[RESENHA #954] Minha vida [mein kampf], de Adolf Hitler

Mein Kampf é um livro escrito por Adolf Hitler, líder do Partido Nazista na Alemanha. O livro é uma mistura de autobiografia e manifesto político, no qual Hitler expõe sua ideologia antissemita e racista, e seus planos para o futuro da Alemanha. O livro foi publicado em dois volumes, em 1925 e 1926, e teve milhões de cópias vendidas e traduzidas para várias línguas12

O primeiro volume, intitulado Die Abrechnung (“A Acerto de Contas” ou “A Vingança”), foi escrito em 1924, quando Hitler estava preso após uma tentativa fracassada de golpe de Estado em Munique. Nesse volume, Hitler conta sobre sua juventude, a Primeira Guerra Mundial, e o “traidor” da Alemanha em 1918. Ele também expressa sua visão racista, identificando o ariano como a “raça genial” e o judeu como o “parasita”, e declara a necessidade dos alemães buscarem espaço vital (Lebensraum) no Leste, à custa dos eslavos e dos odiados marxistas da Rússia. Ele também pede vingança contra a França12

O segundo volume, intitulado Die Nationalsozialistische Bewegung (“O Movimento Nacional-Socialista”), foi escrito após a libertação de Hitler em dezembro de 1924. Nesse volume, Hitler descreve o programa político, incluindo os métodos terroristas, que o nacional-socialismo deve seguir tanto para conquistar o poder quanto para exercê-lo depois na nova Alemanha12

RESENHA

A resenha a seguir é apenas informativa. Não apoiamos, concordamos ou endossamos seu conteúdo. O post literal se isenta de quaisquer responsabilidades acerca do conteúdo aqui mencionado. A leitura requer atenção. O livro foi escrito e publicado em um contexto histórico específico, marcado pela humilhação da Alemanha após a Primeira Guerra Mundial, pela crise econômica e social, e pelo surgimento de movimentos nacionalistas e autoritários. Ele reflete a visão de mundo distorcida e fanática de Hitler, que se baseava em teorias pseudocientíficas e racistas, e que buscava justificar a violência e a opressão contra aqueles que ele considerava inferiores ou inimigos. A leitura desta resenha não tem como objetivo promover ou endossar o conteúdo do mesmo, mas sim oferecer uma oportunidade de compreender melhor a mente e a personalidade de um dos maiores vilões da história, e de aprender com os erros e os horrores do passado. O livro deve ser lido com espírito crítico e com consciência dos valores democráticos e humanitários que devem nortear a nossa sociedade.

Mein Kampf é o livro que revela a mente e as intenções de Adolf Hitler, o líder do partido nazista e o responsável pelo maior genocídio e pela maior guerra da história. O livro foi escrito em dois volumes, publicados em 1925 e 1926, respectivamente. O primeiro volume foi escrito na prisão, após o fracasso de uma tentativa de golpe de Estado em 1923, e o segundo volume foi escrito após a soltura de Hitler, em 1924.


No dia 1.° de abril de 1924, por força de sentença do Tribunal de Munique, tinha eu entrado no presídio militar de Landsberg sobre o Lech. Assim se me oferecia, pela primeira vez, depois de anos de ininterrupto trabalho, a possibilidade de dedicar-me a uma obra, por muitos solicitada e por mim mesmo julgada conveniente ao movimento nacional socialista. Decidi-me, pois, a esclarecer, em dois volumes, a finalidade do nosso movimento e, ao mesmo tempo, esboçar um quadro do seu desenvolvimento. Nesse trabalho aprender-se-á mais do que em uma dissertação puramente doutrinária. Apresentava-se-me também a oportunidade de dar uma descrição de minha vida, no que fosse necessário à compreensão do primeiro e do segundo volumes e no que pudesse servir para destruir o retrato lendário da minha pessoa feito pela imprensa semítica. Com esse livro eu não me dirijo aos estranhos mas aos adeptos do movimento que ao mesmo aderiram de coração e que aspiram esclarecimentos mais substanciais. Sei muito bem que se conquistam adeptos menos pela palavra escrita do que pela palavra falada e que, neste mundo, as grandes causas devem seu desenvolvimento não aos grandes escritores mas aos grandes oradores. Isso não obstante, os princípios de uma doutrinação devem ser estabelecidos para sempre por necessidade de sua defesa regular e contínua. Que estes dois volumes valham como blocos com que contribuo à construção da obra coletiva. [p.4]

O livro tem como pano de fundo o contexto histórico da Alemanha após a Primeira Guerra Mundial, quando o país estava em crise econômica, social e política, e sofria as imposições do Tratado de Versalhes. Hitler aproveita esse cenário para desenvolver sua ideologia nazista, baseada no racismo, no antissemitismo, no nacionalismo, e no autoritarismo. Hitler atribui a culpa pela derrota da Alemanha aos judeus e aos comunistas, que ele considera inimigos da raça ariana, e defende a necessidade de conquistar espaço vital (Lebensraum) no Leste, eliminando ou escravizando os povos que lá vivem, especialmente os eslavos e os russos. Hitler também expressa seu ressentimento e sua hostilidade contra a França, que ele queria vingar-se.

Na primavera de 1912 fui definitivamente para Munique. Aquela cidade parecia-me tão familiar como se eu tivesse morado há longo tempo dentro de seus muros. Isso provinha do fato de que os meus estudos a cada passo se reportavam a essa metrópole da arte alemã. Quem não conhece Munique não viu a Alemanha, quem não viu Munique não conhece a arte alemã [...] Por isso, a única esperança de realizar a Alemanha uma política territorial sadia está na aquisição de novas terras na própria Europa. As colônias são inúteis para esse fim, por parecerem impróprias para o estabelecimento de europeus em grande número. Entretanto, no século dezenove, já não era mais possível adquirir, por métodos pacíficos, tais territórios para efeitos de colonização. Uma política de colonização dessa espécie só poderia ser realizada por meio de uma luta áspera, que seria mais razoável se aplicada na obtenção de território no continente, próximo da pátria, de preferência a quaisquer regiões fora da Europa. (p.92]

O livro também explica o programa político do nazismo, que Hitler criou como uma alternativa ao comunismo e à democracia. Hitler descreve os princípios, os objetivos, e os métodos do movimento nacional-socialista, que ele comandava desde 1921. Hitler defende o uso da propaganda, da violência, e da manipulação das massas para alcançar o poder e para exercê-lo de forma ditatorial e totalitária. Hitler também ataca os partidos políticos, as instituições, e as personalidades que ele considera corruptas, fracas, ou traidoras da Alemanha, e que ele planeja eliminar ou submeter. Hitler também manifesta sua ambição de tornar a Alemanha uma potência mundial, capaz de dominar a Europa e de desafiar os Estados Unidos.

O estilo de Mein Kampf é confuso, repetitivo, errante, ilógico, e cheio de erros gramaticais, refletindo a falta de educação formal e de revisão do autor. O livro é considerado um dos mais infames e perigosos da história, por conter as ideias e os planos que Hitler tentou realizar quando chegou ao poder, causando a morte de milhões de pessoas e a destruição de grande parte da Europa durante a Segunda Guerra Mundial. O livro é proibido em alguns países, e sua leitura deve ser feita com espírito crítico e com consciência dos valores democráticos e humanitários que devem nortear a nossa sociedade.

[RESENHA #953] A Deusa Tríplice: Em busca do Feminino Arquetípico, de Adam McLean

A Deusa é um dos arquétipos mais eternos da psique humana. Ela sempre está ao nosso lado, mesmo quando desprezada, reprimida ou negada exteriormente como em nosso mundo atual.

Este livro é um valioso recurso para quem se interessa pela natureza do Feminino Sagrado que reside dentro de nós.

Ele descreve e examina a estrutura da Deusa Tríplice e mostra como, mediante o relacionamento com esse arquétipo, as mulheres (bem como os homens) podem vencer e compensar a tendência interior de dualismo alinhando suas energias dentro de si, por meio da unificação com os três aspectos do ser: corpo, alma e espírito. O autor Adam Mclean apresenta também uma visão inédita das várias deusas da Antiguidade.

RESENHA


Um arquétipo feminino é uma imagem simbólica que representa um aspecto da essência feminina, como a donzela, a mãe, a feiticeira ou a anciã. Essas imagens são parte do inconsciente coletivo, que é um reservatório de experiências e memórias compartilhadas pela humanidade. Os arquétipos femininos podem ajudar as mulheres a se reconhecerem, se expressarem e se fortalecerem em diferentes fases da vida. Eles também podem ser usados para criar personagens e histórias que reflitam a diversidade e a complexidade da feminilidade. Os arquétipos fazem parte da história da humanidade, como podemos observar em pinturas rupestres, restos mortais ou documentações históricas. Algumas das histórias dos arquétipos mais conhecidas são:

A Grande Mãe: Uma história que representa esse arquétipo é a de Deméter, a deusa grega da agricultura e da fertilidade, que perde sua filha Perséfone para o deus do submundo, Hades. Deméter fica tão triste e desesperada que faz com que a terra se torne estéril e fria, até que consiga recuperar sua filha por uma parte do ano. Essa história simboliza o amor maternal, o ciclo da vida e da morte, e a relação entre a natureza e a humanidade.

A Mulher Selvagem: Uma história que representa esse arquétipo é a de Lilith, a primeira mulher criada por Deus na tradição judaica, que se recusa a se submeter a Adão e foge do Paraíso. Lilith é considerada a mãe dos demônios, uma sedutora e uma rebelde, que desafia a autoridade patriarcal e busca sua liberdade e independência. Essa história simboliza o aspecto selvagem, instintivo e natural da mulher, que não se conforma com as normas sociais e busca sua própria essência.

A Esposa: Uma história que representa esse arquétipo é a de Penélope, a esposa fiel de Ulisses na Odisseia, que espera por seu marido por 20 anos, enquanto ele vive suas aventuras pelo mundo. Penélope é assediada por vários pretendentes, mas ela os engana com sua astúcia, tecendo e destecendo uma mortalha para seu sogro, prometendo que escolherá um deles quando terminar. Penélope é a personificação da lealdade, da paciência, da inteligência e da devoção conjugal.

O livro A Deusa Tríplice: Em busca do Arquétipo Feminino, de Adam McLean, é uma obra que explora a estrutura interna da Deusa Tríplice e mostra como, ao se relacionar com esse arquétipo, é possível superar e redimir a tendência interna ao dualismo. O autor oferece insights originais sobre a natureza da Deusa Tríplice e descreve várias formas de trabalhar com sua mitologia e simbolismo. O livro é um panorama único das diversas Deusas da antiguidade e se apresenta como um recurso valioso para quem se interessa pela natureza do Feminino.

O livro é dividido em três partes, correspondentes às três faces da Deusa Tríplice: a Virgem, a Mãe e a Anciã. Essas divisões não são claras, pois as narrativas ocorrem de forma linear, não dependendo de uma divisão em capítulos ou uma introdução elaborada. Em cada parte, o autor analisa os aspectos psicológicos, espirituais e simbólicos dessas faces, bem como suas manifestações nas diferentes culturas e tradições. O autor também apresenta exercícios práticos para se conectar com a energia da Deusa Tríplice e integrá-la na vida cotidiana.

O livro é escrito em um estilo claro e acessível, com referências a fontes primárias e secundárias. O autor demonstra um amplo conhecimento sobre o tema e uma abordagem respeitosa e sensível ao Feminino. O livro é recomendado para quem busca uma compreensão mais profunda e holística da Deusa Tríplice e de seu papel na psique humana.

Na primeira parte, o autor explora a face da Virgem da Deusa Tríplice, que representa a potencialidade, a criatividade e a inspiração. Ele cita o mito grego da criação, onde a Deusa surge do Caos e dá origem ao Cosmos. Ele também discute o papel das Musas, das Graças e das Moiras como expressões da Virgem.

Na segunda parte, o autor se dedica à face da Mãe da Deusa Tríplice, que simboliza a fertilidade, a abundância e a proteção. Ele analisa o mito de Deméter e Perséfone, que mostra a relação entre a Mãe e a filha, bem como o ciclo das estações. Ele também aborda o tema da dualidade entre a Mãe e a esposa, exemplificado pela rivalidade entre Hera e Zeus.

Na terceira parte, o autor se concentra na face da Anciã da Deusa Tríplice, que expressa a sabedoria, a transformação e a transcendência. Ele descreve o mito do Julgamento de Páris, que envolve as três Deusas: Atena, Afrodite e Hera. Ele também fala sobre o papel de Hécate, a guardiã dos mistérios, e das Erínias, as vingadoras do sangue.

Muitas religiões e caminhos espirituais neopagãos veneram a Deusa Tríplice, uma divindade ou um arquétipo que tem três faces ou aspectos diferentes em uma só entidade. Essas faces são a Donzela, a Mãe e a Anciã, que representam cada uma um momento diferente do ciclo feminino e uma etapa da Lua, e que dominam cada uma um dos domínios do céu, da terra e do inferno. 

A Deusa Tríplice: Em busca do Feminino Arquetípico, de Adam McLean, é um livro que explora a riqueza e a diversidade do arquétipo da deusa em suas três manifestações: a Donzela, a Mãe e a Anciã. O autor, um renomado pesquisador do simbolismo espiritual das tradições do Ocidente, apresenta uma visão inédita das várias deusas da Antiguidade, mostrando como elas expressam os diferentes aspectos da essência feminina, associados às fases da lua, aos ciclos da vida e aos reinos cósmicos. O livro é um valioso recurso para quem se interessa pela natureza do Feminino Sagrado que reside dentro de nós, e que pode nos ajudar a superar o dualismo que nos fragmenta e nos afasta de nossa verdadeira identidade. Por meio do relacionamento com o arquétipo da deusa, as mulheres (bem como os homens) podem alinhar suas energias dentro de si, por meio da unificação com os três aspectos do ser: corpo, alma e espírito. O livro é uma obra inspiradora, profunda e iluminadora, que nos convida a redescobrir e a celebrar a deusa que habita em cada um de nós.

[RESENHA #952] Escamas de Mil peixes, de Maitê Lamesa





Escamas de Mil Peixes é cardume de poesias escritas entre 2009 e 2023, entroncamento de rios que correram apartados no tempo e no espaço, até serem transpassadas por uma lâmina que afia nos dentes a vontade de falar e que afina a voz de um peixe solitário. É dessa forma que Maitê dosa as diversas forças necessárias para o arremesso dos poemas, escamas que se propõem a refletir as incontáveis nuances da poesia: a coragem da escrita, subjetividades que se cruzam com a coletividade, amores, dissabores, o correr do tempo, a voz feminina e maternal, o mar e a morte. São poemas que se revelam nas margens inacessíveis, na superfície embriagante do oceano e, sobretudo, nas profundezas de um rio turvo, na pele de peixe. Não são paisagens paradisíacas que estão em jogo, mas as paisagens para além do alcance da vista: os vales escondidos, as fossas abissais, as cavernas de morcegos, locais onde se opera um sutil descolamento a partir do encontro entre essa paisagem (realidade) e o pensamento. É um convite à poesia como a outra margem do rio, das pessoas, da vida e que, assim como ele, segue inventando caminhos possíveis por onde correr.

RESENHA






Escamas de Mil peixes é o primeiro livro da autora jauense Maitê Lamesa. A obra, descrita pela autora como um cardume de poesias é um convite à experimentação. Aqui, Lamesa, reúne textos de diferentes épocas de sua vida, em um forte movimento de coragem [metaforicamente acionada como o salto de um peixe nas águas de um rio]. A obra é uma miscelânea simbólica orientada por eixos poéticos que descrevem suas nuances entre metáforas em relação aos peixes e o movimento das águas que narram a vida como poemas que vão contra a maré, como correntezas que seguem um fluxo inconstante, como felicidade, luto, maternidade, crescimento, dor e mememórias.

A obra é dividida em sete capítulos: Os poros por onde nascem as escamas; pele de peixe; nadando contra a correnteza; um peixe de água salgada; descamado; desova; lambaris e um rio marrom onde moram os peixes. A voz do peixe usada pela autora é uma forma de trazer a tona em sua obra uma voz marginalizada e sufocada, quanto para descrever a coragem de descer o rio em uma jornada.

Nas palavras de Tatiana Lazzarotto, escritora e jornalista: O livro é dividido em muitas partes – muitas escamas – e há muitas mulheres em suas páginas. Uma que lava a louça, outra que observa a chuva. Ou uma mulher-estátua, que testemunha o esquecimento. Mas em “Desova”, quem canta é a indelegável mãe e todas as nuances de suas três letras, e é à Teresa que este livro é dedicado. Testemunhemos a poesia de Maitê como a multiplicação dessas mulheres-cardume, por meio de suas imagens-milagres. Uma poeta que nasce assim é um acontecimento.


Confira alguns trechos do poema da autora:


Campo de lavandas

é como andar por um campo de lavandas

escrever estas linhas recuadas

frutos de um pensamento único

uma sensação inacabada



recorte de sonhos em papel colunado

com emoções preenchi um dos lados

o outro resta branco com reminiscências

é o fundo do armário



as bolinhas brancas de naftalina

são as entrelinhas das ideias minhas

e o que não escrevi, já está escrito

num dia porvir, n´algum canto vivido



uma só coluna basta

para que flutuem as miragens

junto com as lavandas pendentes – lilases

esbanjando a alma calma

de quem faz poesia

para que balancem com o vento



depois de tantas elocubrações

em puro, em puríssimo devaneio

resta sempre uma coluna aberta

esperando as palavras certas

costuradas às emoções no meio




O poema Campo de lavandas é uma metáfora sobre o processo criativo do poeta, que compara a escrita de versos com o andar por um campo de flores aromáticas e coloridas. O poeta expressa seus sentimentos e pensamentos em uma coluna de papel, deixando a outra em branco para representar o que ainda não foi dito ou vivido. As bolinhas de naftalina são as entrelinhas, as ideias que não são explicitadas, mas que estão presentes na poesia. O poeta também fala das miragens, as imagens que surgem na sua mente e que se misturam com as lavandas, símbolo da calma e da beleza. O poeta reconhece que sua obra é fruto de um devaneio, de uma fantasia, mas que sempre há espaço para novas palavras e emoções. O poema é uma celebração da poesia como forma de expressão e de arte.




da (r) dos

Lançando dados

sobre o tabuleiro

são dardos que atiro

no alvo certeiro



Jogo o jogo

e pego em armas

se preciso for



Sempre foi assim

se não estou em guerra

estou nos jogos de azar

O poema da (r) dos é uma reflexão sobre a vida como um jogo de riscos e desafios, onde o poeta lança dados e dardos, buscando acertar seus objetivos. O poeta se mostra disposto a lutar e a se defender, se necessário, mas também reconhece que sua sorte depende do acaso. O poeta usa a repetição da letra R e do som /d/ para criar um efeito sonoro de força e determinação. O poema também sugere uma contradição entre a guerra e os jogos de azar, que podem ser vistos como formas de violência e de diversão, respectivamente. O poeta afirma que sempre viveu assim, entre a tensão e a aventura, sem saber o que o destino lhe reserva. O poema é uma expressão da coragem e da incerteza do poeta diante da vida.

O poema “Peles mortas” expressa a sensação de vazio e desilusão após o fim de um relacionamento amoroso. O autor usa a metáfora da poeira para representar os vestígios da união que se desfez com o vento, ou seja, com a força das circunstâncias. A poeira paira no apartamento, simbolizando a memória e a nostalgia que ainda persistem no ambiente. O autor também usa a palavra “inútil” para mostrar o quanto ele se sente frustrado e desesperançado com a mistura de suas peles mortas, que não gerou nada de positivo ou duradouro. O poema transmite uma atmosfera de tristeza, solidão e desapego.

O poema “Ofício mãe” é uma homenagem à maternidade e ao papel da mulher na sociedade. O autor usa várias imagens e metáforas para exaltar a força, a dedicação e a importância da mãe, que é vista como uma caçadora, uma guardiã, uma oficiala, uma soberana, uma credora, uma horta e uma aorta. O autor também mostra as dificuldades e os desafios que a mãe enfrenta no seu cotidiano, como o cansaço, o casamento, a cria, as costas costuradas, o colo ocupado, os sustentáculos, as articulações, os músculos, os tendões e as fibras do coração. O poema transmite uma atmosfera de admiração, gratidão e reconhecimento pelo ofício mãe, que é o responsável pela renovação, pelo futuro e pelo legado da humanidade.

O poema “Mulher-peixe” pode ser interpretado como uma metáfora da identidade e do conflito de uma mulher que se sente dividida entre dois mundos: o das águas e o do ar. Ela é uma sereia, uma figura mítica que representa a sedução, a beleza e a ambiguidade. Ela deseja respirar o ar, mas ao mesmo tempo teme perdê-lo. Ela se arrisca a sair das águas, mas se afoga na tentativa. Ela é um peixe fora d’água, uma expressão que significa alguém que não se adapta ou não se sente à vontade em um ambiente. O poema transmite uma atmosfera de angústia, solidão e incompreensão.

A obra fala de diversos assuntos como a escrita;. maternidade; luto ; sentimentos internos; resiliência; força; coragem; memórias; solidão e calmaria. Como toda poesia lúdica, estas, por sua vez, nos possibilitam uma gama de inúmeras interpretações que nos conectam com suas linhas como em uma onda interminável onde uma maré se alterna conforme o movimento das águas.

Uma obra atemporal.

A AUTORA

Maitê Lamesa é natural de Jaú/SP, e atualmente reside em São Paulo, capital. Formada em Direito (Universidade Estadual de Londrina) e mestra em Relações Internacionais pelo Programa San Tiago Dantas (UNESP-UNICAMP-PUC/SP), assumiu a escrita em 2022, quando a publicação tornou-se urgência face a face, face à fase de silêncios agudos: da maternidade, da pandemia e do campo, onde morou durante esse período. Integra o portal Fazia Poesia e o Coletivo Escreviventes. Este Escamas de Mil Peixes é um livro de poesia e, também, seu livro de estreia.

[RESENHA #951] Amores nos tempos de covid, de Ronald Eucário Villela


Paulo, um homem entrado nos 70 anos, viúvo, que, no início da pandemia, vai a sua academia de ginástica e a encontra fechada, sendo informado que a aula se fará online. Ele lamenta, sobretudo porque havia conhecido uma mulher na academia, pela qual se encantara.

Chegando a casa, foi fazer a aula na varanda. Ao começar, verifica que, na varanda de um apartamento atrás do seu prédio, uma mulher fazia os mesmos movimentos de ginástica. Firma o olhar e a reconhece como a mulher pela qual havia se interessado na academia.

Ela, também, o reconhece e se cumprimentam. Assim, o romance se desenrola, durante a pandemia. Intercalado por relações familiares intensas, uma delas, pelo fato de que seu filho, Cláudio, namoraria uma mulher que, anteriormente, fora sua namorada, e que lhe causara grande incômodo, em razão de um ciúme doentio por parte dela, que desbordava para a insanidade. O filho é desconhecedor do fato, e, o pai, Paulo, angustiado com a situação, deseja contar-lhe. A Partir disso, a trama familiar se desenrola em interessantíssimos acontecimentos inusitados.

RESENHA

Amores nos tempos de COVID é um romance do advogado e professor da UFF Ronald Eucário Villela, que marca sua estreia como escritor. O livro conta a história de um viúvo septuagenário, que vive sozinho durante a pandemia do coronavírus, e que se dedica à leitura, à reflexão sobre sua vida e às lembranças de seus amores passados. O autor explora as emoções e os sentimentos do protagonista, que enfrenta a solidão, a saudade, o medo e a esperança em meio à crise sanitária e social que assola o mundo. A obra é uma homenagem à literatura, à cultura e à memória, e também uma reflexão sobre o valor do amor em tempos de adversidade. Amores nos tempos de COVID é um livro sensível, poético e atual, que convida o leitor a se identificar com o personagem e a compartilhar de suas dores e alegrias.

A obra retrata a vida de Paulo, um homem que conheceu sua paixão por uma mulher durante as aulas de ginástica em uma academia. Com o advento da covid, a academia se fecha e ele se vê obrigado a participar das aulas online. Esse acontecimento abala seu emocional, que estava entregue à paixão pela mulher misteriosa. Ao retornar para casa, Paulo encontra pela janela de sua casa a visão de uma mulher que treina movimentos semelhantes aos da aula. Não havia dúvida, era ela, Eliane. A narrativa então se desenvolve com uma trama bastante tensa entre as famílias e o ciúme de uma ex-namorada, que agora namora Cláudio, filho de Paulo, que desconhece tal acontecimento. Paulo então começa a viver reflexões sobre sua paixão e seu ex-amor pela atual namorada do filho.

A história também narra a morte de uma ex-namorada, Bianca, ao qual combinam de se encontrar no próximo verão, porém, ela acaba falecendo antes do encontro. Bianca pretendia reaver seu amor após ficar viúva, porém, o destino não permitiu tal encontro, então, em várias partes da narrativa ele relembra o quanto ela era especial e bela. Ele conhece Regina, uma morena alta com quem ele realiza um city tour em Manaus e entram em desavença por causa de um prato, dentre outros acontecimentos que poderiam facilmente serem descartados. 

A obra é repleta de descrições desnecessárias e lembranças que deixam o enredo confuso entre o tempo verbal ao qual é apresentado. O foco em si no romance se torna secundário, o autor revela uma característica intrínseca em seu personagem Paulo: a dúvida. Ele relembra diversas mulheres diferentes e os encontros casuais com cada uma delas, desta forma, o romance se torna apenas parte de uma rede de mulheres da vida boêmia levada pelo personagem. Há diversas tensões na obra que a tornam interessante e prendem em determinado momento, mas ela também se perde em meio suas descrições e narrativas que tornam confusas e pouco convidativas.

A ideia é interessantíssima, porém, foi elaborada com muitas descrições e acontecimentos paralelos. Seria muito mais interessante recortar o enredo entre capítulos para identificação do tempo dos acontecimentos, desenvolver e elencar personagens no tempo adequado e tornar o livro um pouco mais curto, levando em consideração a quantidade de acontecimentos e as descrições demasiadamente longas e exageradas. Como: 

Ela era linda! Tinha, na época, 17 anos, uma pele rosada, os cabelos bem negros, dentes perfeitos. Olhos verdes, sutis e penetrantes, uma voz límpida e suave, um sorriso franco e acolhedor, um belo corpo, com movimentos graciosos [...]

Enfim, é um livro interessante, mas não mais do que os que estão disponíveis na mesma temática no mercado. O romance secundário e os problemas familiares são bem construídos, porém, requerem um destacamento maior na narrativa, bem como o desenvolvimento de capítulos mais sucintos.

[RESENHA #950] O bolo fofo e outros contos, de Hebe Uhart


Ainda inédita no Brasil, Hebe Uhart ganha agora a sua primeira publicação em português, intitulada O bolo fofo e outros contos, com tradução de Josely Vianna Baptista e prefácio de Nara Vidal. A escolha do título, aliás, corresponde ao segundo livro de contos da autora, lançado originalmente no ano de 1977. São justamente os doze contos de O bolo fofo que inauguram a presente edição brasileira. Seguem-se ainda outros dois títulos, A luz de um novo dia (1983) e Guiando a hera (1997), reproduzidos integralmente neste volume. Por fim, uma seleção de cinco dos dezessete contos que compõem o livro Do céu à casa, de 2003. Ao todo, são trinta e seis textos reunidos, cujo intuito é o de introduzir o leitor brasileiro à obra desta grande autora latino-americana.

RESENHA
O bolo fofo e outros contos é o primeiro livro em pt-br da autora argentina Hebe Uhart. A obra é um emaranhado de contos, microcontos e crônicas elaborados pela autora com o tema viagem. A obra marcou o início prolífico da vida como escritora da autora na Argentina e no mundo todo. Com diversos títulos publicados ao redor do globo com inúmeras traduções, a autora agora nos brinda com sua genialidade em uma edição primorosa editada pela Editora Roça Nova, com tradução de Josely Vianna Baptista e arte da capa por Ana Cartaxo.
O conto O tio Pipotto de Hebe Uhart é uma história sobre a visita inesperada de um tio rico que vive em Lima, Peru, à sua sobrinha Teresa, que mora em uma casa humilde na Argentina com sua avó Emília e seu avô. O tio Pipotto chega em uma charrete e surpreende Teresa, que não o reconhece de imediato. Ele mostra desprezo pelo porco e pela cabra que Teresa tem no quintal, e também pelo marido dela, que é um ex-soldado do rei da Itália e que brinca de guerra com o filho. O tio Pipotto tenta se aproximar do menino, mas ele se mostra tímido e desconfiado. O conto retrata o contraste entre as classes sociais, as origens culturais e as expectativas de vida dos personagens, com um toque de humor e ironia.

A história de segue com a chegada do tio de Lima, José Manzzini. Ele tinha uma voz amável e um jeito diferente de solicitar as coisas, como quando solicitou à Tereza que chamasse sua vó, com seu consentimento. A vó preparou a cara de visita e foi avisar o avô e a avó da chegada de José. Foi preparado um belo jantar onde conversaram sobre tudo, inclusive sobre nada.

A obra é um convite reflexivo com narrativas simples que narram de forma descontraída os encontros e desencontros de famílias e acontecimentos expressivos e complementares em sua essência. O livro é uma coletânea de 36 contos extraídos de outros livros da autora. A obra recebeu diversas críticas positivas elevando o nome de Hebe Uhart no universo literário e na produção de histórias impactantes e inesquecíveis. Um marco na descrição poética da autora é sua prolífica capacidade de descrever acontecimentos que beiram o realismo com uma mescla de culturas e sentimentos que tensionam a esfera social descrita em seus enredos. 

O bolo fofo, capítulo homônimo ao título da obra, é o mais simples de todos. Ele narra basicamente uma tentativa da criação de um bolo. Apenas isso. Não há clímax, não há acontecimentos ou personagens marcantes, nada. E ai reside a beleza poética da capacidade descritiva de Uhart. A autora consegue com maestria captar a atenção do leitor do começo ao fim com uma narrativa simples, envolvente e completamente imersiva.

O melhor conto, em minha opinião, é o menino que não conseguia dormir. Aqui, Uhart nos brinda com sua genialidade mais uma vez. A descrição narra a vivência da mãe com seu filho que tem dificuldades para dormir, ela então o acompanha até a cama, o ajeita e o aconselha a contar carneirinhos. O garoto possuía uma capacidade imaginativa fértil que prendia sua atenção e o dispersava durante o sono, o que o fazia chamar sua mãe constantemente. A construção elaborada pela autora nos leva aos caminhos da reflexão dos momentos que partilhamos entre familiares e vida. O melhor em tudo é a mescla de sentimentos que a autora traz em suas linhas: a solidão, a solitude, a família, os jantares, os encontros, os amores, os desamores, os afetos e por fim, a capacidade de aproveitar cada centavo de minuto possível.

A AUTORA
Hebe Uhart foi uma escritora argentina. Começou a publicar seus contos na década de 1960. Com uma carreira discreta, marcada por uma opção pela narrativa curta e sempre publicando por editoras de pequeno porte, foi mesmo assim considerada por Rodolfo Fogwill como a melhor escritora da Argentina.

[RESENHA #949] Puta livro bom, de Jason Mott

Um autor dos Estados Unidos acaba de publicar seu primeiro livro, um tremendo sucesso, intitulado Puta livro bom. Durante a turnê de divulgação, em meio a entrevistas, aventuras amorosas e ressacas monumentais, ele conhece um garotinho de pele muito, muito preta que passa a segui-lo feito uma sombra. Esse Garoto reaparece ao longo de toda a viagem falando da própria vida e dos pais, além de um plano louco do pai e da mãe: ensiná-lo a ficar invisível para que se protegesse do destino que a cor da sua pele lhe reservava.

E é verdade que o escritor é o único capaz de vê-lo;mas, como ele tem uma condição médica que o impede de distinguir imaginação de realidade, o autor tem certeza de que o menino não passa de fruto da sua mente. Logo, entretanto, suas visões se tornam mais intensas, forçando-o a encarar um passado do qual sempre tentou escapar e uma verdade que busca a todo custo encontrar corpo e voz.

Comovente e intenso, divertido e trágico, Puta livro bom é um livro sobre família, o amor entre pais e filhos, fama e dinheiro, mas também é um livro sobre o significado de ser negro nos Estados Unidos, um país onde são constantes as notícias de pessoas negras assassinadas pela polícia. Escrito de forma brilhante, com personagens marcantes e uma narrativa única, este livro merece seu título.

RESENHA


Acho que aprender a amar a si mesmo em um país onde dizem que você é uma praga para a economia, que você não passa de um prisioneiro em formação, que sua vida pode ser tirada de você a qualquer momento e há não há nada que você possa fazer a respeito – aprender a amar a si mesmo no meio de tudo isso? isso é um maldito milagre.

O livro Puta livro bom é de fato um puta livro. Jason Mott conta sua história em versos delineados repleto de muita dor e tristeza. O personagem que não se identifica fala-nos em primeira pessoa sobre sua família e experiências de vida na infância. Você percebe que um livro vai doer quando ele narra sobre como os pais ajudavam o protagonista a se defender ou se importar menos com o racismo, tudo isso de forma à se tornar invisível. A partir dai, ele começa a sofrer com bullying e racismo na escola por consta de sua cor [recebendo até o apelido de fuligem] e tudo isso reverbera de forma negativa dentro de si. O sofrimento e a dor descrita pelo personagem é extremamente dolorido, a forma como ele narra de forma velada como se sentia diante das críticas é algo extremamente dolorido. Imagina só, observar a dor através de uma janela sem nada poder fazer, é dolorido para um leitor com um coração de manteiga [como o meu]. E pasme, tudo isso apenas no primeiro capítulo da obra.

Notamos que para que ele se esvazie dos conflitos e dos comentários ele cria uma válvula de escape: um amigo imaginário, que, ao que parece, foi o único que o fez entender toda beleza e importância cultural em sua pele e cor. A narrativa ganha força quando ele tem que enfrentar o luto pela primeira vez na vida, ali, naquele instante, ele entende que ser ele mesmo era algo mortal e perigoso. Por mais que sua relação com os pais seja descrita de forma bela e amorosa, notamos que há sempre em si um pensamento contrário, porém, toda essa ótica vai se desconstruindo a partir da ótica do amor, da família, da amizade e da autodescoberta. Essa é uma história sobre descobertas, e por mais que doloridas, elas são lindas, pois contam com a narrativa uma ótica confusa [as vezes], mas incrivelmente emocionante. 

A obra que se inicia quase que como uma autobiografia sobre a vida de um autor que escreve um romance de mesmo título da obra, mostra-se muito menos amorosa quando descobre-se as nuances do preconceito, da perda de identidade, do bullying e do racismo, mas ela se reacende a cada página lida.

Ao passo de que somos apresentados a história do autor que está desenvolvendo seu romance, conhecemos a história por trás da obra. O autor recebeu algumas dicas de que escrever sobre ser negro, não era tão interessante, uma vez que, as pessoas preferem os contos floreados, não fúnebres e tão palpáveis em relação à sofrimento e dor, e claro, paralelamente conhecemos o personagem Fuligem, que acaba se identificando com o apelido dado na escola enquanto ele percorre por todos os lados acompanhando de um amigo que está sempre por perto, um garotinho negro de dez anos que o ajudará nesta árdua tarefa de descobrir as belezas por trás da vida. Essa caminhada começa com a visão de que ele não poderia se confessar sobre polícia, perseguição e racismo com o menino, então, ele introduz temas de autoaceitação e amor, e assim, começa a amar.

Puta livro bom é um romance que explora as complexidades da identidade negra, da violência policial, da família e da amizade. O autor, que também é o narrador sem nome, nos leva a uma jornada por sua vida e por seu livro, que conta a história de Fuligem, um menino negro que sofre com o racismo e a morte de seu pai. O autor enfrenta as pressões do mercado editorial, que quer que ele escreva sobre temas mais leves e menos políticos, e as críticas de quem acha que ele não representa a condição negra. Ele também encontra um aliado inusitado em The Kid, um garoto negro de dez anos que o acompanha em sua turnê do livro e que o ajuda a se reconectar com sua própria história.

O livro é uma obra-prima de criatividade e sensibilidade, que mistura realidade e ficção, humor e drama, esperança e dor. O autor usa uma linguagem envolvente e poética, que nos faz mergulhar nas emoções e nos pensamentos dos personagens. Ele também cria um contraste entre as duas narrativas, a do autor e a de Fuligem, que se aproximam e se distanciam ao longo do livro, até se encontrarem em um final surpreendente e emocionante. O livro é uma reflexão sobre o que significa ser negro em um mundo que oprime e exclui, mas também sobre o que significa ser humano em um mundo que precisa de amor e compreensão. O livro é um convite à leitura, à reflexão e à transformação.

Lançamentos Grupo Editorial Record [Maio]

O Grupo Editorial Record é uma das maiores e mais prestigiadas editoras do Brasil, com um catálogo diversificado e de qualidade, que atende a todos os gostos e interesses dos leitores. Em maio de 2023, o grupo lançou vários títulos imperdíveis, que vão desde clássicos da literatura mundial até obras de autores nacionais e estrangeiros contemporâneos. Confira alguns dos destaques:













Lançamentos Grupo Editorial Record [Junho]

                       

          O Grupo Editorial Record é uma das maiores e mais prestigiadas editoras do Brasil, com um catálogo diversificado e de qualidade, que atende a todos os gostos e interesses dos leitores. Em Junho de 2023, o grupo lançou vários títulos imperdíveis, que vão desde clássicos da literatura mundial até obras de autores nacionais e estrangeiros contemporâneos. Confira alguns dos destaques:









Lançamentos Grupo Editorial Record [Julho]

          O Grupo Editorial Record é uma das maiores e mais prestigiadas editoras do Brasil, com um catálogo diversificado e de qualidade, que atende a todos os gostos e interesses dos leitores. Em Julho de 2023, o grupo lançou vários títulos imperdíveis, que vão desde clássicos da literatura mundial até obras de autores nacionais e estrangeiros contemporâneos. Confira alguns dos destaques:












Lançamentos Grupo Editorial Record [Agosto]

          O Grupo Editorial Record é uma das maiores e mais prestigiadas editoras do Brasil, com um catálogo diversificado e de qualidade, que atende a todos os gostos e interesses dos leitores. Em Agosto de 2023, o grupo lançou vários títulos imperdíveis, que vão desde clássicos da literatura mundial até obras de autores nacionais e estrangeiros contemporâneos. Confira alguns dos destaques:

 









Lançamentos Grupo Editorial Record [Abril]

          O Grupo Editorial Record é uma das maiores e mais prestigiadas editoras do Brasil, com um catálogo diversificado e de qualidade, que atende a todos os gostos e interesses dos leitores. Em Abril de 2023, o grupo lançou vários títulos imperdíveis, que vão desde clássicos da literatura mundial até obras de autores nacionais e estrangeiros contemporâneos. Confira alguns dos destaques:










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