elite da época.

A relação entre Leonardo da Vinci e Lisa Gherardini é desconhecida, mas muitos acreditam que o pintor estabeleceu uma conexão especial com a modelo, capturando não apenas sua beleza física, mas também sua personalidade misteriosa e enigmática. O resultado foi uma das pinturas mais famosas e estudadas da história.

A Mona Lisa é considerada uma obra-prima da pintura renascentista, destacando-se pela técnica inovadora de sfumato, que cria uma transição suave entre as cores e tons, e pelo realismo impressionante da figura humana. Além disso, a expressão enigmática da mulher na obra tem sido objeto de inúmeras interpretações e teorias ao longo dos séculos.

A relevância da Mona Lisa vai além de sua beleza e mistério. A pintura é um símbolo da capacidade humana de criar obras atemporais e impactantes, capazes de transcender as barreiras do tempo e do espaço. Para muitos, a Mona Lisa é um tesouro cultural e artístico, que continua a fascinar e inspirar pessoas de todo o mundo.



Quem é a mulher na obra Mona Lisa?

O nome da mulher no quadro da Mona Lisa é Lisa Gherardini, também conhecida como Lisa del Giocondo. Ela era uma nobre italiana que viveu em Florença no século XVI e foi casada com um comerciante chamado Francesco del Giocondo. A obra foi pintada por Leonardo da Vinci entre os anos de 1503 e 1506, durante o Renascimento. A identidade da mulher no quadro foi confirmada através de pesquisas e estudos históricos. Lisa Gherardini foi imortalizada na pintura devido à sua beleza e expressão enigmática, que tem cativado espectadores ao longo dos séculos.

Quem foi Lisa Gherardini?

Lisa Gherardini era filha de Antonmaria di Noldo Gherardini e Lucrezia del Caccia terceira esposa com quem se casou em 1476. Era a mais velha de sete filhos, tinha três irmãs, uma delas chamada Ginevra, e três irmãos, Giovangualberto, Francesco e Noldo. Lisa nasceu em Florença, na Via Maggio, apesar de por muitos anos os historiadores pensarem que ela havia nascido numa das propriedades rurais da família em Villa Vignamaggio e recebeu o nome de Lisa, uma esposa de seu avô paterno.

A família viveu primeiro perto da Igreja da Santa Trindade e depois num espaço alugado perto da Basílica do Espírito Santo, mudando-se para onde hoje é conhecido como Via dei Pepi e depois para Santa Croce, um dos seis bairros centrais da cidade, onde viviam perto de Ser Piero Da Vinci, o pai de Leonardo. Eles também possuíam uma pequena casa de campo em Poggio a Caiano, cerca de 32 km ao sul da cidade. Noldo, o avô de Lisa, tinha arrendado uma pequena fazenda do hospital de Santa Maria Nuova e a família passava alguns verões lá, numa casa chamada Ca' di Pesa. Durante algum tempo Lisa Gherardini possuiu ou arrendou seis fazendas na região de Chianti, que produziam trigo, vinho e azeite de oliva, e onde criavam animais domésticos.

Em 5 de maio de 1495, Lisa casou-se com Francesco di Bartolomeo di Zanobi del Giocondo, um comerciante, tornando-se sua segunda esposa, com a idade de quinze anos. O dote dela foi de 170 florins e a pequena fazenda de San Silvestro, perto da casa de campo da família sinal de que seus familiares não eram ricos e de que o casal uniu-se por amor. A propriedade ficava entre Castellina e San Donato, em Poggio, perto de duas fazendas pertencentes a Michelangelo. O casal vivia uma vida de classe média. O casamento deu a Lisa um status social mais elevado, já que a família do marido tinha mais posses que a dela; por outro lado, imagina-se que Francesco tenha se beneficiado por Lisa ter um nome de família antigo e tradicional. Eles viveram em uma casa de cômodos compartilhados, até que Francesco, em 5 de março de 1503, conseguiu dinheiro para comprar uma casa melhor, vizinha da antiga casa de sua família na Via della Stufa. Leonardo deve tê-la pintado por esta época.



Centro de Florença: Francesco e Lisa viviam na Via della Stufa em vermelho, a cerca de 1 km do rio Arno. Os pais de Lisa moravam próximo ao rio, primeiro ao norte e depois ao sul dele em azul.

O casal teve cinco filhos: Piero, Camilla, Andrea, Giocondo e Marietta, quatro deles entre 1496 e 1507. Lisa também criou Bartolomeo, o filho da primeira mulher de seu marido, que tinha um ano quando a mãe morreu. A madrasta de Lisa, Caterina di Mariotto Rucellai e a primeira mulher de Francesco, Camilla, eram irmãs e membros da proeminente e tradicional família Rucellai.

Camila e Marietta tornaram-se freiras e Camila adotou o nome de irmã Beatrice morrendo com apenas dezoito anos e sendo enterrada na basílica de Santa Maria Novella. Lisa tinha boas relações com o Convento de Sant'Orsola, de grande reputação em Florença, onde internou Marietta em 1521. Sua filha adotou o nome de Sóror Ludovica e tornou-se um membro respeitado da instituição religiosa, assumindo com o tempo posições de responsabilidade. Francesco tornou-se uma autoridade na cidade. Foi eleito para o Dodici Buonomini em 1499 e para a Signoria em 1512, onde tornou-se um Priori em 1524. Ele deve ter tido relações comerciais ou políticas com os Médici, pois, neste mesmo ano, na época em que a cidade mais temia o retorno da família do exílio, foi preso e multado em mil florins. Em setembro, com a chegada dos Médici, foi libertado.

Em junho de 1534, Francesco fez seu testamento e nele devolvia a Lisa o seu dote de casamento, além de lhe dar roupas e joias, cuidando de seu futuro. Também a colocou como guardiã legal da filha Ludovica e, em caso de impedimento, de seu filho Bartolomeo. Nele, escreveu: "Dada a afeição e o amor do autor do testamento por Mona Lisa, sua amada esposa; em consideração pelo fato de que Lisa sempre agiu com um espírito nobre e como esposa fiel, desejando que ela possa preencher todas as suas necessidades …"

Existem duas versões de estudiosos consideradas para a morte de Francesco e Lisa. Numa delas, ele morreu vitimado pela praga de 1538. Lisa adoeceu e foi levada por sua filha para Sant'Orsola, onde morreu quatro anos depois, em 1 de julho de 1542, com a idade de 63 anos. Outra, afirma que ele viveu até os oitenta anos, morrendo em 1539 e que Lisa deve ter vivido até 1551, quando tinha 71 ou 72 anos. Seus restos estariam enterrados no convento de Santa Úrsula.

Como surgiu o quadro Mona Lisa?

Como outros florentinos de posses, a família de Francesco era amante e patrona das artes. Seu filho Bartolommeo pediu a Antonio di Donnino Mazzieri que pintasse um afresco no mausoléu da família na Basilica della Santissima Annunziata. Andrea del Sarto havia feito uma pintura da Madona para outro membro da família.

Francesco então encomendou uma pintura de São Francisco de Assis a Domenico Puligo e um retrato de sua mulher a Leonardo Da Vinci. Acredita-se que ele tenha feito a encomenda do quadro de Lisa para comemorar o nascimento de Andrea e a compra da nova casa da família.

Mona Lisa preenchia os requisitos morais dos séculos XV e XVI do retrato de uma mulher de virtudes. Ela é retratada como uma fiel mulher pelos gestos - com sua mão direita pousada sobre a esquerda. Da Vinci também a apresenta como uma mulher na moda e bem sucedida, talvez um pouco mais do que realmente era. Seu costume e o véu negro eram influenciados pela alta moda espanhola da época e não uma imagem de luto pela morte de sua primeira filha, como alguns estudiosos aventaram. O retrato tinha os padrões de tamanho dos encomendados pela burguesia e patronos da época, sendo esta extravagância explicada como uma tentativa de ascensão social do casal.

Da Vinci não teve encomendas nem rendimentos durante a primavera de 1503, o que talvez explique seu interesse em fazer um retrato particular, mas no fim do ano, ele tentou adiar seu trabalho em Mona Lisa por ter recebido uma encomenda para pintar a A Batalha de Anghiari, que tinha um valor superior, e que foi contratado para entregar em fevereiro de 1505. Em 1506, ele considerou a pintura de Lisa inacabada, não recebeu o pagamento e nunca o entregou a seu cliente Francesco. Suas pinturas viajaram com ele por toda a vida e estima-se que a tenha completado finalmente por volta de 1516, na França. O título da pintura data de 1550. Um pintor com ligações com a família Gherardini, Giorgio Vasari, escreveu: "Leonardo comprometeu-se a pintar, para Francesco del Giocondo, o retrato de Mona Lisa, sua esposa. Os nomes da pintura em italiano (La Gioconda) e em francês (La Joconde) são tanto o nome de casada de Lisa quanto seu apelido. Em português, significa A Feliz ou A Alegre. 

Através dos anos, surgiram diversas especulações ligando o nome de Lisa a pelo menos quatro pinturas e sua identidade a pelo menos dez pessoas diferentes. No final do século XX, a pintura havia se transformado num ícone mundial, usado em mais de trezentas outras pinturas e cerca de 2.000 anúncios publicitários ao redor do mundo, aparecendo em média em um anúncio por semana.

Em 2005, um pesquisador-especialista da biblioteca da Universidade de Heidelberg, na Alemanha, descobriu uma anotação num canto de margem de um livro sobre Cícero, na coleção da livraria, que confirmava a visão tradicional de que Lisa era a retratada no quadro. Na anotação, datada de 1503, um oficial da chancelaria florentina, Agostino Vespucci, comparava Da Vinci ao grande pintor clássico Apeles e comentava que ele no momento pintava o retrato de Lisa del Giocondo, permitindo ligar a data à obra de arte com exatidão.

A pintura, oficialmente catalogada e anunciada pelo Museu do Louvre como Lisa Gherardini, esposa de Francesco del Giocondo, tem estado em custódia da França desde o século XVI, quando foi adquirida pelo rei Francisco I, um patrono das artes; após a Revolução Francesa, em 1789, ela tornou-se patrimônio do povo francês.

Em fevereiro de 2014, investigadores italianos começaram a efetuar testes de ADN a ossos que se pensa serem de Lisa Gherardini. O esqueleto a ser analisado foi encontrado em 2013 no convento de Sant'Orsola, onde se pensa que Lisa Gherardini terá morrido por volta do ano de 1551.

O ADN será depois comparado com o de ossos de familiares de Giocondo, que se encontravam na Basílica Santissima Annuziata.

Caso se perceba que pertencem à mesma família, a equipa liderada pelo historiador Silvano Vinceti irá utilizar a caveira, do esqueleto encontrado no convento de Sant'Orsala, para efetuar uma reconstrução facial computorizada e verificar se apresenta semelhanças com a figura pintada por Da Vinci.

Atualmente, cerca de seis milhões de pessoas visitam por ano a pintura no Louvre, onde ela faz parte da coleção nacional francesa.

[RESENHA #954] Minha vida [mein kampf], de Adolf Hitler

Mein Kampf é um livro escrito por Adolf Hitler, líder do Partido Nazista na Alemanha. O livro é uma mistura de autobiografia e manifesto político, no qual Hitler expõe sua ideologia antissemita e racista, e seus planos para o futuro da Alemanha. O livro foi publicado em dois volumes, em 1925 e 1926, e teve milhões de cópias vendidas e traduzidas para várias línguas12

O primeiro volume, intitulado Die Abrechnung (“A Acerto de Contas” ou “A Vingança”), foi escrito em 1924, quando Hitler estava preso após uma tentativa fracassada de golpe de Estado em Munique. Nesse volume, Hitler conta sobre sua juventude, a Primeira Guerra Mundial, e o “traidor” da Alemanha em 1918. Ele também expressa sua visão racista, identificando o ariano como a “raça genial” e o judeu como o “parasita”, e declara a necessidade dos alemães buscarem espaço vital (Lebensraum) no Leste, à custa dos eslavos e dos odiados marxistas da Rússia. Ele também pede vingança contra a França12

O segundo volume, intitulado Die Nationalsozialistische Bewegung (“O Movimento Nacional-Socialista”), foi escrito após a libertação de Hitler em dezembro de 1924. Nesse volume, Hitler descreve o programa político, incluindo os métodos terroristas, que o nacional-socialismo deve seguir tanto para conquistar o poder quanto para exercê-lo depois na nova Alemanha12

RESENHA

A resenha a seguir é apenas informativa. Não apoiamos, concordamos ou endossamos seu conteúdo. O post literal se isenta de quaisquer responsabilidades acerca do conteúdo aqui mencionado. A leitura requer atenção. O livro foi escrito e publicado em um contexto histórico específico, marcado pela humilhação da Alemanha após a Primeira Guerra Mundial, pela crise econômica e social, e pelo surgimento de movimentos nacionalistas e autoritários. Ele reflete a visão de mundo distorcida e fanática de Hitler, que se baseava em teorias pseudocientíficas e racistas, e que buscava justificar a violência e a opressão contra aqueles que ele considerava inferiores ou inimigos. A leitura desta resenha não tem como objetivo promover ou endossar o conteúdo do mesmo, mas sim oferecer uma oportunidade de compreender melhor a mente e a personalidade de um dos maiores vilões da história, e de aprender com os erros e os horrores do passado. O livro deve ser lido com espírito crítico e com consciência dos valores democráticos e humanitários que devem nortear a nossa sociedade.

Mein Kampf é o livro que revela a mente e as intenções de Adolf Hitler, o líder do partido nazista e o responsável pelo maior genocídio e pela maior guerra da história. O livro foi escrito em dois volumes, publicados em 1925 e 1926, respectivamente. O primeiro volume foi escrito na prisão, após o fracasso de uma tentativa de golpe de Estado em 1923, e o segundo volume foi escrito após a soltura de Hitler, em 1924.


No dia 1.° de abril de 1924, por força de sentença do Tribunal de Munique, tinha eu entrado no presídio militar de Landsberg sobre o Lech. Assim se me oferecia, pela primeira vez, depois de anos de ininterrupto trabalho, a possibilidade de dedicar-me a uma obra, por muitos solicitada e por mim mesmo julgada conveniente ao movimento nacional socialista. Decidi-me, pois, a esclarecer, em dois volumes, a finalidade do nosso movimento e, ao mesmo tempo, esboçar um quadro do seu desenvolvimento. Nesse trabalho aprender-se-á mais do que em uma dissertação puramente doutrinária. Apresentava-se-me também a oportunidade de dar uma descrição de minha vida, no que fosse necessário à compreensão do primeiro e do segundo volumes e no que pudesse servir para destruir o retrato lendário da minha pessoa feito pela imprensa semítica. Com esse livro eu não me dirijo aos estranhos mas aos adeptos do movimento que ao mesmo aderiram de coração e que aspiram esclarecimentos mais substanciais. Sei muito bem que se conquistam adeptos menos pela palavra escrita do que pela palavra falada e que, neste mundo, as grandes causas devem seu desenvolvimento não aos grandes escritores mas aos grandes oradores. Isso não obstante, os princípios de uma doutrinação devem ser estabelecidos para sempre por necessidade de sua defesa regular e contínua. Que estes dois volumes valham como blocos com que contribuo à construção da obra coletiva. [p.4]

O livro tem como pano de fundo o contexto histórico da Alemanha após a Primeira Guerra Mundial, quando o país estava em crise econômica, social e política, e sofria as imposições do Tratado de Versalhes. Hitler aproveita esse cenário para desenvolver sua ideologia nazista, baseada no racismo, no antissemitismo, no nacionalismo, e no autoritarismo. Hitler atribui a culpa pela derrota da Alemanha aos judeus e aos comunistas, que ele considera inimigos da raça ariana, e defende a necessidade de conquistar espaço vital (Lebensraum) no Leste, eliminando ou escravizando os povos que lá vivem, especialmente os eslavos e os russos. Hitler também expressa seu ressentimento e sua hostilidade contra a França, que ele queria vingar-se.

Na primavera de 1912 fui definitivamente para Munique. Aquela cidade parecia-me tão familiar como se eu tivesse morado há longo tempo dentro de seus muros. Isso provinha do fato de que os meus estudos a cada passo se reportavam a essa metrópole da arte alemã. Quem não conhece Munique não viu a Alemanha, quem não viu Munique não conhece a arte alemã [...] Por isso, a única esperança de realizar a Alemanha uma política territorial sadia está na aquisição de novas terras na própria Europa. As colônias são inúteis para esse fim, por parecerem impróprias para o estabelecimento de europeus em grande número. Entretanto, no século dezenove, já não era mais possível adquirir, por métodos pacíficos, tais territórios para efeitos de colonização. Uma política de colonização dessa espécie só poderia ser realizada por meio de uma luta áspera, que seria mais razoável se aplicada na obtenção de território no continente, próximo da pátria, de preferência a quaisquer regiões fora da Europa. (p.92]

O livro também explica o programa político do nazismo, que Hitler criou como uma alternativa ao comunismo e à democracia. Hitler descreve os princípios, os objetivos, e os métodos do movimento nacional-socialista, que ele comandava desde 1921. Hitler defende o uso da propaganda, da violência, e da manipulação das massas para alcançar o poder e para exercê-lo de forma ditatorial e totalitária. Hitler também ataca os partidos políticos, as instituições, e as personalidades que ele considera corruptas, fracas, ou traidoras da Alemanha, e que ele planeja eliminar ou submeter. Hitler também manifesta sua ambição de tornar a Alemanha uma potência mundial, capaz de dominar a Europa e de desafiar os Estados Unidos.

O estilo de Mein Kampf é confuso, repetitivo, errante, ilógico, e cheio de erros gramaticais, refletindo a falta de educação formal e de revisão do autor. O livro é considerado um dos mais infames e perigosos da história, por conter as ideias e os planos que Hitler tentou realizar quando chegou ao poder, causando a morte de milhões de pessoas e a destruição de grande parte da Europa durante a Segunda Guerra Mundial. O livro é proibido em alguns países, e sua leitura deve ser feita com espírito crítico e com consciência dos valores democráticos e humanitários que devem nortear a nossa sociedade.

[RESENHA #943] A anatomia do fascismo, de Roberto O. Paxton

APRESENTAÇÃO: O autor demonstra que, para compreendermos o fascismo, temos que examiná-lo em ação - levando em conta o que ele fez, e não apenas o que ele dizia ser. Ele explora as falsidades e as características em comum do fascismo; a base social e política que permitiu que ele prosperasse; seus líderes e suas lutas internas; as diferentes formas pelas quais ele se manifestou em diferentes países - França, Grã-Bretanha, os Países Baixos, o Leste Europeu e até mesmo na América Latina, como também na Itália e na Alemanha; de que forma os fascistas encararam o Holocausto e, por fim, se o fascismo ainda seria possível nos dias de hoje.

RESENHA

O livro "A Anatomia do Fascismo", escrito por Robert O. Paxton, apresenta aos historiadores da história política e intelectual um argumento crucial sobre o papel das ideias nos movimentos políticos. Embora reconheça a importância das ideias por trás do fascismo para entender suas origens e estágios iniciais, Paxton defende que o que os fascistas fizeram uma vez no poder é igualmente, se não mais, relevante para compreender e diagnosticar o fascismo como um movimento político com consequências extraordinárias.

Aceitar esse argumento implica que os historiadores das ideias talvez tenham que reduzir algumas de suas principais abordagens. Embora seja poderoso abordar a história política, social e cultural através do estudo das ideias, isso automaticamente implica que as ideias podem revelar e explicar como e por que as coisas aconteceram de determinada maneira. Novamente, Paxton não nega essa abordagem, mas sugere que o papel da história intelectual não pode ser central ao analisar o fascismo, pois muitas vezes as ideias se transformam ou desaparecem completamente quando os fascistas assumem o poder. Portanto, é necessário compreender como pode haver uma desconexão entre ações e ideias, assim como a causalidade, e como as manipulações retóricas frequentemente representam estratégias políticas conscientes ou subconscientes como as verdadeiras fontes de descontentamento.

Um exemplo que Paxton explora é a postura antiestabelecimento e antipolítica dos partidos fascistas em seus estágios iniciais. Desprezar todas as instituições do país e afirmar estar "acima da política" eram características comuns tanto no início do fascismo alemão quanto no italiano. Os nazistas, em particular, eram habilidosos na criação de organizações sociais alternativas para todas as funções possíveis, a fim de afastar os alemães de lealdades tradicionais e ligá-los emocionalmente ao partido. Segundo Paxton, fingir ser "antipolítico" muitas vezes era eficaz entre pessoas cuja principal motivação política era o desprezo pela política. Em situações em que os partidos existentes estavam limitados a fronteiras de classe ou religiosas, como partidos marxistas, pequenos proprietários ou cristãos, os fascistas podiam apelar prometendo unir as pessoas em vez de dividi-las. No entanto, essa característica não era exclusiva dos fascistas, que se saíram particularmente bem em nações que enfrentavam sérias crises de legitimidade. Na Alemanha, por exemplo, todos os partidos antissistema uniram-se para culpar a República de Weimar por seu fracasso em lidar com qualquer uma das crises. Ao fazer comparações entre os eleitores de Trump e os apoiadores de Sanders, é importante reconhecer essa limitação ao explorar esse aspecto do fascismo para buscar uma alma "essencial".

Uma vez no poder, os fascistas tendem a rejeitar em grande parte as discussões antiestablishment (designa um indivíduo, grupo ou ideia que é contra as instituições oficiais). Embora realizem ações drásticas e revolucionárias com o aparato estatal, como o Holocausto, que pode ser considerado uma forma de "mal radical" de acordo com Arendt, eles geralmente mantêm as estruturas existentes do Estado e tentam controlá-las. Isso pode ser feito substituindo-as por legalistas ou criando estruturas partidárias paralelas que desempenham funções semelhantes, permitindo a existência de uma burocracia pública mais tradicional. Na Itália, Mussolini fez poucas alterações em certos pontos sensíveis (como a Igreja Católica), o que levou à marginalização ou descarte de alguns de seus seguidores mais puritanos. Em termos de transformação do Estado, os regimes fascistas fizeram algumas mudanças significativas, mas deixaram a distribuição de propriedades e a hierarquia econômica e social praticamente intactas, diferindo assim da noção clássica de revolução desde 1789.

O mesmo padrão é observado na retórica econômica fascista inicial em comparação com as políticas adotadas uma vez no poder. Embora os fascistas tenham adotado uma retórica antiburguesa e até anticapitalista em seus primeiros dias de organização (especialmente na Alemanha, onde havia uma forte dose de antissemitismo), essas discussões não tiveram um impacto significativo nos sistemas econômicos quando os fascistas assumiram o poder. De fato, como afirma Paxton, "na prática, descobriu-se que o anticapitalismo dos fascistas era altamente seletivo... em nenhum aspecto as propostas iniciais do fascismo diferiam mais do que o que os regimes fascistas realmente fizeram em termos de política econômica". No entanto, os fascistas não eram simplesmente marionetes do capital, pois viam a economia e seus capitalistas como um meio para alcançar um objetivo maior. "A política econômica fascista se desenvolvia com base em prioridades políticas, não na lógica econômica". Isso fornece uma compreensão clara e convincente da relação entre fascismo e capitalismo. Embora eu acredite que o fascismo seja uma crise resultante do capitalismo, isso não significa que tenha sido apenas uma criação do capital ou um resultado inevitável. Na verdade, os fascistas priorizaram muitas coisas além dos resultados financeiros, como a conquista territorial, mas se mostraram muito mais consistentes em sua postura anti-socialista e anti-igualitária do que a retórica inicial sugeria.

O termo "fascismo" surgiu em 1919 com Mussolini e desde então tem sido frequentemente aplicado de forma generalizada a diversos grupos políticos à direita da pessoa que o utiliza. Paxton, um historiador, busca resgatar o significado do termo, reconhecendo que uma definição restrita é impossível. Em sua busca por compreensão, Paxton examina como uma variedade de movimentos fascistas conquistaram seguidores, estabeleceram alianças e exerceram o poder. Embora existam variações ao longo do tempo e do espaço, ele identifica características que distinguem o fascismo de outros regimes autoritários. Os fascistas são marcados por um estilo de comportamento político que enfatiza queixas históricas, culto à liderança, confiança em movimentos de massa de militantes nacionais, repressão de liberdades democráticas e uso de violência como ferramenta política. O livro "Vichy France", de Paxton, se tornou referência na área, apesar de sua tese controversa de que o regime de Vichy não foi apenas imposto pelos nazistas, mas tinha raízes internas. Com base em décadas de pesquisa e ensino, "A Anatomia do Fascismo" provavelmente será igualmente confiável, fornecendo um ensaio bibliográfico aprofundado que guiará acadêmicos e estudantes de pós-graduação nos próximos anos.

O valor deste livro vai além da compreensão histórica; ele é fundamental para qualquer pessoa preocupada com a sobreposição entre os movimentos contemporâneos de extrema direita e os fascismos clássicos. Paxton é refrescante porque não é excessivamente historicista e, ao mesmo tempo, busca definir conceitos de forma útil. Para mim, como historiador intelectual, o mais instigante é como Paxton interage com as ideias do fascismo, sem presumir que são a única ou mesmo a principal fonte para entender o fascismo. As ideias políticas são ferramentas políticas e, na maioria das vezes, podem ser adotadas ou abandonadas quando não são mais úteis. Que ideia simples, focar tanto ou mais no que os fascistas realmente fazem, ou seja, como chegaram a desempenhar o papel máximo em nossa imaginação moderna como o mal absoluto.

Essa simples percepção se torna extremamente relevante para a direita contemporânea ao considerarmos a grande desconexão entre o que os conservadores dizem acreditar e as políticas que realmente seguem ou condenam. Dos seguidores religiosos aos defensores do livre mercado, há pouca ou nenhuma consistência a ser encontrada. Os ativistas antiaborto valorizam a vida, mas parecem ignorar as necessidades médicas do bebê após o nascimento, e os libertários acreditam na liberdade em todas as áreas da vida, exceto no trabalho, onde passam a maior parte do tempo.

Essas contradições não surgem da confusão dos próprios conservadores, por mais autoilusórios que possam ser, mas estão integradas em sua ideologia política, pois servem para tornar aceitáveis e legítimas ideias que de outra forma seriam ofensivas ou claramente imorais. Portanto, essas ideias não são menos importantes por serem falsas, e o trabalho dos cidadãos preocupados em documentar o quão desastrosamente eficazes essas ideias podem ser não é menos urgente.

Os 10 maiores filmes de drama já produzidos

1. O Poderoso Chefão (1972)

   - Recepção da crítica: O filme é amplamente considerado um dos melhores de todos os tempos, com aclamação universal da crítica.

   - Bilheteria: Arrecadou mais de US$ 245 milhões mundialmente.

   - Orçamento: Cerca de US$ 6 milhões.

   - Curiosidades: Marlon Brando improvisou a cena em que coloca uma laranja na boca.

   - Atores: Marlon Brando, Al Pacino, James Caan.

   - Sinopse: O filme conta a história de uma família mafiosa liderada por Don Vito Corleone e seu filho Michael, que assume o controle do império após uma série de eventos violentos.

2. O Pianista (2002)

   - Recepção da crítica: Recebeu uma resposta positiva da crítica, elogiando a atuação de Adrien Brody e a direção de Roman Polanski.

   - Bilheteria: Arrecadou mais de US$ 120 milhões mundialmente.

   - Orçamento: Cerca de US$ 35 milhões.

   - Curiosidades: Adrien Brody aprendeu a tocar piano para o papel.

   - Atores: Adrien Brody, Thomas Kretschmann, Emilia Fox.

   - Sinopse: Baseado em uma história real, o filme acompanha a vida de um pianista judeu durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto ele tenta sobreviver à ocupação nazista em Varsóvia.

3. O Clube da Luta (1999)

   - Recepção da crítica: Dividiu opiniões entre os críticos, mas se tornou um cult com o tempo.

   - Bilheteria: Arrecadou cerca de US$ 100 milhões mundialmente.

   - Orçamento: Cerca de US$ 63 milhões.

   - Curiosidades: Brad Pitt quebrou o braço durante as filmagens.

   - Atores: Brad Pitt, Edward Norton, Helena Bonham Carter.

   - Sinopse: Um homem desiludido com a vida cria um clube de luta clandestino como forma de buscar uma nova perspectiva, mas acaba se envolvendo em uma trama violenta e perigosa.

4. A Lista de Schindler (1993)

   - Recepção da crítica: Recebeu aclamação da crítica, elogiando a direção de Steven Spielberg e as atuações de Liam Neeson e Ralph Fiennes.

   - Bilheteria: Arrecadou mais de US$ 321 milhões mundialmente.

   - Orçamento: Cerca de US$ 22 milhões.

   - Curiosidades: O filme foi todo rodado em preto e branco, exceto por uma cena colorida.

   - Atores: Liam Neeson, Ralph Fiennes, Ben Kingsley.

   - Sinopse: Baseado em fatos reais, o filme conta a história de Oskar Schindler, um empresário alemão que salva a vida de mais de mil judeus durante o Holocausto, ao empregá-los em sua fábrica.

5. O Lado Bom da Vida (2012)

   - Recepção da crítica: Recebeu críticas positivas, destacando as atuações de Bradley Cooper e Jennifer Lawrence.

   - Bilheteria: Arrecadou mais de US$ 236 milhões mundialmente.

   - Orçamento: Cerca de US$ 21 milhões.

   - Curiosidades: Jennifer Lawrence ganhou o Oscar de Melhor Atriz por sua atuação no filme.

   - Atores: Bradley Cooper, Jennifer Lawrence, Robert De Niro.

   - Sinopse: Um homem com transtorno bipolar tenta reconstruir sua vida após sair de uma instituição mental, encontrando uma nova perspectiva ao se envolver com uma mulher igualmente problemática.

6. A Vida é Bela (1997)

   - Recepção da crítica: Recebeu críticas positivas, elogiando a atuação de Roberto Benigni e a abordagem sensível do Holocausto.

   - Bilheteria: Arrecadou mais de US$ 229 milhões mundialmente.

   - Orçamento: Cerca de US$ 20 milhões.

   - Curiosidades: Roberto Benigni ganhou o Oscar de Melhor Ator por sua atuação no filme.

   - Atores: Roberto Benigni, Nicoletta Braschi, Giorgio Cantarini.

   - Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, um pai faz de tudo para proteger seu filho pequeno dos horrores do Holocausto, criando uma realidade alternativa para tornar a situação menos assustadora.

7. Cidade de Deus (2002)

   - Recepção da crítica: Recebeu críticas extremamente positivas, elogiando a direção de Fernando Meirelles e a atuação do elenco jovem.

   - Bilheteria: Arrecadou mais de US$ 30 milhões mundialmente.

   - Orçamento: Cerca de US$ 3,3 milhões.

   - Curiosidades: A maioria dos atores do filme era composta por moradores de favelas.

   - Atores: Alexandre Rodrigues, Leandro Firmino, Phellipe Haagensen.

   - Sinopse: Baseado em fatos reais, o filme retrata a vida de moradores de uma favela no Rio de Janeiro, mostrando a violência e a influência do tráfico de drogas em suas vidas.

8. O Resgate do Soldado Ryan (1998)

   - Recepção da crítica: Recebeu críticas positivas, especialmente pela realidade e intensidade das cenas de batalha.

   - Bilheteria: Arrecadou mais de US$ 481 milhões mundialmente.

   - Orçamento: Cerca de US$ 70 milhões.

   - Curiosidades: A famosa cena da invasão da praia de Omaha foi filmada em sequência, para aumentar a tensão dos atores.

   - Atores: Tom Hanks, Matt Damon, Tom Sizemore.

   - Sinopse: Durante a Segunda Guerra Mundial, um grupo de soldados americanos é enviado para encontrar e resgatar o soldado James Ryan, cujos três irmãos foram mortos em combate.

9. A Origem (2010)

   - Recepção da crítica: Recebeu críticas positivas, elogiando a direção de Christopher Nolan e a complexidade da trama.

   - Bilheteria: Arrecadou mais de US$ 828 milhões mundialmente.

   - Orçamento: Cerca de US$ 160 milhões.

   - Curiosidades: A cena da luta no corredor giratório foi filmada sem o uso de efeitos visuais.

   - Atores: Leonardo DiCaprio, Joseph Gordon-Levitt, Ellen Page.

   - Sinopse: O filme explora a ideia de invadir os sonhos das pessoas para roubar informações valiosas, seguindo a história de um especialista em extração de memórias que é contratado para realizar uma tarefa complexa.

10. Clube de Compras Dallas (2013)

    - Recepção da crítica: Recebeu críticas positivas, destacando as atuações de Matthew McConaughey e Jared Leto.

    - Bilheteria: Arrecadou mais de US$ 55 milhões mundialmente.

    - Orçamento: Cerca de US$ 5,5 milhões.

    - Curiosidades: Matthew McConaughey perdeu cerca de 20 kg para o papel.

    - Atores: Matthew McConaughey, Jared Leto, Jennifer Garner.

    - Sinopse: Baseado em fatos reais, o filme segue a história de um eletricista diagnosticado com AIDS na década de 1980, que passa a contrabandear medicamentos não aprovados para tratar a doença, ajudando outros pacientes no processo.

Os piores ditadores que já viveram no mundo

Foto: Gazeta do povo

A história é marcada por uma série de ditadores que, com suas ações, causaram a morte e o sofrimento de milhões de pessoas. Esses ditadores são responsáveis por guerras, genocídios e outras atrocidades que deixaram um legado de dor e sofrimento para o mundo.

Adolf Hitler

Um dos ditadores mais conhecidos da história, Hitler foi o líder da Alemanha nazista durante a Segunda Guerra Mundial. Sob seu comando, a Alemanha invadiu vários países da Europa, causando a morte de milhões de pessoas. Hitler também foi responsável pelo Holocausto, o assassinato sistemático de seis milhões de judeus.

Mao Tsé-Tung

Mao foi o líder da China comunista de 1949 a 1976. Durante seu governo, Mao implementou uma série de políticas econômicas e sociais que resultaram na morte de milhões de pessoas. A Grande Fome Chinesa, que ocorreu entre 1959 e 1961, é considerada um dos maiores genocídios da história, com cerca de 45 milhões de mortos.

Stalin

Stalin foi o líder da União Soviética de 1924 a 1953. Durante seu governo, Stalin implementou uma política de repressão política que resultou na morte de milhões de pessoas. O Grande Terror, que ocorreu entre 1936 e 1938, é considerado um dos períodos mais sangrentos da história da União Soviética, com cerca de 7 milhões de mortos.

Pol Pot

Pol Pot foi o líder do Khmer Vermelho, um regime comunista que governou o Camboja de 1975 a 1979. Durante seu governo, o Khmer Vermelho implementou uma política de "revolução agrária" que resultou na morte de cerca de 2 milhões de pessoas.

Idi Amin

Idi Amin foi o presidente da Uganda de 1971 a 1979. Durante seu governo, Amin foi responsável por uma série de atrocidades, incluindo assassinatos, torturas e perseguição política. Estima-se que Amin tenha sido responsável pela morte de cerca de 500.000 pessoas.

Francisco Franco

Franco foi o ditador da Espanha de 1939 a 1975. Durante seu governo, Franco implantou um regime autoritário que suprimiu os direitos políticos e civis. Franco também foi responsável pela Guerra Civil Espanhola, que resultou na morte de cerca de 500.000 pessoas.

Outros ditadores

Além desses ditadores, outros líderes autoritários também foram responsáveis por guerras e genocídios que causaram a morte de milhões de pessoas. Entre eles estão:

  • Benito Mussolini, da Itália
  • Hirohito, do Japão
  • Saddam Hussein, do Iraque
  • Muammar Gaddafi, da Líbia
  • Kim Jong-un, da Coreia do Norte

Os ditadores são responsáveis por alguns dos piores momentos da história da humanidade. Suas ações causaram a morte e o sofrimento de milhões de pessoas e deixaram um legado de dor e sofrimento para o mundo.

Os piores ditadores que já viveram no mundo tiveram um impacto devastador na sociedade. Suas guerras e genocídios causaram a morte de milhões de pessoas e deixaram um legado de dor e sofrimento que ainda é sentido hoje.


Além das mortes, os ditadores também causaram uma série de outros danos à sociedade, incluindo:

Supressão dos direitos humanos: Os ditadores costumam reprimir os direitos humanos, como o direito à liberdade de expressão, o direito à reunião pacífica e o direito ao devido processo legal.

Censura: Os ditadores também costumam censurar a imprensa e outros meios de comunicação, para impedir que a população tenha acesso a informações críticas ao governo.

Pobreza e desigualdade: Os ditadores costumam implementar políticas econômicas que beneficiam a elite econômica e prejudicam a população mais pobre. Isso pode levar a um aumento da pobreza e da desigualdade social.

Instabilidade política: Os regimes ditatoriais são frequentemente instáveis e podem levar a conflitos violentos.


Legado dos piores ditadores que já viveram no mundo

O legado dos piores ditadores que já viveram no mundo ainda é sentido hoje. As sociedades que foram governadas por ditadores costumam enfrentar uma série de desafios, incluindo:

  • Reconciliação nacional: As sociedades que foram governadas por ditadores precisam encontrar uma maneira de se reconciliar com o passado e lidar com as feridas causadas pela repressão política.
  • Democracia: As sociedades que foram governadas por ditadores precisam construir instituições democráticas fortes e assegurar que os direitos humanos sejam respeitados.
  • Desenvolvimento econômico: As sociedades que foram governadas por ditadores costumam enfrentar problemas econômicos, como pobreza e desigualdade social.

É importante lembrar que os ditadores são uma ameaça à paz e à democracia. Devemos lutar para impedir que esses regimes autoritários cheguem ao poder e para promover o respeito aos direitos humanos e à liberdade em todo o mundo.

Lilith, Eva e o Paraíso: suposições e interpretações


Lilith, Eva e o Paraíso são figuras centrais na narrativa bíblica da criação do mundo. No entanto, a interpretação dessas figuras é complexa e controversa, e existem uma série de suposições e interpretações diferentes sobre elas.

Lilith

Lilith é uma figura feminina que aparece em várias tradições religiosas, incluindo o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. No judaísmo, Lilith é geralmente descrita como a primeira mulher criada por Deus, ao mesmo tempo que Adão. No entanto, Lilith se recusou a submeter-se a Adão, e foi exilada do Jardim do Éden.

Existem várias interpretações diferentes sobre Lilith. Alguns estudiosos acreditam que ela é uma figura demoníaca, enquanto outros acreditam que ela é uma figura heroica. Lilith também é frequentemente associada à fertilidade e à sexualidade.

Eva

Eva é a segunda mulher criada por Deus, a partir de uma costela de Adão. No Jardim do Éden, Eva é tentada por uma serpente a comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Como resultado, Eva e Adão são expulsos do Jardim do Éden.

Eva é frequentemente interpretada como a personificação da tentação e da culpa. No entanto, ela também pode ser interpretada como uma figura de esperança e renovação.

O Paraíso

O Paraíso é um lugar descrito na Bíblia como um estado de felicidade e perfeição. No Jardim do Éden, Adão e Eva viviam em paz e harmonia com Deus e com a natureza.

O Paraíso é frequentemente interpretado como um estado espiritual, que pode ser alcançado através da fé e da obediência a Deus. No entanto, ele também pode ser interpretado como um lugar real, que existe em algum lugar do mundo.

Suposições e interpretações

A seguir, são apresentadas algumas suposições e interpretações sobre Lilith, Eva e o Paraíso:

Lilith e Eva são duas faces da mesma moeda: Lilith representa o lado feminino independente e rebelde, enquanto Eva representa o lado feminino submisso e obediente.

Lilith é uma figura positiva: Ela é uma força da natureza que representa a fertilidade, a sexualidade e a autonomia feminina.

Eva é uma figura inocente: Ela foi enganada pela serpente e não sabia que estava fazendo algo errado ao comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.

O Paraíso é um lugar real: Ele existe em algum lugar do mundo e pode ser alcançado por aqueles que são fiéis a Deus.

Essas suposições e interpretações são apenas algumas das muitas que existem sobre Lilith, Eva e o Paraíso. A interpretação dessas figuras é complexa e depende da perspectiva de cada indivíduo.

A hipótese de Lilith ser a primeira mulher criada no paraíso é baseada em uma interpretação da narrativa bíblica da criação do mundo. No livro de Gênesis, Deus cria Adão do pó da terra e depois cria a mulher a partir de uma costela de Adão. No entanto, alguns estudiosos acreditam que a narrativa original da criação do mundo era diferente.

De acordo com essa interpretação, Lilith foi criada ao mesmo tempo que Adão, mas ela era uma mulher independente e rebelde. Lilith se recusou a submeter-se a Adão, e foi exilada do Jardim do Éden.

Essa hipótese é apoiada por alguns textos antigos, incluindo o Alfabeto de Ben Sirá, um texto do século 7 d.C. O Alfabeto de Ben Sirá afirma que Lilith foi criada do mesmo barro que Adão e que ela era uma mulher forte e independente.

No entanto, a hipótese de Lilith ser a primeira mulher criada no paraíso é controversa. Alguns estudiosos acreditam que essa interpretação é uma construção posterior, que não é baseada na narrativa original da criação do mundo.

Ainda assim, a hipótese de Lilith ser a primeira mulher criada no paraíso é uma interpretação interessante e que desafia as tradições patriarcais da Bíblia. Lilith é uma figura poderosa e independente, que representa o lado feminino que não é submisso aos homens.

A maça no imaginário popular: histórias e lendas


A maçã é uma fruta que tem uma longa história no imaginário popular. Ela é frequentemente associada à tentação, ao conhecimento e à renovação.

A Maçã no Jardim do Éden

A maçã é mais famosa por sua associação com a história do Jardim do Éden. No livro de Gênesis da Bíblia, a serpente tenta Eva a comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. A maçã é frequentemente interpretada como um símbolo da tentação e da queda da humanidade.


A Maçã de Eva

A maçã é também um símbolo da feminilidade e da fertilidade. Ela é frequentemente associada à figura de Eva, a primeira mulher.


A Maçã da Adão

A maçã também é um símbolo do conhecimento e da sabedoria. Ela é frequentemente associada à figura de Adão, o primeiro homem.


A Maçã como símbolo de renovação

A maçã também é um símbolo de renovação. Ela é frequentemente associada à primavera e ao renascimento.


Contos e histórias famosas

A maçã é um elemento central em uma série de contos e histórias famosas.

A Branca de Neve: A maçã envenenada é a arma que a madrasta má usa para tentar matar a Branca de Neve.

A Bela Adormecida: A maçã envenenada é a arma que a bruxa má usa para colocar a Bela Adormecida em um sono profundo.

O Gato de Botas: O Gato de Botas usa uma maçã para enganar o ogro e roubar seu castelo.

Alice no País das Maravilhas: Alice come uma maçã que a faz crescer e encolher.


Na mitologia grega, a maçã é frequentemente associada à deusa Hera. Hera é a rainha dos deuses e é frequentemente retratada segurando uma maçã. A maçã é também um símbolo da deusa Afrodite, a deusa do amor e da beleza.

Uma das histórias mais famosas sobre a maçã na mitologia grega é a história da Guerra de Tróia. A guerra começou quando Paris, o príncipe de Tróia, foi oferecido três maçãs douradas por três deusas: Hera, Atena e Afrodite. Paris escolheu Afrodite, que lhe concedeu a mão de Helena, a mulher mais bonita da Grécia. O marido de Helena, Menelau, foi para Tróia recuperar sua esposa, dando início à guerra.

Outra história famosa sobre a maçã na mitologia grega é a história de Hércules. Hércules foi um semideus que realizou doze trabalhos para expiar um assassinato que cometeu. Um dos trabalhos de Hércules foi roubar as maçãs douradas do Jardim das Hespérides.


A maçã na história de Isaac Newton

A maçã também é um elemento importante na história de Isaac Newton. Newton é considerado um dos maiores cientistas da história e é conhecido por sua lei da gravitação universal. A história mais famosa sobre Newton é a história da maçã que caiu da árvore e o levou a formular sua lei da gravitação.

Segundo a história, Newton estava sentado sob uma macieira quando viu uma maçã cair. Ele começou a pensar sobre por que a maçã caiu e chegou à conclusão de que todas as coisas no universo são atraídas umas pelas outras com uma força proporcional às suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da distância entre elas.

A história da maçã que caiu da árvore é provavelmente uma lenda. No entanto, ela é uma história importante que ajudou a popularizar a figura de Newton e sua lei da gravitação universal.

As quatro maças que mudaram o mundo

  1. A Maçã de Eva na Bíblia: Na Bíblia, Eva comeu o fruto proibido da Árvore do Conhecimento do Bem e do Mal no Jardim do Éden. Embora a Bíblia não mencione especificamente uma maçã, a tradição cristã muitas vezes retrata o fruto como uma maçã. Este ato de desobediência resultou na expulsão de Adão e Eva do Paraíso e introduziu o pecado no mundo12.

  2. A Maçã de Isaac Newton: A história conta que Isaac Newton estava sentado sob uma macieira quando uma maçã caiu, o que o levou a formular a teoria da gravidade. Embora a maçã não tenha realmente atingido Newton na cabeça, a observação do movimento da maçã caindo levou Newton a questionar por que a maçã caía em linha reta para baixo e não para os lados ou para cima34.

  3. A Maçã dos Beatles (Apple Corps): Apple Corps Limited é uma corporação multimídia fundada em Londres em 1968 pelos membros dos Beatles para substituir sua empresa anterior (Beatles Ltd.) e formar um conglomerado. Seu nome, pronunciado “apple core” (núcleo de maçã), é um trocadilho. Sua principal divisão é a Apple Records5.

  4. A Maçã da Apple Inc.: Apple Inc. é uma empresa multinacional de tecnologia americana que projeta, desenvolve e vende produtos eletrônicos de consumo, software de computador e serviços online. A empresa foi fundada por Steve Jobs, Steve Wozniak e Ronald Wayne em abril de 1976 para desenvolver e vender computadores pessoais67.

Cada uma dessas “maçãs” teve um impacto significativo em suas respectivas áreas, seja na religião, na ciência, na música ou na tecnologia.

Interpretações

A maçã pode ser interpretada de várias maneiras. Ela pode ser um símbolo de tentação, conhecimento, feminilidade, fertilidade, sabedoria ou renovação. O significado da maçã depende do contexto em que ela é usada.

No entanto, é claro que a maçã é uma fruta com um significado simbólico forte. Ela é uma figura recorrente no imaginário popular e continua a ser um símbolo importante em muitas culturas diferentes.

Hiroshima e Nagasaki: o dia seguinte


No dia 6 de agosto de 1945, às 8h15 da manhã, o bombardeio atômico de Hiroshima, no Japão, começou. A bomba, chamada Little Boy, foi lançada por um bombardeiro B-29 chamado Enola Gay. A bomba explodiu a 600 metros do solo, liberando uma energia equivalente a 15 quilotons de TNT.

O impacto da bomba foi devastador. A explosão matou instantaneamente cerca de 80.000 pessoas e feriu outras 70.000. O fogo e a radiação causaram mais mortes e ferimentos nos dias seguintes.

A destruição

No dia seguinte ao atentado, Hiroshima era uma cidade em ruínas. Os edifícios estavam destruídos, as pessoas estavam mortas ou feridas e o ar estava cheio de fumaça e cinzas.

O centro da cidade foi completamente arrasado. Os edifícios que não foram destruídos pela explosão foram incendiados pelo fogo que se espalhou pela cidade.

Os sobreviventes relataram ver corpos carbonizados, pessoas com queimaduras graves e edifícios em ruínas.

Os sobreviventes

Os sobreviventes do bombardeio enfrentaram uma série de desafios. Eles precisavam encontrar comida, água e abrigo, e lidar com as feridas físicas e psicológicas do bombardeio.

Muitas pessoas ficaram desabrigadas e tiveram que dormir nas ruas ou em abrigos improvisados. A comida e a água eram escassas, e as pessoas passavam fome e sede.

Os sobreviventes também sofreram de queimaduras graves, queimaduras por radiação e outros ferimentos. Muitos morreram nos dias e semanas seguintes ao atentado.

A ajuda


O governo japonês declarou estado de emergência e enviou ajuda para Hiroshima. No entanto, a ajuda foi lenta e insuficiente para atender às necessidades dos sobreviventes.

Os Estados Unidos também enviaram ajuda, mas ela foi recebida com desconfiança pelos japoneses.

A memória

O bombardeio atômico de Hiroshima foi um evento terrível que deixou uma marca profunda na história. O atentado causou a morte de centenas de milhares de pessoas e mudou o curso da Segunda Guerra Mundial.

A cidade de Hiroshima foi reconstruída, mas a memória do bombardeio ainda é viva. O Museu Memorial da Paz de Hiroshima é um lembrete do horror da guerra e do poder das armas nucleares.

  • A explosão da bomba causou um clarão de luz tão intenso que foi visto a centenas de quilômetros de distância.
  • O calor da explosão foi tão intenso que derreteu o asfalto e derreteu os corpos das pessoas.
  • A radiação da bomba causou câncer e outras doenças em muitos sobreviventes.
  • O bombardeio de Hiroshima foi o primeiro uso de armas nucleares em uma guerra.

Exemplos

  • Um sobrevivente, chamado Tsutomu Yamaguchi, descreveu o que viu quando chegou a Hiroshima no dia seguinte ao atentado:

"A cidade estava em chamas. O céu estava preto e cheio de fumaça. Não havia pessoas nas ruas. Só havia corpos e escombros."

  • Outro sobrevivente, chamado Shigeru Mori, descreveu o que sentiu quando viu a destruição:

"Eu não conseguia acreditar no que estava vendo. Era como um filme de terror. Eu me senti perdido e sem esperança."

Nagasaki, o dia seguinte ao atentado

No dia 9 de agosto de 1945, às 11h02 da manhã, o bombardeio atômico de Nagasaki, no Japão, começou. A bomba, chamada Fat Man, foi lançada por um bombardeiro B-29 chamado Bockscar. A bomba explodiu a 500 metros do solo, liberando uma energia equivalente a 21 quilotons de TNT.

O impacto da bomba foi devastador. A explosão matou instantaneamente cerca de 40.000 pessoas e feriu outras 60.000. O fogo e a radiação causaram mais mortes e ferimentos nos dias seguintes.

A destruição

No dia seguinte ao atentado, Nagasaki era uma cidade em ruínas. Os edifícios estavam destruídos, as pessoas estavam mortas ou feridas e o ar estava cheio de fumaça e cinzas.

O centro da cidade foi completamente arrasado. Os edifícios que não foram destruídos pela explosão foram incendiados pelo fogo que se espalhou pela cidade.

Os sobreviventes relataram ver corpos carbonizados, pessoas com queimaduras graves e edifícios em ruínas.

Os sobreviventes

Os sobreviventes do bombardeio enfrentaram uma série de desafios. Eles precisavam encontrar comida, água e abrigo, e lidar com as feridas físicas e psicológicas do bombardeio.

Muitas pessoas ficaram desabrigadas e tiveram que dormir nas ruas ou em abrigos improvisados. A comida e a água eram escassas, e as pessoas passavam fome e sede.

Os sobreviventes também sofreram de queimaduras graves, queimaduras por radiação e outros ferimentos. Muitos morreram nos dias e semanas seguintes ao atentado.

A ajuda

O governo japonês declarou estado de emergência e enviou ajuda para Nagasaki. No entanto, a ajuda foi lenta e insuficiente para atender às necessidades dos sobreviventes.

Os Estados Unidos também enviaram ajuda, mas ela foi recebida com desconfiança pelos japoneses.

A memória

O bombardeio atômico de Nagasaki foi um evento terrível que deixou uma marca profunda na história. O atentado causou a morte de centenas de milhares de pessoas e mudou o curso da Segunda Guerra Mundial.

A cidade de Nagasaki foi reconstruída, mas a memória do bombardeio ainda é viva. O Museu Memorial da Paz de Nagasaki é um lembrete do horror da guerra e do poder das armas nucleares.

Detalhes adicionais

  • A explosão da bomba causou um clarão de luz tão intenso que foi visto a centenas de quilômetros de distância.
  • O calor da explosão foi tão intenso que derreteu o asfalto e derreteu os corpos das pessoas.
  • A radiação da bomba causou câncer e outras doenças em muitos sobreviventes.
  • O bombardeio de Nagasaki foi o segundo e último uso de armas nucleares em uma guerra.

Exemplos

  • Um sobrevivente, chamado Tsutomu Yamaguchi, também sobreviveu ao bombardeio de Hiroshima. Ele descreveu o que viu quando chegou a Nagasaki no dia seguinte ao atentado:

"Eu não podia acreditar que estava vendo isso de novo. Era como um pesadelo."

  • Outro sobrevivente, chamado Shigeru Mori, descreveu o que sentiu quando viu a destruição:

"Eu me senti perdido e sem esperança. Eu não sabia o que fazer."

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